Estava tudo escuro. Eu e minha irmã estavamos em uma barraca, na floresta. O príncipe Vinicius e o príncipe Mateus não estavam conosco. Saí para procurá-los. A única coisa que se ouviam eram os passos que eu dava e os lobos uivando. Estava frio e eu estava com muito medo. Ouvi as vozes dos meus pais. As segui e fui ao encontro deles. Eles estavam amarrados e ao lado deles estavam o príncipe Igor e o príncipe Artur. Me assutei ao vê-los. Perguntei a eles o motivo de tudo aquilo e eles me disseram que tudo era uma farsa, inclusive o noivado. Tudo não se passava de uma mentira. Lágrimas começaram a cair dos meus olhos e eles simplesmente não se comoviam. Pedi que eles desamarrassem os meus pais, mas eles disseram que não teria como o pai deles governar se os meus estivessem vivos. Comecei a me desesperar, corri em direção aos meus pais, mas um enorme homem me pegou pelo braço e me levou até um pequeno chalé. Ele me trancou. Comecei a dar chutes e socos na porta, mas ela não cedia. Lembrei-me de Laura, ela estava sozinha. Comecei a gritar.
-Alice, está tudo bem? -Vinicius perguntou.
-Ah, onde estou? Cadê os meus pais? -perguntei assustada.
-Calma, foi só um pesadelo.-Mateus disse.
Suspirei de alivio. Aquilo não passava apenas de um pesadelo. O pior de todos com certeza. Eu havia gritado alto demais, até o doutor e algumas enfermeiras foram até o quarto. Eles me perguntaram se estava tudo bem. Eu assenti e disse que foi só um pesadelo.
-Bom, vim avisá-los que Laura terá que fazer alguns exames antes de ser liberada. Aguardem na recepção por favor. Vamos Laura? -perguntou o doutor.
Ela havia acabado de acordar, devia estar de muito mau humor. Afinal, ela só havia acordado por causa do meu grito.
-Sim doutor. -ela disse bocejando.
Enquanto isso, fui com os meninos até a recepção. O hospital estava repleto de pessoas. Por sorte, encontramos três cadeiras vazias. Nos sentamos e esperamos. Meia hora se passou e então a recepcionista nos chamou, dizendo que o doutor estava nos esperando na sala quatro de exames. Agradecemos a mesma e fomos até lá.
-Chamei-os aqui para dizer que Laura terá que ficar mais uma noite no hospital. Seu corpo não desinchou completamente e a alergia está muito forte. Vou medicá-la e se tudo ocorrer bem, vocês poderão ir embora amanhã. Tudo bem? -ele perguntou.
Nós concordamos e ele saiu da sala.
-Ah, não acredito que vou ter que ficar mais uma noite aqui. -Laura disse.
-Calma, a sua saúde é prioridade minha irmã. -Eu disse.
-Sua irmã tem razão. Não saíremos daqui enquanto você não estiver melhor. -Mateus disse à Laura.
-Obrigada. -ela sorriu.
-Mas se vamos ficar mais uma noite nesse hospital, precisamos de um banho e de roupas. -eu disse.
-Fique aqui com a sua irmã,Alice, que eu e o meu irmão iremos comprar algumas roupas na loja da esquina. Por favor, passem-nos o numero do tamanho da roupa de vocês e ignorem o nosso mau gosto, tudo bem? -ele perguntou rindo.
Laura e eu concordamos e passamos todas as informações necessárias, para que eles nos trouxessem roupas. Eles saíram. Olhei para Laura e vi que ela estava chorando. Sentei ao seu lado na cama e a abracei.
-Eu não entendo Alice, por quê nossos pais não nos encontraram ainda? Eu não aguento mais. Preciso voltar para Belo Carmo, voltar para os nossos pais, para Igor.-ela disse chorando.
-Calma Laura. Tenho a certeza de que eles estão nos procurando. O problema é que esse reino é isolado demais, é muito dificil chegar aqui. -eu disse.
-Papai conhece este lugar perfeitamente, não tem desculpa Alice. -ela disse indignada.
-Nós não sabemos o que está acontecendo por lá Laura, por isso temos que ser pacientes e fortes. Vamos passar por tudo isso juntas irmã. -eu disse abraçando-a.
Deixei que ela chorasse em meu ombro por bastante tempo, ela precisava por toda aquela dor e sofrimento para fora. Laura sempre foi muito sensível. Eu entendo a dor dela, pois é a mesma que eu sinto, os motivos são os mesmos. Mas eu acredito que tudo vai se resolver. Os meninos chegaram com as roupas.
-Com licença, trouxemos as roupas. -Mateus falou como se fosse um herói.
Começamos a rir.
Pela primeira vez os vimos como amigos. Fomos até eles e nos abraçamos em conjunto. Eu e Laura os agradecemos por tudo que estavam fazendo para nos ajudar.
-Essas mulheres de hoje em dia, cada hora estão de um jeito. -Mateus falou e nós rimos.
Fui até a recepcionista perguntar se havia chuveiro no banheiro do hospital. Ela assentiu e me levou até o mesmo. Agradeci-a. Levei a roupa que eu iria vestir para me trocar lá. Tomei um banho e vesti um short preto e uma blusa rosa bem soltinha que os meninos haviam comprado. Após eu sair do banheiro, Laura entrou em seguida. Após terminar ela vestiu um lindo vestido largo vermelho. Depois os meninos tomaram banho e cada um vestiu uma camiseta e um short.
-E não é que essas roupas combinaram conosco?! -Mateus falou convencido.
-Deixa de ser palhaço Mateus. -Vinicius falaou brincando.
Começamos a rir. Já estava de noite. O doutor de Laura pediu a algumas enfermeiras que colocassem mais três camas no quarto, já que o mesmo era enorme. Ajudei Laura a arrumar os remédios que ela iria tomar e fui dormir. Os meninos haviam deitado antes, deviam estar muito cansados. Laura tomou os remédios, apagou a luz e foi dormir.
OI GENTE, DESCULPA POR NÃO TER FEITO O CAPÍTULO GRANDE, MAS É QUE ESTOU SEM IDEIA HAHAHAH. SE ESTIVEREM GOSTANDO DO LIVRO, POR FAVOR CURTAM E COMENTEM. OBRIGADA :*
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O mistério das princesas
AventuraTudo está mudando na vida das duas irmãs, Alice e Laura. Elas estão se preparando para dar um grande passo na vida delas : casar, mas algo surpreendente acontecerá...