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Apesar de estar machucada, mentalmente e fisicamente, tinha uma parte de mim feliz. Eu não conseguia esquecer Edward. Semana passada ele trouxe flores e um filme, não, não era de romance. Ele trouxe Star Wars. Nós dois amávamos o filme. Ele ficou aqui até tarde. Meu pai pediu para que ele dormisse aqui e ligava para os pais dele, já que depois do que aconteceu comigo ele ficou preocupado.

Hoje eu vou poder ficar na cadeira de rodas. O doutor Morgan vem me explicar algumas precauções hoje.

Elisa tem sido muito gentil comigo, ela penteia meus cabelos, me ajuda a escolher as roupas, me ajuda a tomar banho, escova meus dentes. Como eu quebrei duas costelas, não podia levantar os braços e nem fazer movimentos bruscos.

- Como quer ele hoje? - Elisa pergunta se referindo ao meu cabelo.

- Pode ser solto. Acho que preciso lavar.- digo.

- Vamos fazer isso depois, o Dr.Morgan já deve estar chegando.- ela diz.- E o Ed? - ela pergunta fazendo uma cara de desconfiança.

- Tem sido um ótimo amigo... E o Diogo? porque não tem vindo mais aqui... - digo.

Fazia um bom tempo que eu não o via, e ele não vinha mais aqui me ver. Pra falar a verdade ele veio me ver somente dois dias.

- Não mude de assunto mocinha! Ele está bem, teve que voltar para o Brasil, meus pais precisavam dele. - ela diz.

- Que bom...- digo parecendo um pouco triste. - Ed é só um amigo... Sei lá, ele é perfeito de mais... Pra mim. - digo com a voz tremula.

- Você gosta dele. - ela diz com certeza.

- Não... Quer dizer.. Acho que sim. - digo.

- Não existe esse negócio de "Acha que gosta". Ou você gosta, ou não gosta.- ela diz acariciando meus cabelos.- Agora tenho que ver se o Dr. Morgan já chegou. - ela diz saindo do quarto.

Eu não entendia bem, meus sentimentos pelo Ed, não sabia se aquilo era recíproco ou não. Mas sabia que eu iria magoa-lo. É a única coisa que eu sei fazer com as pessoas.

O Dr.Morgan não demorou a chegar. Entraram ele, meu pai e Elisa todos alegres.

Não demorou muito para que ele me explicasse o que teria que fazer.

- Suas costelas não estão no 100%, então tome cuidado quando for mexer os braços. Para andar com a cadeira, vai depender de alguém. E é ai, que os pais entram.- diz olhando para meu pai e Elisa.- Precisam de uma casa sem degraus. Por mais que aqui tenha pouco. Ela precisa de sol, e neste hotel não tem como ela tomar sol. - ele diz.

- Bom, já compramos a casa, só estamos reformando, já está em fase final. Provavelmente semana que vem já está pronta.- meu pai diz aliviado.




Se enlouquecer não se ApaixoneOnde histórias criam vida. Descubra agora