Capítulo 16

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-Seu amigo sacristão esta viajando. Viagem urgente. Nem teve tempo de se despedir de vcs.
-Viajando? Para onde? -perguntou Ucker, realmente ñ entendo o sentido oculto da frase.
-Para o Reino dos Céus -respondeu a loira. -alguém lhe espetou uma faca nas costas enquanto rezava.
-Por quê? - perguntou o rapaz- horrorizado, sentindo-se perdido.
-Pq sabia dms- suponho- disse a mulher de preto, dando um passo em direção de Dulce para lhe arrebatar a sacola.
Dulce substituiu a menina sonhadora das cartas do orfanato pela a mocinha rebelde da fuga. Numa ginga de corpo, de moleca de rua, driblou a mulher e correu para a porta. Mas ñ chegou a sair da sacristia. Foi segura por duas mãos.
-Me dê isto aq, fraguinha!
A própria Dulce, vencida, ñ notou oq aconteceu. Ucker, agil como uma figura de desenho animado, vendo a loira de costas, pegara uma cadeia pesada e a vibrara na cabeça loira. Cm força. Cm ódio. Cm tudo.
A mulher cambaleu, so ñ caindo estatelada pq se apoiou mesa. Ficou grogue, fora do ar.
Dulce e Ucker dispararam para a porta, esntrando pelos os fundos da igreja. Diante do altar, tombado, cm as pernas encolhidas de qm estivera rezando, e sobre uma poça de sangue,estava Eddy. Ñ havia tempo para lamenta-lo. Correram, sem olhar para trás, pelo corredor q dividia os dois blocos de bancos. Ñ viram ninguém. A loira certamente esperara q o ultimo fiel saísse para golpear o sacristão.
Ao chegarem a rua onze baladas.




DEPOIS DAS ONZE

Como havia menos movimento na rua Ucker e Dulce logo dobraram a esquina. O grande temor de ambos, de q assassina loira estivesse acompanhada, felizmente ñ se comprovou. Ja sem correr, os dois caminhavam cm a respiração descontrolada.
-Vamos pegar qualquer ônibus -disse Dulce.
Passaram muitos ônibus quase vazios naquela hora. Pegaram o primeiro q parou e sentaram-se longe dos passageiros. Olharam-se cm muita admiração. Mas foi a moça qm falou:
-Como teve a ideia de dar a caldeirada nela?
-Ñ sei.
-Foi logo q ela entrou na sacristia ou quando?
-Agi assim, sm pensar. Era preciso fazer qualquer coisa.
Dulce continuou admirada.
-Eu já esestava estragando os dólares para ela.
-Nem pensei nos dólares. Estava cm raiva. Fiquei louco quando entendi q tinha matado o sacristão.
-Podre Eddy. Um homem tão bm. Morto enquanto rezava.
Ficaram em silêncio pensando talvez na mesma hipótese. Se ñ tivessem ido a igreja ele teria morrido?
-Acha q ela nos seguiu? - perguntou Ucker.
-Lembra q Eddy disse ter sido visto pela a Loira nas imediações da igreja?
-Lembro.
-Bm, ela sabia q Poncho e ele eram amigos -ponderou Dulce. -Ñ deve ter sido difícil prever q a igreja seria um ponto de encontro entre os dois numa emergência. Imagino q foi rondar a igreja, observando qm entrava. Então nos viu e me reconheceu. Quando fomos para a sacristia, deve ter ido esperar na igreja. Se saissemos sem a sacola, entraria na sacristia e mataria o sacristão da mesma forma, supondo q o dinheiro e a caderneta tivessem passado para as mãos dele.
-Mas ñ aconteceu assim.
-Ela viu Eddy rezando no altar. Se ele voltasse para a sacristia, a bruxa teria de se defrontar cm três. Vendo q a igreja estava deserta no momento, matou-o e foi fazer oq julgava mais fácil nos arrancar o dinheiro e os endereços. E tudo teria dado certo se ñ fosse sua cadeirada. Que pancada!
Ucker teve uma lembrança preocupante.

VONDY - 12 Horas de TerrorOnde histórias criam vida. Descubra agora