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Ele ... Era um canalha,  tinha família e filho, ele era casado!
Nunca fui o estereótipo perfeito em todos os quesitos. Mas não suporto traição , isso é a forma mais canalha de trair alguém! .
Fechei a guia, não queria mais olhar para aquilo. Eu estava com raiva. Como ele pôde fazer aquilo com aquela mulher que aparentemente o amava, os olhos dela brilhavam nas fotos ao lado dele. E o filho dele? Era a coisa mais fofa do mundo, e tinha o que? Menos de um ano. E ele fez isso? Quando você se casa, você deve se comprometer a beijar apenas aquela pessoa que você trocou os votos, ninguém mais. E ele já fez ao contrário.  Imagine quantas garotas ele já beijou, ou pior quantas alunas?!. Abaixei a tela do computador. Me deito no travesseiro. Sinto meu celular vibrar.
- Pronto... - digo.
- Serena?! Aí meu Deus.m.. Que saudades de você meu Deus meu amor!  Você tá bem? Não me avisaram que você iria viajar ! Estou tão brava com seu pai!. - minha avó diz.
- Oi vovó,  não estamos viajando... Estamos morando em Londres, como assim meu pai não avisou? - pergunto .
Minha avó explica que meu pai só avisou que íamos viajar por um tempo, mas não contou detalhes , apenas disse isso. Fiquei com raiva. Me levantei e coloquei uma roupa mais quente e sai.
Quando chego à porta Elisa pede que eu busque Hellen na escola.
- Tudo bem... -digo pegando as chaves e saindo.

Caminho pensando no que minha avó me disse... Como meu pai fora capaz de fazer isso. Ele sabe o quando minha avó é apegada a eu e minha irmã.
Chego a escola Hellen está me esperando do lado de fora.
Caminhamos de volta pra casa.
-Papai disse que vamos jantar fora hoje - ela diz animada.
- Que ótimo,  onde? - pergunto.
- Não sei , ele não disse. -responde.

Quando chegamos em casa meu pai já estava lá. Larguei as chaves em cima do balcão e tiro o casaco.
- Boa noite - digo tirando os sapatos.
- Você tá bem filha?- meu pai pergunta.
- Aparentemente sim.- digo ríspida.
- Aconteceu algo? - ele diz.
- Que .... -desisto de falar. Saio batendo os pés.  Percebo que Elisa fez uma cara de assustada.
Meu pai vem atrás de mim.

- Serena quero saber mesmo o que aconteceu. - pergunta.
- Desmaiei na escola. - digo.
- disso eu sei... Quero saber porque está brava. - pergunta.
- Com certeza você sabe . Foi você quem tomos decisões precipitadas! Mentindo pra mim e pra todos! Fazendo minha vida virar uma merda! Eu te odeio! E agora? Nunca mais vou ver minha avó.  Preferia quando minha mãe estava viva!- digo chorando.
- Queria facilitar as coisas... Não falei assim! Eu sou o pai aqui! Chega de drama! Tá de castigo. Sem celular!. -ele diz pegando ele da cama. E saindo do quarto.
- Saco!!!- grito.
- Sem sair e sem computador! - ele diz pegando o computador.

Deito na cama e choro mais ainda.
De manhã no café não falamos nada, porque não tínhamos assunto, não sabíamos o que dizer então nosso café foi assim.

Voltei para o quarto e meu pai entra no quarto.
- Não fala comigo, por favor... - digo abrindo a gaveta do armário pra pegar uma meia.
- Eh... Vai querer carona? - ele pergunta.
- Não,  obrigada - digo me sentando e colocando a meia.
- Qual é Serena? Vai continuar nessa rebeldia até quando? Eu achava que você era mais madura sinceramente.  Mas eu estava enganado né?  Porque você é  uma criança mimada! Sua mãe fez isso com você ! - ele fala em tom rude.
- Dobra a língua pra falar da minha mãe!  Não tenho culpa se você é uma merda como pai! Não tenho culpa se você me abandonou! Se ela me criou assim foi pra tampar o buraco que você deixou em mim quando foi embora!  Quero que você se foda! - grito.
Meu pai levanta a pai e me dá um tapa na cara. Olho para ele com os olhos cheios de lágrimas .
- Serena.... Me desculpe. - ele diz.
Eu me sento na cama e abaixo a cabeça. 
- Só sai daqui... - digo.
- Se... - ele tenta dizer mas eu interrompo.
- Não fala nada... Só sai daqui!- digo chorando e abrindo a porta pra ele sair.
Meu pai sai de  cabeça baixa. Eu me deito e começo a chorar. Nunca levei um tapa dos meus pais.
E dessa vez meu pai exagerou e acabou passando dos limites, meu coração doia, meu peito doia. Eu já estava quase gritando.
Achei uma navalha no armário do banheiro e sem pensar sentei na cadeira. E a passei rapidamente sobre meu pulso esquerdo. Meu braço ardia, eu chorava e o sangue escorria.
Mas nada daquilo se comparava a dor que meu coração sentia. Eu estava feria fisicamente e sentimentalmente.

Meu pai entra no meu quarto e me ve ali... Com a navalha as lágrimas e o sangue escorrendo sobre meus pulsos.
- Serena você tá louca?! Porque está fazendo uso?  - ele pergunta.
Eu abaixo a cabeça e deixo a navalha cair no chão.  Eu não o respondo, só apenas choro. Eu começo a ficar desesperada e fico com falta de ar. Uso a bombinha de oxigênio.  Mas não funciona. Meu pai me pega no colo e sai correndo pelo hotel até o estacionamento.

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Olá leitores!  Estão gostando?  O que será que irá acontecer com Serena?.
Não ela não morrerá.  Não antes de conhecer o ruivinho!.
Bjs de gliter da Creide!

Se enlouquecer não se ApaixoneOnde histórias criam vida. Descubra agora