A dona do Vidigal.

Capítulo XI

Depois que paramos, fiquei deitada sobre o corpo dela só de blusa e calçinha e ela também. Ficamos conversando e admirando aquele céu lindo, até que chegamos a tal Ilha, lá era lindo, a paisagem incrível, uma casa sem luxo, mas perfeita, grande, com algumas paredes de vidro, uma rede na varanda. Um paraíso, um lugar de paz. Joy me contou que usava essa casa quando ela e o irmão queria sair um pouco da favela e ficar sossegados.

_E ai, gostou minha dama?_diz ela com um sorrisinho de lado, jogando a mala no chão.

_Eu amei, é surreal de tão incrível!_ disse admirando tudo em minha volta

Ela me abraçou e então a gente se beijou, decidimos ficar uma semana, e depois voltar. Mas voltar pra onde? Casa dos meus pais Joy não queria, sua casa na favela ela vendeu todas, apesar de amar aquele lugar ela queria um recomeço, então ficamos pensando onde iriamos morar, oque faríamos. E em meio a tantas conversas decidimos morar em um condomínio no Leblon, ali perto da favela, perto dos meus pais e próximo ao novo emprego de Joy, ela iria trabalhar no Banco, como gerente. Seu irmão iria voltar a dar aula de Muay Thai, e abrir uma academia, as coisas estavam fluindo perfeitamente bem...Os dias naquele lugar eram perfeitos, aquele mar, aquela floresta, tudo...Uma semana passou rápido, estávamos indo planejando o dia da volta.

Ao chegarmos no Leblon, Pv estava construindo a academia e morando em um apartamento, ali perto mesmo. Joy começou no trabalho e eu voltei a rotina da Faculdade, estava fazendo para ser pediatra, faltava um ano para acabar. Compramos o apartamento, e estava lindo, todo decorado do nosso jeito. Alguns meses se passaram, a academia já estava pronta, Joy administrava lá também. Pv, estava feliz e ia entrar pra faculdade de Educação Física, iria pagar com o dinheiro dos seus pais que morreram que era dividido pra ele Joy...

Eu estava preste a acabar minha faculdade, e faltava poucos meses para o fim do ano...Meus pais, queriam viajar para a casa de meus familiares no Sul, Joy queria ficar e passar com a mãe de Magrin, Tia Tereza e os amigos do morro, aos poucos fui convencendo ela a ir passar comigo, e ela acabou aceitando e convenceu o irmão também. Eu estava feliz, iria matar a saudade da minha família e poderia e ficar do lado do meu amor ao mesmo tempo. No fim do mês teve a comemoração do término da faculdade, meu pai pouco exagerado, depois que acabou cerimônia, levou a gente para um restaurante podre de chique, à beira mar, localizado em Angra. Eu confesso que amei! Foi meus pais, minha namorada (Joy), e algumas amigas da faculdade...Foi uma noite super agradável.