O começo do fim, final.

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      Quando cheguei em casa só tinha a Neuza. Meus pais já tinham ido trabalhar. Assim que entrei mais estresse:

_ Sofi, seu pai está uma fera com você. Ele saiu daqui a uns quinze minutos, ele estava te esperando. Eu o escutei falando no telefone com seu avô, dizendo que vai vender o apartamento, que você estava namorando o vizinho e isso não ia dar certo. Que vocês iriam se mudar antes que acontecesse o pior. – olhei pra Neuza incrédula. Em que época meu pai acha que vivemos? _ Era para você ter acordado cedo e ter vindo para casa menina. Mas, você não sabe ganhar a confiança do seu pai. Tão inteligente para umas coisas, e burrinha para outras, se orienta Sophia! É melhor você dar um jeito do seu pai confiar em você ou ele vai transformar seu namoro em um inferno, estou avisando. - olhei para ela revirei os olhos. Eu não estava com paciência para as ladainhas da Neuza. Fui para o meu quarto com a Cecilia. Ela deitou na minha cama e fui tomar um banho, quando sai ela estava dormindo. Arrumei minha mochila deixei as coisas do colégio prontas. Escutei o Miguel chegar e fui conversar com ele.

_ Nossa! Que manhã foi essa, hein Miguel? Ainda bem que tudo ficou bem! – ele parecia aborrecido com alguma coisa.

_ Verdade! Eu ainda estou com minha mão dolorida. Quando vi o Cadu apertando o teu braço fiquei irado, achei que ele ia te agredir. Mas, também Sô você tem que controlar sua língua, e seus impulsos já imaginou se só estivessem vocês? Sabe lá o que aquele idiota era capaz de fazer com você. Tome cuidado com o que você fala. – o Miguel estava coberto de razão, eu tinha que pensar mais antes de agir.

_ Valeu o conselho meu herói. – ele riu e disse que ia deitar um pouco, que não tinha dormindo nada na noite passada, primeiro porque não estava confortável, segundo que dormir abraçado com a Vic e não ter passado disso não fez bem para ele. Eu fiquei sem entender, mas não perguntei nada, alguma coisa me dizia que eu não queria ouvir a resposta. Peguei meus livros e fui estudar um pouco. Depois fui me arrumar para o colégio. A Cecília continuava dormindo em minha cama. Eu guardei meu material e fui almoçar. Eu estava pronta esperando o Tony me ligar para irmos para o colégio e nada, então eu lembrei que deixei meu celular e minhas coisas na casa dele. Eu liguei para o meu celular ele não atendeu, liguei para o dele e nada. Já era quase uma da tarde, a Ceci acordou e foi embora pedi para ela avisar ao Tony que eu já estava pronta. Cinco minutos depois ela voltou falando que não tinha ninguém em casa e que ninguém atendia os celulares, ela perguntou se podia ficar em minha casa e eu disse que sim e que ela podia ficar a vontade. Eu fiquei preocupada, será que o Tony tinha ido para o colégio e esqueceu-se de mim? Chamei o Miguel para ir me deixar, e quando estávamos saindo o porteiro disse que não era para pegarmos a prudente de morais, porque estava interditado por causa de um acidente. O Miguel agradeceu e fomos por outra rua.

     Cheguei à escola atrasada, mas, por conta do acidente o professor me deixou entrar. Quando entrei na sala. Fiz a prova meio no automático, tinha alguma coisa me incomodando eu só não sabia o quê! Quando terminei a primeira prova, eu fui à sala dele, queria saber o que tinha acontecido, porque ele não tinha me esperado e para minha surpresa ele não estava lá. Fiquei nervosa, tinha algo errado ele não iria perder as ultimas provas. Eu passei à tarde com um aperto no peito, não conseguia tomar nem água. As meninas me mandaram relaxar, mas eu não conseguia. Terminei as provas e quando eu saio no portão do colégio estava o meu pai, minha mãe, e o Miguel me esperando, e então eu comecei a chorar.

_ Mãe o que aconteceu? Ele tá bem? O acidente foi com ele não foi? Só me diga que ele está vivo! Só quero ouvir isso, se for outra coisa, eu não vou ouvir. EU NÃO QUERO OUVIR!


[...]


Um amor de vizinho.Onde histórias criam vida. Descubra agora