Dualidade

15° Capítulo

Deixa eu contar uma coisa para vocês, eu paro de escrever o cap quando ele atinge 1000 palavras, mas nunca da 1000 certinho. As vezes o cap é chato? Pow pra caraca, mas tudo tem um porquê certo?
Certo! Então esse cap tem um significado, só que só vai aparecer mais tarde talvez daqui a 4 caps nao sei.
Bem enfim obrigada por tudo
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IDIOTA!

Entrei no meu quarto com raiva, me joguei na cama e fiz a coisa mais madura que vinha em minha mente. Comecei a fazer birra igual a uma garotinha de 5 anos quando tiram seu brinquedo favorito.

Comecei a esperneia e gritar! O mais impressionante eram dois fatos: 1 minha avó não gritou do quarto dela e 2 eu não sabia se estava com raiva do Max por ter me beijado ou do Sam por ter impedido.
Mesmo sendo contra a minha vontade eu gostei do rápido beijo que recebi. Me senti viva por isso, sempre estive presa nesse apartamentinho mequetrefe, nunca pensei que iria beijar outro garoto na vida. Tirando o Jorge da 3 série, aquele não contou como beijo, apenas nos babamos todo no vestiário das meninas.

Virei pro lado e apaguei.

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Os dias depois da festa correu um pouco extranhos. Não vi o Max durante 2 dias seguidos, não que eu me importasse mas queria saber notícias dele. Uns diziam que ele tinha ficado com vergonha de voltar pra escola depois do direto que quebrou o seu nariz em 2 partes, fazer o que ne! Ninguém mandou ser um idiota completo!

Encontrei aquele garoto baixinho tantas vezes nesses 2 dias que correram que parecia que ele estava me seguindo.

Então finalmente descobri o nome dele: Vincent Delatorre Castellanos. Nome esquisito para um garoto esquisito.

16 de Julho ia chegar logo. 4 dias para ser exata.
Não que faria diferença mas ter 16 deveria ser maravilhoso, poder tirar a carteira de motorista, poder... A quem eu quero enganar? Ter 16 não mudaria nada. A mesma droga de sempre, provavelmente só teria uma mudança significativa quando fosse pra faculdade. Ai sim eu seria feliz e me divertiria pra valer.

As 3 primeiras aulas passaram voando e agora me encontrava no refeitório. Minha bandeja nao estava fazia, mas também nao estava cheia. Um maçã, um pote com pudim, uma caixinha de leite (por que peguei se odeio leite?) e um sanduíche pra lá de estranho.
Nao tinha conversado com as meninas desda festa. Elas nao estavam me evitando, eu que estava! Nao conseguia olhar para elas sem pensar que elas dormiram com pessoas que eu odiava. Mas sabia que nao deveria sentir raiva delas, ate por que a vida sexual das duas nao era da minha conta, mas mesmo assim estava chateada.

-Eai? - Pergunta alguem a minha frente se sentando. Estava prestes a colocar a colher de pudim na boca, mas paro no meio do caminho. Olho para cima e me deparo com Step

-Hã... Oi? - Disse apoiando a colher no pote

-Tudo bem?

Olhei para os lados a procura de alguem cochichando e rindo indicando que isso seria algum tipo de brincadeira, mas nao vi ninguém

-Por que está falado comigo?

Ela me olha confusa e solta uma risadinha antes de responder

-Nao posso falar com você?

-Nao é isso - Olho para os lados de novo. -Digamos que... As pessoas nao se aproximam muito de mim... E também, eu pensei que você me odiasse - Disse um pouco envergonhada.

-E por que eu odiaria? - Perguntou ela com a sombrancelhas juntas indicando confusão.

- Porque pensei que voce fosse namorada do Max - Olhei para a porta do refeitório na tentativa de esconder minha timidez.