Prólogo

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_Eu me caso com você!_ lembro-me de ter pensado quanta sorte eu tinha no momento em que ouvi essas palavras_ Se aquele filho da puta não sabe a sorte que tem então não merece ter você na vida dele. Eu me caso com você!

E nos casamos.

Eu nunca me apaixonei, nunca senti aquele amor avassalador que Edu descrevia em suas poesias, ele sim, a todo instante aliás, por isso o que escrevia era tão bom, mas seus relacionamentos duravam o tempo que era preciso para ler um poema e eu sempre estava lá para juntar seus pedacinhos.

Somente duas vezes precisei do Edu para me consolar, no dia em que ele me pediu em casamento e hoje, em seu funeral. Naquele dia ele juntou cada pedacinho quebrado da minha alma, mas e hoje? Onde estava meu melhor amigo? Quem iria me recolher?



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