Me levantei e fiquei olhei assustada para ele.
-Ah para, não vai me dizer que sou o primeiro gato que fala com você?! - Ele deu algumas voltas em si mesmo antes de se sentar e me encarar -É eu sou não é!?
Fiquei olhando pra ele de boca aberta, fui andando de vagar ate a porta e me encostei nela. Eu estava louca nao era possível. Ou eu estava louca ou sonhando, mas nao me lembro de ter ido dormir.
-Sua avó não falou que eu vinha? - Neguei com a cabeça ainda de boca aberta -Sua mãe? Seu pai? Alguém?
-Com-como você esta fala-falando? Isso é impossível - Eu estava nervosa e com medo. Da onde já se viu um gato falar? Ta ok o Salém fala, mas é um filme...
-Uma abelha voar também mas ninguém questiona - Ele revirou os olhos e começou a se lamber. Fiquei olhando para ele ainda não acreditando.
-Meu deus, estou ficando louca! - Finalmente pronuncie alto.
-Jura que não se lembra de mim? - Ele virou a cabeça para a direta. -Eu te visitei quando você era pequena, na verdade tinha apenas 5 dias de nascida.
-Sai daqui agora!
-Querida, você acha mesmo que gostaria de esta aqui? - diz ele com a maior calma do mundo. -Em um buraco desses? Você sabe quantos ratos eu vi só em está sentado lá fora no frio enquanto você se divertia na escola!!! - Ele começou a parecer indignado
-Hã...desculpa - Disse confusa, porque gatos gostava de ratos ne?!
-Desculpa? - Gritou ele mas saiu com um guincho no final. -Desculpa, como assim desculpa? Você realmente é muito burra ne?
-Ei! - Disse forçando um olhar feio pra ele
-Ei?, Ei? Nossa que vontade de fazer côco nas suas roupas - Ele começou a andar de um lado pro outro em cima da cama parecendo ainda mais irritado.
-Olha só gatinho... Não tenho culpa de você esta aqui ta bem!
-Não tem culpa? - Ele me olhou com raiva, mas deferia ser difícil pra ele para fazer expressões faciais. -Você é o motivo de eu esta aqui sua burra!
-Para de me chamar assim por favor! Ou eu vou te colocar pra fora daqui.
-Tenta a sorte!
-Ae?
-É! - Eu estava mesmo discutindo com um gato? Olhei pros lados e vi uma revista no canto do quarto, fui ate ela peguei enrrolei e fui pra cima dele. Comecei a bater perto dele. Não tinha coragem de machucar, fui batendo ate ele esta perto da janela. -Se puder sair agora eu agradeço! - Com um último movimento empurrei ele pra fora e rapidamente fechei a janela. -Há, viu eu falei que você sairia! - Disse triunfante.
E ele devolveu com um forçado sinal feio. Saltei pra trás com uma batida na porta
-Melanie - Disse minha avó entrando
-Uma coisa chamada, privacidade vovó! - Revirei os olhos
-Tem uma pessoa no telefone para você
-Quem é? - Perguntei um pouco surpresa quase ninguém me ligava, quer dizer ninguém na verdade a nao ser as meninas, mas elas nao valem.
-Eu que sei, nao sou sua secretária para ficar anotando mensagens - Se virou e foi embora.
A vi saindo e dei dedo feio. Fui ate a cozinha e pequei o telefone
-Alô? - Perguntei me encostando na parede do lado do telefone.
-Senhorita Melanie Ford? - Uma voz de mulher perguntou
-Sim é ela, quem esta falando? - A linha ficou muda por alguns segundos, mordi um pouco a boca a espera da resposta. Depois de mais alguns segundo a voz suspirou pesado e respondeu.
-Isso não importa muito, só precisa saber de uma coisa. As trevas estão atrás de você tenha cuidado!
-Alô? Quem esta falando? Que brincadeira é essa? - Perguntei com irritação. -Max se for você...
-Tenha cuidado - Ela respondeu distante logo depois a mulher desligou.
Fiquei parada por uns instantes na cozinha segurando o telefone ate que a minha avó veio me olhando intrigada
-Quem era? - Perguntou ela colocando as mãos na cintura
-Não sei - Respondi olhando pro chão, dando de ombros e coloquei o telefone no gancho
-Como assim não sabe, a pessoa ligou para você e você não sabe?
-Ela não se identificou ue - Olhei pra ela. -Vovó, o que quer dizer... As trevas estão trás de você?
O rosto de minha avó se fechou e ela ficou extática.
-Por que você quer saber? - Ela falou já ficando com raiva
-A pessoa que me ligou... Bom ela falou isso e bem...
-Vá pró seu quarto agora! - Gritou ela. Olhei pra ela assustada. OK que ela se zangava rápido, mas dessa vez ela parecia realmente furiosa
-Vovó...
-Cala a boca e vá agora pro seu quarto! - Disse ela com muita raiva e nervosa.
Abaixei a cabeça e passei por ela. Quando estava passando por ela esbarrei sem querer nela, uma onda de raiva tomou conta de mim e minha visão escureceu.
Senti que fui pra cima da minha avó e apertei o pescoço dela, ela me estapiou tentando me tirar de cima dela e uma voz saiu da minha boca só que não parecia a minha, ela era grossa e rude
-Bruxa maldita! Vocês vão pagar por esconder ela de mim. - Senti minha avó perdendo as forças. Tentei voltar o controle do meu corpo mas era impossível, alguma coisa estava me prendendo dentro do meu próprio corpo. Senti que eu peguei minha avó pelo pescoço e levantei jogando contra a outra parede da cozinha. Uma nova fúria explodi dentro de mim novo.
Em um momento bem curto a minha visão voltou e vi minha avó com a mão erguida na minha direção, da palma da mão saia um brilho ofuscante seguidas de palavras estranhas.
Lsoexpu et ue.
Meu corpo foi ao chão e apaguei.
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Etaaaaaa! Vovó da Mel é do bem? Ou no mal? Façam suas apostas bebês. Até o próximo ;)
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Dualidade
General FictionOla, nao sei se vou conseguir concluir esse documento, ate por quê nao sei quando eles me acharam de novo. Por sorte daqui a uma semana, mas como sou azarada mais do que os outros sei que eles viram bem depressa. Bem, tenho que acabar logo antes qu...