O início do fim

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Fault Boys- Episódio 2- Cage  

Capítulo 4

" O início do fim "

Lena Cole

Eu não tenho como descrever a sensação. Fomos tão longe, arriscamos tanto. Me tornei algo que eu não queria tendo o que eu mais desejava. Doí saber que foi errado. Machuca porque eu sei que foi tão importante apenas para mim. Fere que tenhamos atingido alguém que nunca mereceu o mal. Foi o tudo que eu queria e esperava, foi o que eu pedi. E deixou um rastro de destruição. Três corações sangrando, quando poderia ter sido apenas o meu. Eu deveria ter ido embora antes.

— Você nasceu para ser a ruína de muitos homens...

Ele estava certo afinal.

...

Tentar ser perfeita era um esforço inútil.

Estar com alguém tão bom quanto Mark, me fazia parecer errada no mundo. Eu não me sentia assim desde que fui adotada. Porque memórias ruins surgem em momentos impróprios?

Eu poderia estar desfrutando do conto de fadas, onde o príncipe vem e resgata a princesa de todas as atrocidades de passado. Mas Cinderela, Aurora e Bela ficaram com o direito as páginas escritas. Eu? Nunca estive destinada a coisas como estas, nasci para andar no lado controverso da vida.

Destino é uma coisa que não podemos controlar. Não pedimos por, ou não merecemos tal. Tentar ir de encontro a ele é apenas uma curva de negação a qual muitos estão propensos. Uma curva perigosa e cheia de revira voltas. Eu entendo isso, pois escolhi tomar o caminho com curva, invés de ir em linha reta ao final.

Aqui estava eu agora, tentando ser o que não sou. Fingindo que esta é a vida pela qual sonhei o tempo todo. Uma onde tudo que eu quero é um cara que me trate bem, que assuma a culpa mesmo que esteja certo, que me dê flores e nunca discuta comigo. Carrega minhas compras, abre a porta do carro. Que nunca está do lado errado, não erra, e não dá motivos para as pessoas falarem mal.

Tentar acompanhar isso é duro, principalmente se você cresceu pela ideologia do meu pai adotivo: "Não tenha medos, você não precisa deles. Cultive o mal hábito de não se arrepender, e o mal costume de errar, não tem outra forma de aprender a viver."

Sim, Jason Cole é um gênio a sua própria maneira. E ele ficaria extremamente bravo comigo se soubesse o grande pecado que eu estava cometendo, não pelo fato de ser errado, mas por que eu não estava sendo eu mesma.

Acima de tudo, por que eu estava retornando a ser algo que jurei, por tudo que é mais sagrado sobre a terra, e além dela, que nunca mais seria: Uma sobrevivente.

Por que eu sou uma? Por que eu abri mão de mim, para que eu pudesse agradar as pessoas ao meu redor. "Ele é o cara certo, Lena!" ou "Todas queriam estar no seu lugar". Até mesmo "Ele é a melhor escolha, preciosa." Sobrevivendo ao ceder à pressão. Sobrevivendo ao tédio de uma relação sem a chama que a mantém viva. Eu me sentia um fogo que foi apagado pela tempestade, me conformando apenas com resquícios de cinzas aquecidas.

E, pior, eu fiz isso achando que seria o certo. Que Mark era o melhor para mim. Eu o admiro, demais para descrever, por que ele é uma coisa que não conheço e não posso ser. Mark era a minha novidade. Como um bicho em extinção, ele era algo que eu nunca tinha visto. Meu ideal de perfeição era um cowboy boca suja que se apaixonou por uma striper e adotou uma criança cujos pais eram incapazes ser que de dar atenção. Então, eu não poderia deixar de me fascinar com a nova perspectiva nele.

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