Direct Messages //Dylmas

LII - Blowjob

           O silêncio se instalou ali, como se nenhum dos dois sentisse coragem o suficiente para falar. As pontas dos dedos de Thomas já coçavam em ansiedade e ele queria sair correndo por todo aquele banheiro até que trombasse em alguém e queria mais ainda que esse alguém fosse, milagrosamente Dylan O'Brien. Ele contou mentalmente cerca de um minuto. Um minuto selado por total silêncio. Seu coração batia descontroladamente e ele começava a achar que tudo aquilo não passava de seu subconsciente brincando consigo. Era oficial, a partir de hoje, Thomas Sangster odiava o escuro com todas as suas forças. Ele levou a mão até o bolso traseiro de sua calça justa e retirou o aparelho dali ao que passos baixinhos e tímidos podiam ser ouvidos ecoando por todo o cômodo. Ele destravou o celular, deixando que a luz baixa iluminasse ao menos um pouquinho do banheiro, Sangster aproveitou-se da pouca luz emitida pelo aparelho e fez uma varredura rápida pelo local não conseguindo impedir que seu celular fosse em direção ao chão ao que teve uma visão rápida de Dylan parado a alguns metros de si.

           - AI MEU DEUS! – gritou assustado, não podia ser real, O'Brien não estaria de fato ali, estaria? Ele esperava que sim, mas acreditava fielmente que não. Seu coração batia ainda mais agitado que o normal, devido ao susto que levara e também a possibilidade de o outro estar realmente ali. Para completar sua sorte tremenda, o aparelho celular havia caído com a tela virada para baixo e agora a luz emitida pelo mesmo era quase nula.

           O rapaz abaixou-se apressado e apanhou o celular novamente em suas mãos, constatando que por sorte não havia nenhum rachado ali e que também, o aparelho funcionava perfeitamente bem. Ele preparou o coração desta vez e ligou a lanterna do celular para que pudesse novamente passar a luz por todo o banheiro, e agora, se tivesse a visão de Dylan ali estaria preparado para correr até ele e se jogar em seus braços. Mas ele não encontrou ninguém.

           Sentia-se terrivelmente frustrado ao guardar o aparelho de volta ao bolso traseiro da calça.

           - Dylan? – tentou chamar mais uma vez. Sem resposta.

           Um silêncio se fez no mesmo instante daquela última palavra até aquele momento. Sangster gemeu frustrado. Não podia passar de um sonho. Seu coração até murchou diante sua constatação.
E então o interruptor estalou no ar, e as luzes se acenderam novamente.
Thomas olhou ao seu redor, nada. Pudera, sentia-se tão atordoado quanto sua visão em decorrência a falta de luz e agora a volta da mesma, tanto branco acabara lhe cegando momentaneamente. Era um sonho. Um daqueles sonhos em que se está acordado e tudo é tão vívido que parece real demais para não ser mais uma ilusão.
Por fim, ele decidiu voltar até as mesas, caminhou reto não prestando atenção alguma para a frente por estar distraído com o piso também branco, acabou esbarrando em alguém antes mesmo de alcançar a porta do banheiro. Estava agora atrás da parede que separava o resto do cômodo da entrada do mesmo.

           - Jasper! – constatou.

           E então ele congelou. Finalmente sua visão estava totalmente focada em um ponto a sua frente. E aquela empolgação que havia se formado na escuridão apenas com o ouvir daquela voz surgiu mais uma vez. Dentro do coração de Thomas era como uma explosão de fogos no ano novo. Uma euforia. Uma festa. 

           Era ele. Em sua frente. E era real. Pela primeira vez na noite o garoto tinha plena certeza disso. Era real. E era como se tudo que ele houvesse pensado ou imaginado até agora fosse desmanchado só para dar origem a algo melhor ainda. Ou mais belo ainda. A camisa social azul celeste contrastava com a pele rósea, e em meio a todo aquele branco, ele assemelhava-se com um anjo. Os olhos do rapaz brilhavam com o que havia em sua frente, e o mais novo só tinha uma única certeza.
Dylan O'Brien era lindo. Extremamente lindo. Fodidamente lindo. E agora estava ali, bem na sua frente.