Capítulo 18

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Ele estava cm a mesma sede de quando escapara da pensão. Sem dúvida viera de Dulce, de sua personalidade de ex-menina de rua, a força para atacar a assassina de cabelos Loiros cm tamanha decisão. Smp fora hesitante, desde o colégio. Ñ se sairá bm nos esportes devido a isso. Passo ou chuto em gol? Ñ chutava nem passava a bola. Naquela noite chutara e marcara um gol? Estaria nascendo outro Ucker?
Eh, qm era aquele atriz de cinema? Em q filme a vira atuar? E ñ é q aquela beleza toda, coisa nunca vista em Serra Branca e adjacências, caminhava em sua direção? E ainda sorria paar ele, cm olhos, lábios e dentes!
-Agr quero algo gelado. Peça ao garço. O q foi? Ficou bobo?
-Dulce....
-Mas q cara é essa? Viu de novo a loireta diabólica?
-Eu é q pergunto. Oq fez na cara?
-Apenas me pintei. Estou parecendo gente, ñ?
-Esta deslumbrante, garanto q nunca....
-Ucker, deixe de tolice. Vamos tomar o refrigerante e cair fora. Eu ñ lembrava aonde devíamos ir, mas enquanto me pintava tudo ficou claro e ja podemos zarpar.
-Aonde vamos?
-Passar a casa da doutora. Ela cuidou de Poncho uma vez.
-Ele esteve doente?
-Ñ, quando levou um tiro.
-Poncho foi baleado? -espantou-se Ucker.
Enquanto Dulce tomava o refrigerante e depois ,na rua, ambos procurando um táxi, ela contou a história sobre a qual Ucker, la no interior, jamais tivera notícia. Fazia dois anos q Poncho e mais dois traficantes haviam mantido um cerrado tiroteio cm a Polícia num salão de danças fechado, em seu dia folga. Esperavam as pessoas as quais iam entregar a encomenda, as drogas, um pacote avaliado em milhões de dólares, quando no lugar delas surgiram em silêncio três viaturas policiais fortemente armadas. O q se acreditava q fosse u- negócio tranquilo tornou-se verdadeira batalha. Poncho foi o primeiro da quadrilha a resistir, protegendo-se atras de mesas, numa barricada. Um traficante chileno, q compunha o trio, depois de ferir dois policiais, levou um balaço e caiu morto. Logo em seguida Poncho era atingido na perna. O terceiro, vendo-se sozinho, ergueu os braços e entregou-se. Poncho, porém, msm atingido, continuou a atirar sem descanso e acabou encontrando uma porta de fundo pela qual desapareceu. A polícia iniciou então uma busca pelo o bairro inteiro. Perda de tempo, pois Poncho ñ fugira do salão. Apenas das dores q sentia e da dificuldade de movimento, refugiara-se no tealho. E la ficou ate de madrugada quando a Polícia ja se retirara das redondezas.
-Ao amanhecer apresentou-se aos seus chefes cm o pacote de pó.
-E a bala na perna?
-Ai é q entra a doutora. Poncho ñ podia procurar um hospital. Teria q explicar a origem do ferimento, feito cm a arma exclusiva da polícia. Levaram-no para a casa da doutora, q tem no porão mesa cirúrgica e todos os instrumentos. Ela lhe tirou a bala e deu-lhe abrigo ate q ficasse completamente recuperado. Foi um bm trabalho pq ñ ficou manco, como se supunha.
-E eles se tornaram amigos?
-Sim. Poncho passou a visita-la de quando em quando. Numa dessas visitas, fui tbm. É uma coroa muito simpática.
-É da quadrilha.
-Presta serviços médicos nas emergências.
-Será q o Poncho esta cm ela?
-Bm, sua casa é um dos lugares onde pode estar. La vem um táxi -disse Dulce, erguendo o braço.







ENQUANTO ISSO. . .

Um jovem simpático e bem-vestido desceu de um táxi e foi entrando num casarão quando dois policiais o detiveram.
-Aonde vai, moço?
-Comer um vatapazinho. Ñ é aq a pensão de uma tal de Rita Baiana q consta do guia turístico de São Paulo?

VONDY - 12 Horas de TerrorOnde histórias criam vida. Descubra agora