CAPÍTULO 35

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Os enormes portões se abrem e eu entro na mansão. Desço do carro rapidamente e abro a porta de Daniel. Tento erguê-lo mais ele é muito mais forte e parece fraco.

- O que está acontecendo aqui? - Tyler pergunta da entrada da mansão.

- Tyler, por favor, me ajuda! Seu irmão foi ferido!.

- O quê?! - ele diz e caminha na nossa direção. Ele olha incrédulo pra Daniel sentado no carro com a mão na sua ferida.

- Me ajuda, precisamos levar ele lá pra dentro.

- Inferno. Como isso aconteceu? - ele diz e ergue o irmão. Daniel envolve um braço nos ombros do irmão e Tyler faz força para o levar pra dentro.

- Depois te explicamos.

Mia aparece descendo as escadas e arregala os olhos com a cena.

- Diabos. O que aconteceu?.

- Não vê que ele foi ferido? - Tyler estala.

- Imbecil. Eu vou chamar o Dr. Herbert - ela diz e corre até o telefone iniciando uma ligação.

Tyler sobe as escadas com Daniel e eu os sigo. Ele abre uma das portas revelando o quarto luxuoso, com cuidado ele põe Daniel sobre a cama.

Daniel geme de dor.

- Agora quer me explicar o que aconteceu? E porque diabos está aqui? - ele pergunta a mim.

- Daniel foi atingido por um dos capangas de Devon. E eu estou aqui porque não poderia deixá-lo sozinho.

- O seu noivo mandou fazer isso com o meu irmão? - rosna.

- Nos dois éramos os alvos Tyler.

- E Devon fez isso por dor de cotovelo? Porque você o abandonou?.

- Provavelmente sim.

- Meu irmão está sempre sofrendo por você! - grita.

- Não fale assim. Agora é hora de se preocupar com Daniel e não comigo.

Ele passa as mãos pelo cabelo e respira fundo.

- O que posso fazer pra ajudar?.

- Pegue algumas toalhas limpas e uma bacia com água gelada, por favor.

- Está bem - diz e sai.

Corro até a cama e fico ao lado de Daniel segurando firme a sua mão.

- Não precisa se preocupar, o corte foi de raspão - ele diz.

- Mesmo assim precisa de cuidados. E eu não consigo ficar tranquila te vendo assim.

- Eu te amo - ele diz e eu choro.

- Eu também te amo, meu amor - digo e o beijo.

Uma tossida nervosa.

- Desculpe interromper - Tyler diz.

Ele segura tudo que pedi a ele. Começo a tirar a roupa de Daniel e molho as toalhas na água as colocando na testa de Daniel para diminuir a febre que começa a surgir. Mia entra eufórica no quarto e logo atrás dela um homem de cabelos grisalhos vestindo roupas brancas.

- Qual é o problema? - ele pergunta.

- Foi ferido com um tiro - informo.

- Preciso que me deixem a sós com ele- o médico diz e Tyler e Mia assentem.

- Eu quero ficar.

- Quem é você?.

- Lara Evans, eu..sou mãe do filho dele - digo e ele me dá um sorriso amigável.

- Tudo bem, você pode ficar. Mais somente a senhorita.

***

- Graças a Deus a bala o atingiu apenas de raspão - o médico comunica.

- Mais e a febre doutor? Ele parecia muito fraco.

- Com certeza a senhorita provavelmente não sabe, mais esses dias o Sr. Breyner teve uma tontura em seu escritório. Eu fui chamado e o mediquei. Ele não têm se alimentado bem ultimamente. Isso explicaria a febre e a fraqueza.

-Oh, entendo.

Será que estava assim por minha causa?.

- Vou deixar com a senhorita Mia Breyner uma receita com alguns medicamentos pra dor. Não foi nada sério, apenas um corte nas extremidades do tórax, eu cuidei da ferida e dei alguns pontos. Não se preocupe, ele logo estará na ativa novamente.

- Muito obrigada doutor, não sei como agradecer.

- Não precisa agradecer senhorita, tenha uma boa noite - ele diz e acena antes de sair.

Ele está com um curativo no tórax, deitado na cama todo suado, me encarando com um sorriso perverso.

- Eu mato você - digo e tento conter o riso.

- Tenho que confessar que você usando esse vestido, não vai demorar a conseguir o seu objetivo- ele diz e sorri maliciosamente. Coro.

- Como pode brincar uma hora dessas? Poderia ter morrido!.

- Eu sou duro de morrer, baby.

- Eu disse pra não brincar. Porque não tem se alimentado esses dias?.

- Porque você me deixou - diz e para de sorrir.

- Me desculpe - abaixo a cabeça.

- Você não precisa pedir desculpas. Não foi culpa sua, foi minha.

- Eu vou cuidar de você. E não permito que você relaxe na sua alimentação novamente.

- Sim senhora - ele diz e sorri.

Escutamos vozes e passos apressados no corredor e e repente Bárbara, Eduardo e Tyler entram no quarto eufóricos. Me ponho de pé em um segundo e tenho certeza que Daniel percebe o meu desconforto.

- Daniel! - sua mãe diz em pânico e corre para abraçá-lo.

- Nem o médico conseguiu acalmá-la. Graças a Deus a bala passou de raspão meu filho - Eduardo diz não tirando os olhos de mim.

- Sim, graças a Deus.

- Como se sente mano? - Tyler pergunta.

- Bem, eu nunca estive tão bem - ele diz e me encara com um sorriso.

- A propósito, o que faz na minha casa? - Eduardo me pergunta seriamente.

- Eu..eu.. - droga. Não sei o que dizer.

- Pai, não atormente a minha mulher - Eduardo diz e meus batimentos aceleram.

- A sua o que? - ele berra.

- Querido - Bárbara joga a Eduardo um olhar fatal.

- Desculpe Lara, mais da última vez que a vimos, não foi em condições muito agradáveis, pelo menos não para o meu filho - diz seriamente.

- Eu entendo perfeitamente, Sra. Breyner.

- Por Deus, não volte a me chamar de senhora. Me sinto uma velha! - ela diz e sorri.

- Como quiser, Bárbara.

Dylan se aproxima de mim e me abraça forte.

- Graças a Deus você também está bem. Tenho estado bem preocupado depois da notícia do sequestro. Ele não te fez nada, ou fez?.

- Ele não se atreveu, não se preocupe.

- Agora me diga, pelo amor de Deus, você vai mesmo casar com aquele homem?.

- Não. Mais é uma longa história. Prometo te contar amanhã.

Estou exausta. Com tudo.

- Tudo bem.

EMBOSCADAOnde histórias criam vida. Descubra agora