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Matthew levou a mão que estava na parede para a minha cintura. A cada toque que ele dava, era como se um corrente de choque saísse daquela região do meu corpo e se distribuísse por todo o resto. Ele começou calmo, hesitante, mas assim que percebeu que eu retribuía, foi aumentando a velocidade, beijando-me intensamente, e pude sentir um pouco de desejo ali.

A mão que estava em minha cintura desceu pela lateral do meu corpo, chegando em minhas coxas.
Como suas mãos eram grandes, pude sentir a ponta de seus dedos na minha bunda e não pude evitar dar um risinho. O garoto apertou minhas coxas, dando um impulso para cima; entendi o recado e pulei, entrelaçando minhas pernas à sua cintura. Agora, ele me prensava completamente na parede.

Mat dirigiu sua boca para a lateral de meu pescoço, e quando houve o contato de seus lábios em minha pele, prendi a respiração, tentando segurar o gemido preso na minha garganta, com meus olhos apertados de tão fechados. De repente, os abri; coloquei minhas mãos nos ombros de Mat e o empurrei.

- Correia! - disse, num tom de reprovação.

Mat mordia o lábio inferior, enquanto sorria maliciosamente, os olhos fechados. Os abriu, olhando para mim intensamente, aumentando a força nas minhas coxas.

- Melhor coisa é ouvir você gemendo meu nome.

Arregalei os olhos, surpresa pelo que ele havia dito, surpresa pelo meu tom de reprovação ter saído como um gemido. Abri a boca para dizer algo, mas ele interpretou como mais um convite e selou nossos lábios, enfiando a língua lá dentro e percorrendo cada canto, apressadamente.

De repente ele para, se afastando só um pouquinho, e começa a correr, comigo no colo, saindo do beco. Gargalhei, imaginando a cena vista por outras pessoas. Olhei para trás e avistei sua casa, que não demorou muito para ser invadida por nós dois.

Chegando lá dentro, dei uma rápida olhada na bela casa. À minha direita, enorme cozinha, e à esquerda, a sala, que foi para onde Mat me levou.

Pela segunda vez, ele me prensou contra a parede, mas desta vez eu gemi sentindo uma pontada de dor. Isso somente serviu de incentivo para ele.

Beijou-me novamente com seus lábios macios e rosados, logo depois abocanhando meu pescoço, dando mordiscadas e uns chupões que com certeza deixariam marcas.

Nunca imaginei que beijaria alguém com bombas de fundo sonoro.

Mat me tirou da parede, virando e ajoelhando-se no chão para logo após me deitar e fazer o mesmo, ficando entre minhas pernas. Ele colocou a mão na barra de minha blusa, levantando-a.

- Mat... espera. - sussurrei.

Ele olhou para mim, curioso. Suspirei.

- É que eu nunca...

Matthew rapidamente sorriu, nem dando oportunidade de eu terminar a frase, dando-me um selinho.

- Você confia em mim?

Fechei os olhos, abri, e Mat não sorria mais. Balancei a cabeça positivamente, mas ainda não tinha certeza da confiança que eu acabei de dar para ele.

O carioca olhou para meus olhos por alguns instantes, e o som do momento era nossas respirações ofegantes do lado de dentro, e explosões do lado de fora. Lentamente, ele se aproximou, beijou-me de um jeito diferente; calmo, cuidadoso, distinto de antes.

Mat colocou sua mão dentro de minha blusa, e eu deixei meus olhos abertos pela última vez, para então fechá-los completamente, sentindo o momento ímpar.

E, pelo resto da noite, eu tive a certezae que nunca confiaria em ninguém como confiei em Matthew Correia.










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