Capítulo 14

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Um Ano Depois

Maio-Junho de 2013

Nos meses que se seguiram á morte do Tom, a minha vida mudou radicalmente de novo. Acabei o curso de fotografia, comecei a estagiar numa revista, embora continuasse a trabalhar no Starbucks, em part-time, e mais recentemente, comecei a viver sozinha, pois a Emma foi murar para um apartamento que o Harry comprou para os dois. Mas não deixei de estar acompanhada, pois o Zayn continuou a murar na casa ao lado, tirando os meses em que ele está em tour, como neste momento.

Nestes últimos meses tornámo-nos cada vez mais próximos, a nossa amizade tornou-se cada vez mais forte. Enquanto ele estava em Londres, ele ia-me muitas vezes buscar ao trabalho, á noite, que era quando ele acabava os ensaios com a banda, e íamos dar longos passeios a pé ou íamos comer qualquer coisa a um bar ou a um restaurante simples e pouco movimentado. Nesses momentos falávamos sobre nós próprios, conhecíamo-nos melhor e, muitas vezes, falávamos sobre o Tom, o que era extremamente reconfortante para ambos. Não havia um único dia em que não falássemos um com o outro, nem quando ele estava em tour. Ele ligava-me sempre depois de cada concerto e mandava sempre relatos do que estava a fazer naquele momento, com fotografias a ilustrar, e, mesmo assim, eu dava por mim a sentir saudades dele, e quando estávamos juntos eu sentia sempre vontade de saber mais e mais sobre ele, o que eu estava a começar a achar cada vez mais estranho. "Será que estou a começar a sentir algo mais por ele?" é a pergunta que aparece na minha mente, sempre que espero ansiosamente por uma chamada ou mensagem sua, e quando o meu coração acelera, sempre que o telemóvel vibra, ou mesmo quando estou perto dele. A verdade é que o Zayn se tornou numa pessoa de tal maneira importante que eu já nem sei se saberia viver sem ele.

O telemóvel começa a tocar, em cima da cama, interrompendo os meus pensamentos. Levanto-me da chesselong, onde estava a tentar ler, e pego no telemóvel. O meu coração dispara, instantaneamente, assim que vejo o nome no ecrã.

- "Hey, Cat!" – Consegui ouvir um sorriso na sua voz.

- Olá, Zayn! – Um sorriso apareceu nos meus, sem eu me aperceber.

- "Estavas a fazer o quê?"

- Estava a tentar ler. – Respondi, sentando-me em cima da cama. – E tu?

- "Cheguei agora ao hotel." – Olhei para o relógio, já eram quase nove e meia da noite.

- Como é que correu o concerto? – Deitei-me para trás.

- "Correu bastante bem. As fãs portuguesas são espetaculares." – Eu sorri mais uma vez. Ele falou-me mais um pouco sobre Portugal. Eu ia fazendo uma pergunta ou outra. – "E tu? Estavas a dizer que estavas a tentar ler?" – Mudou de assunto.

- Ah! Sim, problemas de concentração. – Inquiri.

- "Problemas de concentração ou de demasiados pensamentos?" – Arregalei ligeiramente os olhos. Ele conhece-me demasiado bem. Abri a boca para falar, mas nenhum som saiu. – "Ok! Vou tomar isso como um sim. Estavas a pensar em quê?" – Quando ia a responder, a campainha sou-a, lá de baixo. – "Salva pela campainha." – Graceja, rindo um pouco. Reviro os olhos, mas depois apercebo-me de que ele não me consegue ver.

- Deve ser a Em. Ela disse que vinha cá, quando acabasse o turno. – Murmurei, mais para mim mesma do que outra coisa, e levantei-me da cama.

- "Noite de meninas?" – Pergunta-me, ainda com uma ponta de brincadeira na voz.

- Sim, mais ou menos. – Respondo, descendo as escadas. Ouve-se outro toque na campainha. – Ela tem vindo para a minha, eu tenho ido para a dela... É uma forma de não nos sentirmos sozinhas.

Da Tempestade á Bonança (One Direction Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora