Capítulo 11

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Um policial, ñ o primeiro, foi ate o sanitário e espiou. Outro, do corredor, disse -lhe:
-Vai um sarapatel? Tem de sobra la dentro.
O policial voltou para o casarão sorrindo.
-E vatapá, tem?
Ucker e Dulce lecantaram-se, mas ñ totalmente aliviados.
-Será q ñ vão logo embora? -perguntou o rapaz.
-Primeiro vão comer.
-Ñ entendo como aquele ñ viu a gente-estranhou Ucker.-sera q é meio cego?
-A luz di corredor atrapalhou -supôs a moça. -O certo é q ñ podemos sair do quintal por enquanto.
Permaneceram em silêncio, perto do porta, na expectativa de ouvir os policiais sairem. Foi uma longa espera. Depois de algum tempo, soou um comentário:
-Isso q é cozinheira, e de acordo?
-Da ate pena fechar essa pensão.
Risos.
Apos um bater de porta. Ucker e Dulce retornaram ao casarão.
-Veja - disse Dulce, apontando cm o dedo. -Esta toalha de rosto esta cobrindo o interruptor. Se tivessem ligado a luz a esta hora estaríamos no camburão.
-Da pra pensar em milagre! - exclamou Ucker acendendo e apagando a lâmpada do quintal.
Seguiram pelo corredor interno, atravessaram a sala de jantar e ja iam saindo quando a moça disse:
-Espere. Aprendi a tomar todas as precauções cm Poncho. -E deu um espiada pelo olho mágico. -Ñ podemos sair!
-Ñ?
-Olhe. Tem um guarda na porta.
Ucker olhou.
-Tem um guarda sim. E agr?
-Temos de sair pelo muro.
-Mas é alto.
-Precisamos dar um jeito.
Dulce entrou no quarto onde estiveram aguardando por Poncho, mas sen acender nenhum luz. Ja tinha um plano.
-Vamos levar a mesa e a cadeira para o quintal.
Ucker pegou a mesa e Dulce a cadeira. No quintal encostaram a mesa no muro e puseram a cadeira em cima.
-Será q da para outra casa? -receou o rapaz.
-Deixe q eu vejo -disse Dulce subindo cm sua sacola. Espiou sobre o muro e sem palavra lançou agilmente as pernas sobre ele. Fez sinal para Ucker acompanhá-la e foi escorregando para o outro lado. O rapaz e imitou em seguida.
Quando ambos ja estavam cm os pés no chão, ela disse: -É uma casa de cômodos. Aq entra e sai qualquer um.
Atravessaram uma espaçosa área onde havia um imenso tanque coletivo e uma série de portas q deviam ser quartos. Um cachorro vira-lata foi recebê-los amistosamente e um negro Velho fumando cachimbo, os cumprimentou.
Pararam num portão escancarado. Olharam ao lado e viram diante da casa vizinha, a pensão da tia Rita, ñ um as dois homens.
-E se Poncho chegar. . .
-Ele ñ vem mais- garantiu Dulce. -Ja passou das dez horas.


DEPOIS DAS DEZ

Assim q derem alguns passos Ucker e Dulce sentiram q estavam mortos de sede. O calor da tensão secara tudo. Ñ pensavam em nada além de beber muitos copos de qualquer líquido. Q sede!
Foram andando ansiosos a procura de um oásis. Acabaram encontrando um naquela praça triangular, a mesma q atravessaram quando a caminho da pensão. Era uma leiteria de subúrbio, muito limpa, fresca desde a entrada, cm apenas três mesas para a freguesia. Largaram-se nas cadeiras e pediram refrigerantes. Saciada a sede, veio a vontade de comer sanduíches. Dulce contou q se alimentara muito exclusivamente cm sanduíches.

VONDY - 12 Horas de TerrorOnde histórias criam vida. Descubra agora