2° Capitulo

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Ola galerinha :). Acostumesse com essas notas... Nao tem muita coisa a falar, só agradecer mesmo. Então, obrigada. Vlw flw. Boa leitura ;)
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Nunca tinha pisado em um cemitério, nao que eu nunca tenha tido a oportunidade. Varias pessoas próximas a dos meus pais já haviam morrido, mas nunca me deixaram ir diziam que "Nao era local de criança pisar" ate que concordava em com isso. Lugar de pessoas mortas, vivos nao devem pisar.

Mas lá estava eu, dentro do carro com meu pai indo pro enterro da minha mãe.
Enquando passava de carro por lá ficava observando da janela as sepulturas, pessoas triste entrando e saindo. Olhei pro meu pai pelo retrovisor.

-Papai? - Chamei baixinho e ele se limitou a olhar de volta pelo retrovisor. -Por que as pessoas choram quando perdem um parente?

-Bem... - Ele limpou a garganta antes de falar e pude notar que ele estava prestes a chorar mais uma vez.

-Deixa papai. - o detive antes que ele começasse de novo.
Respirei fundo e esperei ate que o carro estacionassem.
Desci do carro com uma incrível espectativa, nao sei o que estava esperando... Talvez que assim que pisasse lá eu me desintegraria ou viraria um zumbi, nao sei. Mas nada disso aconteceu. Apenas pisei nos ladrilhos que ali tinha.
Respirei o ar que soprava fraco, ajeitei minha roupa preta (Preta? Por que preta? Nunca entendi... E nunca vou entender) e segurei a mão do meu pai e caminhamos ate o caixão da minha mãe.
Sera que é normal se sentir... Em paz em um cemitério? Pois é a sensação que sinto quando estou aqui.
Caminho ao lado do meu pai ate o caixão a onde se encontrava o corpo da minha mãe, olho para os lados e nao encontro muitas pessoas, no máximo 7 pessoas. Incline a cabeça para a esquerda com um belo ponto de interrogação estampado no meu rosto.
7 pessoas? Uma vida quase inteira, juntando amigos, pessoas que você julgava ser especias e na hora do enterro só aparecem 7 pessoas? Realmente o ser humano é uma incógnita.

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2 dias o interro da minha mãe aconteceu a dois dias. Esses dois dias foram os piores da minha vida. Voce deve esta se perguntando se eu estava abalara nao é? Pois é... Nao! Eu nao estava abalada, na verdade eu estava muito calma por sinal.

Eu estava sentada na minha cama olhando para a porta pensando na minha mãe, eu realmente queria chorar, queria chorar como meu pai chorou naquela noite, chorar ate dormir. Mas nao conseguia. Me virei e olhei para fora, o sol se escondia por trás de algumas nuvens. Me levantei e fui ate a janela, olho para o quintal da frente e vejo meu pai de pé olhando pro nada ainda usando pijama segurando uma xícara. Na estrada ao longe vejo um carro se aproximar um Fiat branco, o carro estaciona na frente da casa e de lá desce uma senhora usando um coque alto e com um terninho verde oliva. Minha avó.

-Pelos céus Richard você esta péssimo! - Bufou ela passando pelo meu pai e entrando.

Fiquei olhando para o meu pai ate que ele entrasse, me afastei da janela e fui ate o meu armário peguei um vestido rosa bebê, vesti e sai. No alto da escada vi minha avó passar para a esquerda em direção a sala suspirei e desci as escadas.

-Ola vov....

-É bênção garota insolente! - Interrompeu ela com uma xícara chá na mão.

-Bênção vovó. - Passei por ela e me sentei na poltrona ao seu lado, olhei para meu pai. Meu deus, realmente nunca pensei que ia ver ele nesse estado.
Seu olhar antes sempre feliz e confiante agora estava triste com os olhos vermelhos e encarava o chão, sua barba estava por fazer, seu cabelo totalmente bagunçado, o pijama com estampa de jornal estava sujo com uma marca de alguma coisa perto da barriga, suspirei e desviei o olhar.

-Richard dê mais edução a essa sua filha ou eu terei que dar!

-Sim mamãe. - Falou baixinho.

-Insolente e mal educada igual a mãe, aquela de lá mereceu oque teve, bem...

-Não fale assim da minha mãe! - Rosnei baixinho mas alto o suficiente para ela escutar

-Como é que é? - Ela se virou para mim ainda com o chá nas mãos. -Você esta me repreendendo garota!? - Com a mão livre ela ergueu a e foi na minha direção, meu rosto se esquentou com o tapa. -Nunca mais me interrompa.
Meus olhos se encheram d'agua e olhei pro meu pai de novo e ele não se mexeu.

-Por que vez isso? - Minha voz saiu como um miado.

-Quando ela for morar comigo vou ensinar boas maneiras, tudo o que aquela mulher não vez.

-O que? - Me levantei e fui ate meu pai. -Papai o que ela quer dizer?

-Ah minha querida. - Disse minha avó com um sorriso cínico no rosto. -Seu pai não lhe contou? Você vai morar comigo.

-Papai isso é verdade?. Olhei pra ele quase implorando com o olhar pra que ele falasse que era mentira, mas ele confirmou com a cabeça.

-Desculpas Mel, não tenho condições pra te criar nem financeira muito menos psicológica - Ele finalmente ergueu os olhos e me encarou por alguns segundos depois desviou o olhar, mas eu sabia porque ele não conseguia sustentar o olhar em mim, desde que nasci eles falam que sou muito parecida com minha mae principalmente os olhos. -Me perdoe - Ele se levantou fungou fundo, saiu da sala, subiu as escadas e foi pro quatro.

-Viu nem seu próprio pai quer você! Então sou obrigada a te criar por que a sua mae não sabe fazer escolhas, mulher burra...

-Para de falar assim da minha mae sua bruxa - Não pude aguentar a raiva que explodiu dentro de mim. Tudo o que ela estava falando da minha mãe era mentira, minha mae era uma ótima pessoa e não merecia ser xigada, muito menos porque não podia se defender. Um trovão repentino rugiu lá fora mas não me assustei como de costume a raiva estava tomando conta de mim.

-Como ousa! - Disse ela autoritária e se levantou e me encarou. Não respondi, uma tempestade repentina começou a cair lá fora. -Você aprenderar a nunca mais fazer isso. Ela veio contra mim e me deu outro tapa.

Mas dessa vez cai perto da mesinha que estava perto da poltrona que meu pai estava sentado e bati a cabeça e tudo escureceu.

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Obrigada por ler *-*

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