Destroços de corações, almas, corpos e carros

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Fault Boys- Episódio 3- Bray   


Capítulo 5

" Destroços de corações, almas, corpos e carros "

Cameron Henley


Eu não ter uma irmã de sangue certamente queria dizer alguma coisa.

Eu não serviria para isso, com toda fodida certeza. Por que eu era ciumento todo o caminho até o inferno e de volta, e sentir ciúmes me forçava no modo asno, e no modo asno, eu fazia besteira pra caralho. Ou seja, se eu tivesse uma irmã, — o que graças a Deus, não tenho — eu iria fazer da pobre garota uma freira.

E então, havia Emily.

Eu fui mais que condicionado a saber como agir perto dela, saber que eu deveria trata-la com respeito e protege-la das investidas dos garotos... Mas quem iria protege-la de mim?

Mesmo constantemente lembrado e forçado a acreditar que ela era nossa irmã, uma parte retorcida de mim sempre se sentiu diferente por ela. Eu não conseguia enxergar Emily como minha irmã. Por mais que dissessem, ela não era isso para mim. Eu era ciumento e protetor com ela? Sim, muito. Mas por razões completamente diferentes do que o pensamento popular dizia.

Meu ciúme por ela nunca foi exatamente saudável ou fraternal.

E o sentimento que eu, involuntariamente, nutria por ela, somente cresceu com o passar dos anos. As lembranças constantes não me impediram de toca-la, ou de fazer o que eu sempre quis, e toma-la para mim. Eu me tornei um homem fodido, querendo mais e mais de uma relação quase incestuosa, mas eu sequer conseguia me importar o bastante. Eu a quis por muito tempo, e quando a tomei, eu tinha a maldita certeza de que ela me queria também.

Se fosse para ser honesto comigo mesmo, diria que, ainda pequeno, eu era bastante fodido. Porque, desde aquela época, eu já acreditava que Emily fosse minha, e eu era irracional a ponto de ter ciúmes do meu irmão mais novo por causa dela. Max e Emily tem a mesma idade, e crescer um ao lado do outro, estudando no mesmo colégio, fez deles amigos inseparáveis.

Isso fodidamente me matava. Porque Max estava sempre com ela, e eu nunca poderia fazer o mesmo sem que as pessoas achassem estranho.

Eu não sabia qual era a droga do feitiço que ela tinha acontecendo sobre mim, mas algo nela, em sua personalidade, no seu olhar, me tinha na porra dos meus joelhos.

Eu amava o quão confiante, e engraçada, ela era. Amava o seu bonito corpo, que amadureceu desde muito cedo, assim como amava sua mente brilhante e língua afiada. Amava que, mesmo que ela fosse uma coisinha quente, ela nunca tenha usado sua beleza para conseguir nada. Amava que ela gostasse de um desafio, e amava que, quando eu empurrava, ela empurrava de volta.

As garotas nunca se opuseram a mim em nada, até que ela veio balançando a porra da minha vida numa noite e me dizendo não. Que não adiantava o tamanho da cena que eu fizesse, ou se eu achava que tinha direitos sobre ela, que eu poderia ir me foder, porque ela merecia mais.

E ela merecia mesmo. Mas não estava indo para obter outro. Ela teria a mim, e eu me tornaria bom o suficiente para ela, nem que isso demorasse o resto a minha vida para acontecer.

Emily sempre teve sobre mim o efeito que nenhuma outra foi capaz de ter. As outras meninas sempre tentaram entrar em um relacionamento sério comigo, mas eu não estava interessado em nada disso com elas. Veja a diferença: Emily me dispensou, mas eu sempre iria correr atrás dela. Porque, não importava o quão chateado eu estava, ou se ela não queria saber do meu traseiro feio, eu nunca poderia deixar ela ir.

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