Passei o final de semana dentro do meu quarto as meninas vieram trouxeram sorvetes, chocolates entre outras coisas. Não foi falado nada sobre o Tony ou Cadu. Até porque elas já sabiam de tudo, o Miguel e a Ceci contaram para elas. A Cecilia não veio me ver e acho que ela acreditava que eu tinha tido alguma coisa com o Cadu. Mas, eu não estava nem aí, eu era inocente e o que importava era minha consciência, não iria me desgastar para tentar provar que o Cadu era o culpado. Eu acredito que o tempo fará isso sem eu precisar me mexer, e sinceramente eu não estava com pressa. Meu pai concordou em vender o apartamento. Ele iria alugar um apartamento para que nós nos mudássemos o mais rapidamente possível. E isso foi um conforto ao qual eu me agarrei com todas as minhas forças. Seria muito mais fácil esquecer ele sem vê-lo, sem ter contado nenhum. E por causa dessa esperança de mudança, eu até parei de chorar. Mas, não saí de casa, as meninas e o Miguel foram ao cinema, insistiram muito para que eu fosse, mas eu disse a eles que eu estava precisando de um tempo sozinha.
O Tony tinha chegado do hospital naquela tarde. A minha mãe veio me dizer. Ela disse que encontrou com eles no elevador e que o Tony perguntou se era verdade que íamos nos mudar. Ela disse que era, e segundo ela, ele pareceu triste. Eu acho que minha mãe teve a impressão errada. A mãe dele falou para a minha que precisava conversar comigo, e segundo minha mãe, ela falou que eu não queria falar com ninguém, muito menos com alguém daquela casa. Que eu estava sofrendo o bastante e não precisava de ninguém para tripudiar em cima de mim, e que ela não permitira nenhum deles chegar perto de mim nunca mais. Minha mãe passou o final de semana inteiro querendo saber o que tinha acontecido, mas eu não disse, porém desconfio de que ela já sabia, o Miguel tem uma língua grande. Eu estava sozinha em meu quarto assistindo ao Faustão, quando alguém bateu na porta, mandei entrar e era a Ceci. Ela entrou puxou a cadeira da minha escrivaninha colocou ao lado da cama e sentou. Desliguei a televisão, eu me sentei e esperei ela começar.
_ Como você está Sofi? - dei um suspiro pesado, e disse que estava bem. _ Estou vendo, você parece ótima mesmo, cheia de olheiras, pálida está super bem, só que não. Se servir de consolo, o Tony está pior, ele está machucado por fora e por dentro também. - eu fiquei desconfortável com a conversa, não me interessava como ele estava! Mas, pelo jeito eu teria que encarar esse assunto por muito mais tempo do que eu gostaria.
_ Não, não serve Ceci, não me importa como ele está se sentindo. - falei e fui mais grossa do que pretendia. Ela ficou pensativa depois perguntou.
_ Vocês vão se mudar? - falei que sim. Que nos mudaríamos depois do ano novo. _ Essa mudança é por causa do que aconteceu entre você e o Tony? - assenti. _ Você está fugindo do problema Sofi? Engraçado que não é essa a impressão que tenho de você. Sempre enxerguei você como uma menina madura, e bem resolvida que encara o os problemas de frente uma menina corajosa. Bom, mas, se vocês vão se mudar ou não isso não é problema meu. Eu vim aqui trazer um recado do Tony ele quer conversar com você para esclarecer as coisas, ele mesmo teria vindo aqui, mas, sua mãe deixou bem claro no elevador que não vai facilitar as coisas para ele, e ai ele me pediu para vim aqui, e pedi para você dar um pulinho lá agora aproveitando que a mãe dele foi à farmácia comprar os remédios dele e o Cadu está no hotel com o pai deles e como só tem eu e ele em casa ele queria que você fosse lá...
_ CECILIA! Olhe para mim! - desde a hora que a Ceci entrou no meu quarto, que ela evitava olhar nos meus olhos. _ Eu não tive nada com o Cadu, nada! Você acha que aquilo que ele escreveu é verdade? Ceci eu nunca dei um beijo nem no rosto do Cadu. Mas, quer saber acredite se quiser, eu não vou me estressar mais com esse assunto, porque cada vez que eu lembro me dá um nojo do Cadu. Como ele teve coragem de fazer isso com irmão? - eu tinha passado o dia inteiro sem chorar, mas ao que tudo indicava eu não ia terminar o dia sem derramar algumas lagrimas, pois elas já estavam vindo.
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Um amor de vizinho.
Teen FictionSophia é uma jovem, que está prestes a fazer dezoito anos. É uma menina doce e estudiosa. Apaixonada pelo vizinho desde os treze anos. Porém esse "vizinho" só foi seu vizinho por um ano, mesmo assim, foi o suficiente para ela fantasiar que ele era o...