LVIII - I can't believe that Dylan did this

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       O resquício da tarde fora gasto com conversas bobas, carinhos, risadas e alimentação antes que ambos tomassem coragem para levantar de vez da cama e ir para o banho, livrando-se completamente do suor e dos corpos grudentos, amando-se uma última vez de baixo da água morna e contra os azulejos frios antes de finalmente adormecerem lado a lado.

       Na manhã seguinte, Thomas fora acordado com beijinhos por todo o seu rosto, beijinhos estes que desceram por todo o seu peitoral nu indo até seu membro semi-ereto, despertando-o de uma vez antes que Dylan lhe desse um dos melhores boquetes de sua vida. Agora, cerca de meia hora mais tarde, o casal vestia-se preguiçosamente para que O'Brien pudesse levar Thomas de volta para sua casa.

       - Eu não quero que você vá embora. - Dylan murmurou emburrado enquanto assistia o namorado vestir a camiseta do dia anterior.

       - Eu não quero que você vá embora também. - o outro confessou baixinho, andando de um lado para o outro do quarto à procura de sua calça jeans.

       - Eu não queria ter que ir. - o mais velho declarou chateado. - Quem sabe você não pode ir comigo, - declarou animado e recebeu um olhar de reprovação vindo de Thomas, quase como se o outro dissesse que Dylan estava indo rápido demais - Eu não quis dizer para sempre! - o rapaz defendeu-se - Mas por uma semana, ou duas. Quem sabe um mês, ou dois, três, sete. - deu de ombros.

       - Vamos com calma! - Thomas exclamou, finalmente encontrando sua calça e vestindo-a desajeitadamente. 

       - Nós já fomos com calma demais! - retrucou emburrado, cruzando os braços em frente ao peitoral definido.

       - As coisas não são tão fáceis assim para nós Dylan. - resmungou sério, sentando-se na cama ao lado do namorado enquanto calçava os tênis.

       - E porque não? - exigiu.

       - Porque você é você.

       - E?

       - E que você é Dylan O'Brien caralho. - declarou como se fosse óbvio - E que as pessoas te perseguem, e que você tem fãs, e que cada passo dado por você é relatado na mídia. Se eu fosse com você, para onde quer que fosse, para sua casa, para sua cidade, para o inferno, as pessoas saberiam.

       - E qual o problema nisso, Thomas?! - perguntou incomodado. Não via problema algum em aparecer publicamente com Sangster, afinal, eles eram namorados, não eram?

       - Qual o problema Dylan? Sério? - resmungou irônico. - Imagine só o que as pessoas não vão falar! Pare um segundo para pensar em todos aqueles sites inconvenientes e todas as fofocas, todos os rumores, todos os "Dylan O'Brien e namorado!". - resmungou finalmente terminando de dar nó nos tênis antes de levantar-se da cama nervoso, sentindo-se incomodado com o tópico da conversa e vendo o olhar chateado que O'Brien lançava em sua direção. Thomas não conseguia pensar em nada além do fato de que estavam indo tão bem antes que ele simplesmente fodesse tudo com suas inseguranças.

       - Mas nós somos namorados, não somos? - o homem perguntou sério, esforçando-se para não soar chateado, tentando ao máximo entender o lado de Sangster diante tudo aquilo.

       - Nós somos. - confirmou após alguns segundos de silêncio desconfortável. - Mas não assim!

       - Publicamente? - quis saber.

       - Han?

       - Nós não somos namorados publicamente? - Dylan insistiu.

       Thomas encolheu os ombros e abraçou-se desconfortável. Droga, droga, droga. Sangster sentiu os olhos marejarem e tudo o que ele mais queria era jogar-se nos braços de sua mãe e chorar. Chorar porque era idiota, chorar porque o olhar que Dylan lhe lançava deixava claro o quão magoado ele estava. Thomas só queria chorar até que toda aquela confusão passasse.

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