Diário De Uma Assassina

Quinta-Feira, 02 de Novembro de 1994... (DAVID)

Peguei o meu carro, já que não posso pegar umas das viaturas. Ainda não sei como vou fazer isso. Um agente de campo precisa e sempre tem ajuda, e eu estou sozinho.

Estou parado em frente à casa da vítima, Jessy Durmam. Será que devo continuar com isso? Estou desobedecendo ordens. Posso ser demitido por isto.

Quando me dou conta, já estou batendo na porta.

Não demora muito até uma mulher de meia-idade atender. Ela está usando um vestido básico com estampa de flores, tem o rosto inchado e parece um pouco abatida.

     - Pois não?

     - Bom dia. Sou o Detetive David Singer do Departamento de Homicídios. Deve ser a Senhora Durmam, correto? - Estendo a mão.

Ela me olha com atenção.

     - Posso ver o seu distintivo?

Droga. Sou um agente interno, não tenho distintivo. Vou mostrar minha identificação... Talvez ela acredite. Abro a carteira e mostro a identificação a ela.

Após uma olhada rápida, ela abre mais a porta.

     - Pode entrar.

     - Obrigado.

Já dentro da casa, começo minha investigação.

     - Então, Senhora Durmam... Enviou um chamado dizendo que a sua filha está desaparecida?

     - Sim. - Ela limpa uma lágrima que escorre pelo seu rosto. - A minha Jessy sumiu e eu não sei o que fazer.

     - Quando a viu pela última vez?

     - Terça-Feira. Eram mais ou menos 19:30... Ela estava se arrumando para o baile...

     - Baile?

     - O baile do Dia das Bruxas da escola Brother's Rice.

     - A mesma escola em que houve o incêndio?

     - Incêndio? - Ela me olha confusa.

     - Sim. Houve um incêndio na escola ontem a noite.

     - Desculpe. Eu não sabia...

     - Sem problemas.

     - Sem querem ofender, mas não deveria vir com a perícia ou algo parecido?

     - Por que pergunta?

     - Bem... Creio que um detetive não pode investigar a cena do crime.

     - Cena do crime?

     - O quarto dela. Está... Uma bagunça.

     - Posso analisar o quarto?