Capítulo I

1.3K 36 1
                                    

[TAYLOR ]

Eu odiava ter a minha idade. Principalmente por depender dos meus pais, super protetores que não me deixam quase que pisar o chão da rua, ou falar com uma pessoa sem que eles a conheçam primeiro . Se o meu pai soubesse como pôr um GPS em mim, e quando um menino se aproximasse, ele apareceria a correr, mal ele sabe que atualmente eu namoro com o Mattew, ele ía passar-se. Eu não sei se ele, que dizer... eles, têm medo de me perder. Mas não vai ser para sempre que eu vou ficar de baixo das asas deles. Apesar disso não tenho motivos para reclamar dos meus pais, eles dão-me de tudo, desde de bens materiais ao amor e carinho. Hoje é o aniversário da Joy, os pais dela alugaram um salão, numa discoteca qualquer, ia ser tipo lanche ajantarado, afinal a maioria era menor de idade como eu, o meu pai como sempre estava a dificultar as coisas e não me queria deixar ir.
- Pai, pelo amor de Deus, - Implorei quase a chorar, e ele olhou para mim respirando fundo, isso significava que ele estava a ficar sem paciência. - ela é um das minhas melhores amigas, tu conheces os pais dela e para além disso, tu conhece-la desde criança.
- Roy, deixa a rapariga sair um pouco de casa, - A minha mãe intrometeu-se, tentando ajudar-me. Ela tinha mais poder sobre o meu pai. - nós vamos levá-la e depois vamos buscá-la, não te preocupes.
- Tudo bem Tay', podes ir. - Ele finalmente concordou e eu pulei em de alegria.
- Adoro-te pai!!!. - Enchi o seu rosto de beijos.
- Interesseira, só me adoras por isso? - Ele brincou e minha mãe riu.
- Lógico que não, tu és o melhor pai do mundo. - Disse rindo-me - Agora vou-me começar a preparar.
Eles riram-se, e eu subi toda contente. Mandei mensagem para a Joy e a Claire, a confirmar que ía. Entrei na casa de banho, liguei o chuveiro e tomei um banho longo e demorado, não molhei o cabelo, ele estava liso e cheiroso, havia lavado o mesmo á dois dias atrás. Terminei de tomar banho, enrolei-me na toalha e saí da casa de banho. Agora começava a batalha em que tinha de achar o que vestir. Vasculhei o meu guarda roupa por completo, por fim achei um vestido preto, colado no corpo, realçava bastante os meus seios e o meu rabo. O que eu não tenho de altura, eu tenho em largura. Como dizem que as baixinhas são mais giras, e com toda humildade, eu sou exemplo disso, apesar dos meus 1,55 de altura, o meu corpo era bem desenvolvido. Calcei uns sapatos pretos, deixei o meu cabelo solto, e coloquei-o de lado. Fiz uma maquilhagem forte, com os olhos escuros e um batom quase da cor dos meus sapatos, pus alguns acessórios e estava perfeita. Desci e o meu pai estava sentado no sofá, ele tinha trocado de roupa, devia de estar á minha espera.
- Esse vestido não está muito curto, minha menina? - Repreendeu ele.
- Para com os ciúmes Roy, estás linda meu amor. - Disse a minha mãe fazendo um sorriso maluco.
- Obrigada mãe. - Mostrei a língua ao meu pai.
- Boa festa meu amor, juizo. - Disse a minha e deu-me um beijo na testa.

❌ ❌ ❌

Saí de casa e entrei no carro do meu pai. Fomos o caminho todo a rir, a conversar e ele como sempre a dar as suas recomendações.
- Qualquer coisa liga-me? Juízo. - Disse ele, dando-me um beijo na bochecha.
- Okay, Roy. - Falei rindo-me e ele olhou-me de lado, ele não gostava que eu o chamava-se assim.
Saí do carro, á frente da discoteca, estava cheia, a maioria era o pessoal da escola. Entreguei o meu convite e entrei, a música estava alta, olhei ao meu redor procurando as minhas amigas, mas acabei a esbarrar com o Mathew.
- Puta que pariu, isso é tudo meu?! - Ele passou o olho por tudo o que fazia parte do meu corpo e mordeu o lábio inferior.
Eu olhei-o ferozmente, ele sabia que eu não gostava de asneiras, achava isso uma coisa "feia".
- Ainda ficas mais linda, com essa cara de chateada. - Falou ele roubando-me um beijo suave.
- És mesmo idiota. - Ele passou o braço pela minha cintura. - Vis-te as miúdas?
- A Joy estava a conversar com o Luke e a Claire, estava no bar da última vez que a vi.
Começou tocar uma música, dancei um pouco com o Mathew, nada de indecente, eu não sou assim.
- Tu chegas e não dizes nada a ninguém, sua vaca? - Ouvi a voz da Joy atrás de mim.
Antes de responder, dei-lhe um abraço apertado.
- O Mathew disse que estavas com o Luke, e não quis atrapalhar. - Justifiquei, ela deu um sorriso falso e bateu de leve no braço do Mathew.
- Cusco. - Disse ela séria, mas sabíamos que era brincadeira. - A Claire está completamente bêbada - Disse rindo-se e eu neguei com a cabeça em sinal desaprovação.

- Pensei que não havia álcool!?

- Sim amiga, mas tu ainda acreditas naquilo que eu digo... - Respondeu ela

- Deixa a rapariga ser feliz. - Mathew encolheu os ombros e riu ao vê-la dançar feita maluca.
- Vou ver o meu amor, beijos. - Disse ela e mandando um beijo no ar.
- Amor, vamos até ao carro? É rápido. - Sussurrou Mathew ao meu ouvido.
- Vieste de carro? - Perguntei zangada e ele riu.
Os pais dele viajaram, e deixaram os carros. Se eles soubessem ele estaria morto. Ele ficou ao cuidado dos seus avós, mas eles já eram idosos, e Mathew passava-lhes a perna muito facilmente.
- Vamos, ou não? - Ele segurou-me pela mão e saiu puxando-me.
Saímos do bar, e atravessámos a rua. O seu carro estava parado em frente á discoteca, ele destrancou o carro e abriu a porta para eu entrar. Entrei no carro e ele entrou do outro lado.
- Diz, o que queres? - Perguntei nervosa.
Não queria ficar ali sozinha com ele, trancada.
- Só queria ficar a sós contigo um bocado, não posso? - Ele disse enquanto passava o nariz no meu pescoço. Senti um leve arrepio.
- Mathew...

❌ ❌ ❌

- Calma amor, não vou fazer nada que tu não queiras. Não vou te obrigar a nada, só queria namorar um pouco. - Explicou aproximando os seus lábios dos meus.
Nós beijámos, o beijo do Matew era sempre bom. Só que hoje havia algo diferente, havia uma coisa á qual eu não estava acostumada. Suas mãos passaram pela minha coxa e delas saíram leves apertões, confesso que não era mau, mas eu estava com medo. Sempre ouvi que era uma dor insuportável, uma dor que eu não queria sentir agora, não aqui, dentro de um carro. Posicionei as minhas mãos no seu peitoral e afastei-o devagar.
- Aqui não, espera mais um pouco. - Falei baixo.
Ouvi ele respirar fundo.
- Tudo bem, Taylor. Tudo bem. - Ele abriu a porta do carro, deixando-me sozinha.
Eu queria chorar. Mas respirei fundo, abri a porta do carro, e saí. Quando ia para atravessar a rua, um carro preto parou mesmo á minha frente, dele sairam dois homens, estavam encapuzados. Foi tudo tão rápido, um pano tapou o meu rosto, senti um cheiro forte, tentei-me debater, mas era em vão, os meus olhos foram fechando, e o meu corpo foi ficando mole.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO!!!

NÃO PERCAM O PRÓXIMO CAPITULO...









ProíbidaOnde histórias criam vida. Descubra agora