Quando acordo Diogo está na janela do quarto. Virei as costas, com a idéia de que ele não percebesse que eu estava acordada, o que por sinal não funcionou. Ele deu a volta no quarto e se sentou ao lado da minha cama.
Pode ser exagero mas eu estava magoada. Não por ele ter se negado a fazer o desafio, e sim pelas palavras que saíram da sua boca, como elas saíram secas e sem emoção.
Me levantei e fui para o banheiro, me olhei no espelho. Sinceramente, meu rosto estava super inchado , com certeza pelo fato de eu ter chorado uma boa parte da madrugada.
Lavei meu rosto , escovei o cabelo e tirei o pijama. Quando saio a enfermeira está lá parada arrumando meu remédio.
Um calmante e um analgésico. Meus pulsos ainda estavam machucados então tinha que tomar antibióticos para não infeccionar.
- Obrigada. - digo pegando os remédios e tomando.
Vou para a varanda do quarto, me sento e coloco os joelhos junto ao peito. Estava frio.
Fiquei olhando aquela cidade, quando me lembrei da minha mãe.
Flashback on
- Mamãe? - digo.
- Oi querida - minha mãe diz.
- Como você conheceu o papai ? - pergunto.
- Bom... Um dia, eu estava fazendo uma viagem para Londres, bem longe daqui do Brasil. Eu estava andando pela rua , dai resolvi tomar um café, porque estava muuuito frio. Seu pai estava lá sentado, e ficou me olhando... Por um bom tempo. Até que o garçom chegou com um café e um bilhete escrito: "Um café para uma pessoa que precisa de energia".
Depois disso começamos a sair até que nos casamos e pegamos você na rua. - ela disse.
"
Eu nunca esqueci daquele dia. Minha mãe estava grávida da Hellen eu tinha cinco anos.
- Ei... -ouço alguém me chamar. Olho para trás e está Diogo parado com dois cafés na mão.
Ele caminha até mim e eu pego o café. No café tinha um bilhete escrito "Desculpa" .
- Obrigada... - digo.
- Porque está chorando ? - ele pergunta.
- Porque sou tola e mimada. - digo olhando para o horizonte.
- Ei.. É que... Desculpa... - ele diz virando meu rosto.
- Desculpa? É só isso que sabe dizer? Você viu o que fez? Qual direito você acha que tem pra fazer isso? Deve ser por isso que tá sempre solitário mesmo. Por isso sua irmã nunca comenta de você . - digo me levanta do e indo para a cama chorando.
Diogo sai do quarto , com uma cara nada boa.
Edward entra no meu quarto.
- Ei... - ele diz caminhando até mim. -o que foi? Porque está assim? - ele pergunta.
- Ele... Ele me pediu desculpas e tudo. Mas... Eu ainda sinto o nojo das palavras dele. E acabei falando coisas que o fizera ficar mal. - digo.
- Olha eu não quero defender ele. Mas talvez ele tente ser melhor e a acabe magoando alguém. E quando tenta concertar as pessoas acabam sendo igual a ele. - ele diz.
- Ed... Eu acho que gosto dele... Mas... Eu não quero gostar, ele até agora nem me tratou bem... Sabe... Você é super carinhoso e... Porque ele não é assim? - pergunto.
-Talvez porque você deva abrir os olhos. - ele diz. Ed me olha, e eu o encaro, ele afasta meu cabelo do rosto e me beija. Não não foi um beijo esperado igual ao do Diogo. Porque eu realmente queria beijar o Diogo.
Mas o Ed... Eu ainda estava tentando entender ele.
Os lábios dele eram macios , e quentes, ele me envolveu em seus braços. Toda a energia do meu corpo se esvai quando ele me toca.- Eu tenho que ir - ele diz parando de me beijar - Te vejo mais tarde -ele diz sorrindo.
-Tá bom... - digo sorrindo e com a mão nos lábios.
Edward... O que dizer... Sinceramente não tenho palavras para descrever, ele era incrível.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Se enlouquecer não se Apaixone
Teen FictionEu juro que não pretendia me apaixonar por ninguém. Mas aconteceu e eu esto feliz, quer dizer, parte de mim...