Capítulo 15

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-Eu e Ucker estamos correndo tanto perigo quanto Poncho. Mas ñ podemos fugir antes de encontrar cm ele. Esta é a situação.
-Uma situação en q tudo esta nas mãos do Senhor.
-Msm ñ sendo religiosa admito isso. -La, diante do altar. É o q posso fazer. A fé pode ñ remover montanhas mas as vezes abre uma saída entre elas. Fique aq e gostaria q rezassem tbm.
Ucker concentrou-se para rezar, mas Dulce ñ. Na ausência de Eddy, sentiu-se inquieta, menos protegida. Pendava no q fazer se a gangue liquidasse Poncho. Q destino daria à agenda e ao dinheiro? Havia uma pia cm copos. Foi ate ela, encheu um copo de água e bebeu.
- Ñ consigo rezar -declarou Ucker,levantando-se. Foi beber água tbm.
-Como o medo seca a boca! -exclamou Dulce.
-Vc esta cm medo?
-Pensa q sou feita de aço? Estou morrendo de medo.
-Gostei do sacristão - comentou Ucker.
-É uma amor de pessoa. Ninguém diria q já foi traficante. Esta completamente regenerado. Foi uma pena ñ ter conseguido influênciar Poncho.
-A esta altura Poncho deve estar arrependido.
-Sei la. Eu o conheço. Ele arriscou. Seu Deus é a grana, o dinheiro -disse Dulce.
O receio q Eddy manifestara atazanou Ucker.
-Se matarem Poncho,oq faremos?
-Vamos pensar no melhor. Q Poncho chegue. Depois a gente resolve o resto.
Ucker tomou mais um gole de água.
-Ñ acha q o sacristão esta demorando?
-Ñ sei quantas ave-marias e padre-nossos esta rezando. Talvez mil.
-Deve ser um conforto ter tanta fé.
-Vc ñ disse q tinha uma irmã freira?
-Era bricadeira. As vezes invento q tenho parentes. Ñ so para os outros. Para mim msm. -Smp o orfanato: -No orfanato eu escrevia cartas para tios e tias q nunca tive. Havia uma, inventada, q era a mais íntima. Tia Conceição. Eu a imaginava gorda, um pinta no rosto e smp vestida de azulão. Quando me visitava, trazia doces e frutas.
-Eu tbm imaginava muitas coisas na infância.
-Mas quando se esta preso é diferente. A fantasia ten ossos. E o q se inventa em situação assim nos acompanha smp.
Ucker começou a andar em círculos como o sacristão fizera.
-Ele esta demorando dms. A gente devia ir ver.
-Estava pensando nisso.
-Vamos?
-Vamos.
Mas ouviram passos e ñ se moveram. Seria Eddy ou o próprio Poncho?
Alguém apareceu lentamente à porta da sacristia como qm fosse apenas espiar. Era uma mulher alta, sem idade, vestida de preto, q mais chamava a atenção pelos bastos cabelos loiros.
Oh. ..exclamou os dois sem emitir sons.
Ficou a olha-los sem proferir palavra, curtindo, talvez, a impressão inesperada q causava. Ucker e Dulce tbm nada disseram, como criança diante de uma assombração. Imóveis, nem bocas nem pernas.
-A brincadeira acabou - disse a loira,cm sotaque estrangeiro e como qm apenas constata. -Vc, me passe essa sacola. E cm qual dos dois esta a agenda?
Dulce caiu num abismo mas uma força a projetou de novo à superfície.
-Qm é a senhora? -perguntou, fortemente,comuflando o susto, ja a um passo da sacola deixada sobre a mesa.
-Isso ñ interessa, mocinha. A agenda.
-Viemos visitar o sacristão -disse Dulce, enfiando a mão pelas alças da arca do tesouro.



















VONDY - 12 Horas de TerrorOnde histórias criam vida. Descubra agora