Capítulo 18

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-Alice? -uma grave voz me chamou.

Abri os olhos e vi que eu estava em um lugar diferente. Vinicius me olhava preocupado.

-Você está bem? -Laura perguntou.

-Acho que sim. Onde nós estamos? -falei tentando me levantar.

Eu estava com uma dor de cabeça insuportável. Laura me impediu de levantar.

-Você precisa descansar. E para falar a verdade, não sei onde estamos. Só sei que tem uma cachoeira aqui perto. -ela falou.

-Vinicius. -chamei-o baixinho.

-Sim? -ele disse.

-Obrigada por não me deixar para trás. -eu disse.

Ele sorriu e começou a enfaixar minha perna. Estava latejando de dor. Ele cuidadosamente passou uma pomada antidor na parte em que a bala perfurou, abaixo do joelho. Agradeci-o com o olhar. Quanto ao lugar em que estavamos, parecia uma selva. Eu não fazia ideia de como nós iriamos voltar. Continuei deitada e lágrimas caíram dos meus olhos. Estava com saudade dos meus pais e do Artur. Meu coração apertou e comecei a chorar. Mateus e Vinicius não estavam perto para ver, Laura também não. Não queria que ela me visse assim, eu precisava parecer forte, para que ela continuasse com a esperança de nós voltarmos para Belo Carmo. Os principes Mateus e Vinicius foram procurar lenha para fazer uma fogueira e Laura foi pegar alimentos. Fiquei ali, desabando em lágrimas.

Já era noite. Todos já haviam voltada para a "caverna". Minha perna estava melhor e minha cabeça já não doía mais.

-Vinicius, vou fazer a fogueira e depois vou até a cachoeira com a Laura pegar água, beleza? -Mateus falou.

-Beleza. Vou ficar aqui com a Alice. -Vinicius disse e sentou-se ao meu lado.

-Ainda está doendo? -ele perguntou apontando para a minha perna.

-Está melhor, obrigada. -eu sorri.

-Princesa Alice ..-ele falou.

-Sim?-eu disse.

-Quero pedir-lhe desculpas por vocês ainda não estarem em Belo Carmo com sua familia. Ao invés de ajudar, nós acabamos atrapalhando vocês. Por culpa nossa, agora estamos perdidos e você está machucada. -ele disse com ar de decepção.

-Não é culpa de vocês, nós vamos sair dessa. Vocês fizeram muito por nós e eu realmente estou grata por isso. -eu disse sorrindo.

Ele abaixou a cabeça.

-Ah vamos, pode chorar perto de mim. -eu disse rindo.

-Não estou chorando. -ele disse rindo também.

-Então levanta a cabeça bebezão. -falei e ele levantou.

Os olhos dele estavam lacrimejando. Mas ele não estava mais chorando e sim rindo.

De repente ele ficou sério e tirou do bolso da calça um colar.

-Tome, gostaria que quando vocês voltarem para o seu castelo, vocês não se esquecessem de nós. Mateus também já deu um a Laura. E que nós possamos sempre ser amigos, mesmo vivendo em reinos tão distantes. -ele colocou o colar em minha mão.

-Não vamos nos esquecer de vocês. Vocês são os melhores amigos que alguém pode ter. Muito obrigada pelo colar. -eu disse e abracei-o.

Laura chegou com um monte de frutas. Mateus já havia feito a fogueira e eu fiquei dormindo o resto da noite. Comi uma ou duas frutas. Com tantas coisas para resolver, eu nem pensava em comer mais. Laura e os meninos ficaram conversando e comendo em volta da fogueira. O dia seguinte seria longo.



Oi gente, desculpa a demora para postar. Espero que vocês estejam gostando. Quero saber a opinião de vocês. Cada voto e comentário é muito gratificante para mim. Obrigada e boa leitura.




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