Se enlouquecer não se Apaixone

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- Ta okay pai, eu tô bem. - digo regeitando mais cobertores.
Claro que eu menti. Eu não estava bem, eu estava dolorida, e machucada o suficiente. Minhas costelas estavam quebradas assim como meu braço direito e minhas pernas. Meu olhos roxos, minha boca inchada, minha constante dor de cabeça me deixavam mais deprimida.
Passava grande parte do meu dia dormindo e a outra tentando dormir. Minha irmã Helen tentava de tudo para me alegrar, mas não funcionou. Na frente dela eu até ria, mas nenhuma vez foi real.

Meu pai entra no quarto.
- Tem alguém querendo te ver. - Ele diz se referindo ao Ed.
- Não quero receber visitas. -digo virando o rosto e olhando a para a janela. Se não estivesse quase aleijada, eu estaria no parque com Helen ou algo do tipo. Estaria sentindo o sol sobre minha pele e a brisa do vento. Mas naquela situação, era impossível até idealizar.
- Mas você precisa. -meu pai diz.
- Acontece que eu não quero tá ok? Não quero que ele me veja assim, não quero que ele saiba do que aconteceu, não quero ver ninguém. Só quero ter o direito de ficar triste ou de chorar. Só quero deixar de existir ou esquecer essa mera toda que aconteceu comigo, porque desde que viemos pra cá, tudo tem dado errado pra mim!- grito furiosa e chorando.
- Eu não perguntei se você quer ver ele. Estou dizendo que precisa. E que vai tratar ele bem. Eu não tenho culpa do que aconteceu. Não fui eu quem matei sua mãe, ou quem fez isso com você! Isso dói muito em mim também. Acha que é fácil ver você assim? Acha que eu gosto de ver a minha FILHA nesse estado e não poder fazer nada. Não poder nem socar a cara daqueles desgraçados ! - meu pai grita com lágrimas nos olhos.

Ele sai do quarto calmamente. Pouco tempo depois Ed entra no quarto com uma sacola na mão.
- Nossa... Você tá linda. - mentiu.
- Claro meus lábios de Angelina Jolie, ajudam bastante. Puxei da minha mãe. -digo com sarcasmo.

Ed caminhou e se sentou perto de mim.
- Foi mal. - ele diz.
- an? Não entendo o porque disso. -confusa.
- Por aquele dia... Você sabe, é que eu... - Eu o interrompo.
-Ed, esquece isso, já passou.
Ed me abraça rapidamente e me aperta.
- Aí... Ed eu entendo sua tristeza , mas eu tenho duas costelas quebradas e você está machucando elas. - digo saindo do Abraço.
Eu o olho e ele está com lágrimas nos olhos.
- Não foi sua culpa. Não chora não. Por favor. - digo acariciando suas bochechas pálidas e rosadas.
- Sabe... Talvez se eu não tivesse bebido naquele dia, e tivesse te tratado bem, isso não teria acontecido. porque não me ouviu Serena? Eu te disse pra ir pra casa. -diz ficando sério.
- Eu não sei... Eu estava brava com você , brava comigo. Brava com tudo , só queria um tempo para mim. - digo abaixando a cabeça.
-Me diz... Você... Chegou a ficar grávida? .
- Os médicos disseram que eu não estava no período fértil, então não.
Ele me beija carinhosamente , com todo cuidado para que não me ferisse.
- Para... No momento não estou em situações adequadas, tenho lábios costurados por dentro.- digo mostrando os pontos.

- Okay... Eu tenho que ir. Até amanhã. -diz andando - Ah! Eu recebi alta. -diz saindo do quarto.