Diário De Uma Assassina

Terça-Feira, 14 de Novembro de 1994... (JESSY)

Tirei Mariana da cela, vou torturá - la um pouquinho. A amarrei nos velhos trilhos enferrujados... Pego minha tesoura e vou em direção a ela. É hora do show.

  - Por favor... Não me machuque. - Mariana diz assim que me aproximo.

   - Você não pensou nisso quando resolveu me machucar.

   - Foi um erro...

   - Me convença a não matá-la agora mesmo.

   - Eu te dou qualquer coisa... Eu tenho dinheiro, lhe dou quanto quiser.

   - Acha que dinheiro vai me servir agora? Acha mesmo que eu preciso da sua riqueza? Eu estou morta... Não preciso de nada disso.

   - Por favor... - Ela chora. - Socorro!

   - Gritar não irá te ajudar...

Começo... Pego a tesoura e corto a pele de cada centímetro do corpo belo de Mariana. Com a pele aberta, arranco cada veia, uma a uma... Faço ela sentir dor. Depois, é hora do cabelo loiro, arranco fio por fio, até não sobrar mais nada. Abro o peito de Mariana e arranco seu coração ainda batendo.

Deixo seu corpo apodrecer nos fundos da estação.

Assim que volto para as celas, dou de cara com Paul. Ele me encara.

   - Ouvi os gritos da Mariana... - Ele está fraco.

   - E daí? - Guardo a tesoura de volta no decote.

   - Não precisava torturá-la tanto.

   - O que eu faço ou deixo de fazer é problema meu.

   - O que você fez com a Jessy que eu conheci? A garota meiga e delicada, a garota que não faria mal a uma mosca...

   - Eu não fiz nada... Você fez. Você a matou.

   - Eu já lhe disse que foi um acidente, sua vadia. - Ele grita.

Com raiva, me aproximo e abro a grade enferrujada da cela de Paul.

   - Do que me chamou? - Entro.

   - Não se aproxime de mim... - Ele se arrasta para os fundos.

   - Repita o que disse.

   - Saia de perto de mim...

   - Repita! - Grito.

   - Vadia...

   - Ótimo.

Saio, pego de volta o facão e entro novamente na cela. Com um movimento rápido, corto a outra mão de Paul.

   - Pensei que tivesse me chamado de vadia. - Sorrio e deixo Paul agonizar no chão sujo.