Fault Boys- Episódio 1- Asher
Capítulo 5
"A cobiça é o mal do século "
Cage Henley
Eu assisto o balanço sensual de seus quadris quando ela avança lentamente em minha direção, com a porra de um meio sorriso no rosto. Os cabelos pretos dela quase se confundem com a tonalidade escura do céu. O vento sopra na minha direção e me traz o cheiro dela.
Eu estou ficando louco, porra! Porque isso é tudo que precisa para me tirar do sério. Ou me excitar até que eu não possa mais pensar com a cabeça certa.
— Hei, Cage. — Ela diz quando chega perto de mim. Eu me amaldiçoou internamente. Meu nome pareceu certo demais na boca dela. Fico pensando e pensando em como meu nome soaria se eu estivesse dentro dela, quando o ápice de prazer a atingisse. Ela gritaria? Ou seria um sussurro sem folego?
Merda! Lá se vai meu pensamento pelo lado errado novamente...
— Lena. — Reconheço sua presença quando trago mais uma vez meu cigarro.
Ela faz uma careta quando eu solto a fumaça do meu cigarro. — Essa coisa mata, sabe?
Eu sorrio provocando-a — E?
Ela levanta uma sobrancelha entrando no jogo. —E... — Levanta a mão e arranca o cigarro da minha boca. — Você é muito bonito para morrer cedo. — Diz quando pisa no que restou dele.
— Totalmente. — Rio. — Minha perda seria a ruina deste mundo. —Digo levantando os braços teatralmente.
Ela ri, e o som vai diretamente para o meu pau. Caralho!
Lena olha para trás onde Asher e Nox estão fazendo um bom trabalho em ignorar a presença um do outro, mesmo sentados lado a lado.
Ela morde a porra do lábio quando diz — Esses dois realmente tem muito o que trabalhar. — Então sorri. — E parece que você vai me dar uma carona para casa. Emprestei meu carro ao Asher, — Eu faço uma careta, e ela suspira. — sinto muito... Eu poderia chamar o Mark, mas meu celular está morto. Apenas me empreste o seu e lhe deixo em paz...
Foda, não!
— Não, você não vai chama-lo. Eu levo você em casa.
— Tem certeza? Acho que posso chamar o Mark...
— Foda-se, não! — Digo, e isso soa mais irritado do que eu gostaria. — Eu levo você.
Eu deveria ter percebido o que estava acontecendo comigo naquele momento, mas porra, tudo que eu podia pensar era em deixar o fodido Mark o mais longe possível dela.
Quando foi a última vez em que eu me senti possessivo com uma garota? Foda-se, nunca. Este era todo o maldito problema.
Eu sentia mais por essa garota do que eu senti em toda a droga da minha vida. Garotas como Lena Cole, que fazem um homem sentir todo o caminho do chapéu até as botas, só significam uma coisa: Problemas. Especialmente para caras como eu, que não precisam de justificativa para ter problemas. Eles são atraídos para mim como uma mariposa pela luz, assim como eu sou fodidamente atraído por Lena.
Tenho certeza de que o meu irmão está realmente tentando leva-la a construir um relacionamento com ele. Assim como tenho certeza que Lena merece um cara que lhe dará exatamente isso.
Mas eu a quero como eu nunca quis mais nada, exceto que eu não faço a coisa toda de relacionamento. Da primeira vez que eu vi como o Asher ficava quando ele e Nox tinham uma briga, eu jurei a mim mesmo que não estava deixando uma mulher chegar perto de qualquer coisa em mim que não fosse a porra do meu pau. Especialmente não do meu coração.
Então, um dia, Lena Cole resolveu balançar a porra do meu mundo, todo o caminho do Texas para Montana. E eu tentei duramente ignorar a faísca que surgia quando estávamos próximos um do outro. Mas nos últimos dias tem sido difícil evitar.
Eu não fui o único cara em Jackson Falls a notar qualquer coisa em Lena. Ela era simplesmente difícil de passar desapercebida. Seu corpo por si só fazia um bom trabalho em ter a atenção de caras de qualquer tipo, mas era sua inteligência e humor afiado que a definiam como rara.
Lena Cole era o epitome de tudo que me atraia numa mulher. Ela era, inquestionavelmente, gostosa; ela me desafiava; e tinha coragem de olhar nos meus olhos e dizer o que queria. E é por isso que eu cheguei à conclusão de que Lena e eu temos que viver em extemos opostos do país. Infelizmente para ela, não vai acontecer e breve, pois moramos no mesmo estado e na mesma droga de cidade pequena, de tantas outras no mundo.
Principalmente não vai acontecer com ela ao meu lado, dentro de um carro, sozinhos. Eu tinha que descobrir uma maneira de manter minhas mãos filhas da puta para mim mesmo. Ainda mais agora que Mark a notou. E isso não vai acontecer se eu continuar assistindo sua bunda enquanto ela sobe no meu maldito caminhão.
Há muitas mulheres solteiras em Jackson Falls, e ainda assim, Mark e eu parecemos estar interessados pela mesma. Mas isso, essa faísca entre mim e Lena nunca pode chegar a ser um fogo. Primeiramente porque eu não mexeria com a mulher de nenhum dos meus irmãos — e sim, eu travei minha mandíbula aponto de dor quando eu pensei nela como pertencente a Mark. E em segundo lugar, porque um relacionamento entre mim e Lena só resultaria em desgraça. Garotas como Lena Cole são a ruina dos homens, por que tem a incrível capacidade de nos fazer ficar obcecados por suas bocetas, procurar atenção como um cachorro maldito e, pior de tudo, nunca querer outra mulher. A única coisa que eu tinha mais certeza do que isso, é que eu seria uma desgraça ainda pior para ela.
O toque do meu celular me faz para de pensar nas mil e uma coisas pelas quais eu não poderia ter Lena. Eu desvio o olhar da estrada tempo o suficiente para ver a foto sorridente de Mark aparecer no identificador de chamadas.
Minhas mãos apertam involuntariamente o volante, e eu ignoro o som do toque do meu celular.
— Não vai atender? — Lena questiona depois de alguns momentos.
Eu travo a minha mandíbula com força, para evitar socar alguma coisa.
— Porque você está com raiva? O que ele te fez? — Ele? Ele não fez nada, eu fiz. Me sentei aqui durante vários minutos desejando a porra da namorada dele. Pensando nas várias táticas que eu gostaria de usar para dar prazer a ela, para satisfazer nós dois. Caralho! Sonhando com seu corpo nu e embaixo de mim...
— Eu não estou com raiva dele. — Respondo.
Lena levanta uma sobrancelha — De que então?
Merda, gostaria que ela não tivesse perguntado. Por que eu não sei ser outra coisa além de sincero. E agora eu teria que dizer-lhe a verdade. — Estou com raiva de mim mesmo.
— Por que? — Ela não ia deixar para lá, até que eu despejasse minha alma maldita para ela.
— Por ter vontade de soca-lo a cada vez que eu o vi ultimamente.
— Mark? — Ela parece confusa quando pergunta, infernos, qualquer pessoa que já ficou meio minuto a lado do meu irmão pareceria. Ele é a porra de um santo.
— Sim, ele.
— Mark não é o tipo de cara que provoca raiva nas pessoas. — Não diga...
Eu olho diretamente para ela quando respondo: — Ah não preciosa. Eu não estou com raiva dele. Estou com inveja.
— Por que? — Eu travo minha mandíbula mais forte, minhas mãos vão ficar com as marcas do volante, pela forma como eu estou estrangulando o pequeno filho da puta. — Cage, porquê? — Insisti.
— Por que ele tem algo que eu quero.
[Continua no episódio 2...]
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Fault Boys
RomanceEm uma família com muitos irmãos, cada um tem sua história. E não é diferente na Família Henley, exceto que todos eles têm algo em comum: os problemas. Trabalhadores de sol a sol e festeiros de fim de semana, eles são a alegria das mulheres de Jacks...