22

38 4 0
                                    

Minha mãe está à minha frente com um vestido longo com branco com cristais. Ela me olha e sorri, seus cabelos negros e lisos escorrem sobre os seus ombros. Ela se aproxima e me abraça.
- Senti tanto a sua falta - diz calmamente.
- Eu te amo, eu te amo, eu te amo. To com muita saudade.
- Estarei sempre ao seu lado meu amor. Sempre
Ela me encara por um tempo alisando meus cabelos.
- Está na hora, você deve escolher.
- Escolher o que mamãe?
- Escolha se você deve deixar tudo, todas as dores ou enfrentar isso tudo.
- O que eu devo escolher ?- digo chorando.
- Eu não sei. Mas sei que você é forte e seu pai e sua irmã , precisam de você. Diga a Helen e a seu pai que eu os amo. Mantenham-se sempre unidos.

Ela se afasta de mim e estende a mão. Eu olho para trás, há uma porta vermelha com uma luz muito forte saindo. E à minha frente há minha mãe sorrindo e me estendendo a mão.
- Me desculpe mamãe, mas eles precisam de mim. - digo à abraçando e indo em direção à porta. Meus passos são devagar e cautelosos. Dou uma última olhada para minha mãe.
- Eu te amo.
- Eu te amo mais. Vou sentir sua falta. - disse atravessando a porta.

Sinto uma onda de eletricidade invadir o meu corpo, meus pulmões ardem de tanto ar, minha cabeça lateja e meu nariz arde.
Abro os olhos com dificuldade e eles ardem por conta da caridade.
-Ótimo ela voltou! - Grita alguém.
- Bom trabalho doutor. - outra pessoa diz.
- M-Mãe... -digo com dificuldade.
- Está tudo bem querida, você vai ficar bem. -uma mulher loira de uniforme azul diz.

Demorou um pouco para eu retomar a consciência e lembrar que eu estava em um hospital. Eu estava deitada em uma maca e uma equipe de médicos mexiam em mim sem nem se preocupar se eu estava acordada ou não.
- Quando volto para casa? Cadê meu pai.?
- Você está muito enérgica para alguém que quase visitou Jesus. - um médico de jaleco branco diz.

Eles me levaram até um quarto e me deixaram lá por um tempo.
Meu pai não demorou muito para vir me ver. Ele é Helen estavam com flores e balões.
- Que bom que esta bem querida. - diz me dando um beijo na testa.
- Também acho... Alguém veio me visitar além de vocês?
- Edward e Diogo. Ah! E a Maria...
- Perguntei alguém que eu conheça além da Maria .
- Como assim filha? Você conhece o Ed e o Diogo. Diogo foi até... - ele me encara - Não se lembra?
- Não tenho idéia de quem seja.

Meu pai sai do quarto. E eu fico com Helen, ela parece um pouco abatida.
- Papai disse que você havia dormido. Ele acha que eu não entendi...
Ignoro o fato de eu quase ter morrido e mudo o assunto.
-Eu vi a mamãe... Ela disse Que te ama, e que temos que ficar juntos...
Ela me abraça e começa a chorar. Sinceramente eu quase nunca via ela chorando. Apesar da vontade de chorar ser muito forte. Eu me mantive firme e não chorei.
Meu pai entra no quarto com um médico.
O médico começa a me examinar. Não demorou muito pelo tão esperado resultado.
- Não é grave. Em questão de 24 horas ela recupera as memórias que perdeu. Nada muito grave pai, fique tranquilo. -o médico diz guardando seu estetoscópio.

Se enlouquecer não se ApaixoneOnde histórias criam vida. Descubra agora