CAPÍTULO XXVIII - POV DREIK II

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____AVISO____

Pessoas com problemas de coração, estão sujeitas a terem ataque cardíaco, consulte seu médico.

A última noite com Charllote havia sido uma das melhores, eu a amava profundamente, e me apavorava pensar que ela poderia estar correndo risco de vida. Por isto, pedi a Connor que ficasse ao lado dela, em uma vã tentativa de me deixar tranqüilo.

Eu precisava me concentrar um pouco mais nos problemas que nos rodeavam. Estávamos enfrentando algo jamais visto na história. Procuramos e pesquisamos em diversas partes sobre esta criatura que não possuía um ponto fraco, a não ser a luz do dia. Eles vinham sempre em nossa direção à noite e quando tínhamos a chance de questionar qual o motivo do ataque, eles simplesmente atacavam com mais força, dizendo que tínhamos algo que pertencia a eles. Isso me intrigava ainda mais! Cheguei a pensar que a Charllote estivesse escondendo algo de mim, que talvez soubesse de algo importante, mas ela jamais faria isto. Sinto-me mal por pensar isto dela, por que ela confia em mim, e sabe que eu a apoiaria em tudo. Então novamente volto para a estaca zero.

- Senhor, talvez devêssemos dar o sinal de alerta ao povo, escondê-los no esconderijo durante a noite. – Orlando deu a ideia.

Estávamos sofrendo mais e mais ataques, cada vez mais próximos ao reino.

- Você está certo Orlando, faça isso agora mesmo! Faltam menos de trinta minutos para escurecer, quero que a partir desta noite todos se escondam no esconderijo até controlarmos isso.

Eu iria falar com a Charllote hoje, omiti por tempo demais o que estava acontecendo. Ela precisava saber que em um momento de urgência deveria guiar nosso povo pelo caminho que a ensinei um tempo atrás.

Todos começaram a se movimentar e se preparar para mais uma noite. Eu sabia que algo iria acontecer, eu poderia morrer caso o pressentimento de Íris estivesse certo.

Começo a organizar as tropas e passar os comandos quando sou interrompido por Dragor.

- Senhor, estamos sob a ataque! – Sua expressão me dizia que algo estava muito errado, não era uma ofensiva qualquer.

Chamei Mimi e ordenei-lhe que guiasse o povo e esperassem por Charllote o máximo de tempo possível. Minha anja! Onde ela estaria? Pedi que voltasse antes de escurecer.

Droga Charllote! Não consegue obedecer a porra de uma única vez.

Quando dei por conta já era tarde demais e tudo estava acontecendo ao mesmo tempo.

Soldados lutavam, por um reino invadido e tomado por sombras.

Era tudo muito rápido!

O grito dos meus soldados fundiam-se com o ar que eu respirava e o sangue deles formavam uma grande lama vermelha.

As sombras pareciam se multiplicar a cada vez que a lâmina da espada os repartia ao meio. Tento assimilar tudo que meus olhos vêem, mas era quase impossível. Os sombras levavam vantagem não apenas em tamanho, mas também em agilidade. Eles desapareciam e apareciam a um palmo de distância em questão de segundos. Estes pareciam ninjas empunhando espadas longas estranhas. Suas armas eram uma extensão de seus corpos, como uma fumaça negra em constante movimento e o dano era maior do que as nossas de metal.

- Jonas. – grito. – Atrás de você! - Mas não há tempo para ele se virar, a espada o perfura na garganta.

Vejo seus olhos se arregalarem em choque, ele tenta gritar, mas não pode. Suas cordas vocais foram cortadas, a arma se desfaz envolta em sombras. Corro para junto do meu amigo, ele está caído no chão e seu corpo ainda treme, tento estancar o sangue que sai junto com uma gosma preta. A pele ao redor da ferida está irradiada por linhas negras.

GRIMM A MaldiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora