9° capitulo

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O ar estava carregado. Ninguém alem deles conseguiria respirar no local.
O ambiente estava mais bagunçado do que de costume, corpos em alto grau de decomposição enfeitava o local, tochas queimavam com ajuda de lava e enxofre, pegadas eram ouvidas ao longe, gritos de crianças em agonia implorando por misericórdia também era ouvido.

Um homem encapuzado e manco seguia para um edifício antigo, que foi apelidado pelos mesmos como "Craken". Um edifício que lembrava, sem fazer fazerem esforço nenhum, um castelo do século 18.
Enquanto o homem se aproximava da porta, ela foi aberta enchendo o ambiente com um rangido metálico

-Você esta atrasado - sussurrou uma mulher ao seu lado assim que passou pela porta.

-Eu sei Marlene - Retrucou carrancudo.

-Você sabe que ele odei...

-Silêncio!

Uma voz grossa e autoritária rebonbodiou a pequena sala onde se encontravam.
A sala nao era usada com muita freqüência, por esse fato, tudo ali era empoeirado ou enferrujado. Cortinas da cor verde oliva e azul encardido pendia nas paredes. Umas rasgadas nas pontas, outras intactas e outras so o que restava era o suporte.
30 pessoas ficam a abaixo do púlpito que ali tinha e somente 1 pessoa residia em cima do palco.

-Eu pedi SILÊNCIO! - O homem em cima do púlpito parecia irritado, mas seu rosto angelical nao parecia perder a calma e bom humor, presente a situação à qual se encontravam.
Os murmúrios dentro da sala fora parando aos poucos. O homem limpou a garganta e começou o discurso:

-Senhores... senhoras - Ele sorriu largo. -Estamos reunidos, aqui, nessa bendita sala por um motivo. - Fez-se uma longa pausa e com isso o homem passou o olhar pela sala. -Alguem se habilita em responder? - outra longa pausa. -Ninguém? - Ele espirou fundo, fechando os olhos.

Todos temiam aquele homem. Todos temiam o poder que ele carregava, todos sempre se curvava a ele quando passava, nunca o olhava nos olhos. Massacrar sem piedade!
Esse era o lema daquele homem.

-Alguem. Nessa. -Perguntou ele pausadamente e levantando a voz. -PORRA. DE. SALA. SABE. O. VERDADEIRO MOTIVO? - Aos poucos mãos foram se levantando, mas nao os olhos. Nunca os olhos. -Então vocês podem falar. - Continou sorrindo olhando para seu povo.

-Melissa Ford. - Um sussurro foi ouvido no fundo da sala

-Mais alto por favor. - Pediu o homem

-Melissa Ford. - todos falaram em uníssolo

O homem sorriu e saiu de trás do púlpito.

-Exatamente! Melissa Ford. - Cantarolou o nome da menina
-Uma criança que nao deveria existir, uma criança nascida para nos derrubar. - Outro longo silêncio foi feito na sala. -Que agora, esta quase completando a idade apropriada para os poderes se aflorar. - Um suspiro fundo. -E agora a pergunta que não quer calar... Porquê essa garota nao nós pertence? - Todos sabiam porquê, mas ninguém se atrevia a falar.

-Se eu tiver que perguntar... Mais uma vez... Ora, ora, ora Frank... Diga, por que ela nao nos pertence. - O homem parecia se divertir com a situação, cruzou os braços, trocou o peso do corpo para o pé direito.
Ele adorava ser temido, adorava o poder. Mas aquela criança... Ah aquela criança, ameaçava tudo o que ele adorava e isso ele nao admitia.

-El-ela, a Cri-criança, nao nós pertence... porque nao podemos toca-la. - Deu conclusão ao discurso embolado.

-EU QUERO ELA EM NOSSOS DOMDOMÍNIOS! ATE A PRÓXIMA LUA...OU - Ele soltou uma gargalhada sem humor - Eu truxidarei cada um de vocês...com minhas próprias mãos. Estão dispensados.

DualidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora