Então chegou o dia que iríamos voltar para o Rio. Voltamos 3 dias antes do Ano Novo, foi super difícil para Amanda e sua família ter que se despedir e passar mais um tempo sem a família por perto. Fizeram um almoço e logo depois do almoço foram todos levar a gente até o aeroporto. O lance do meu irmão com Giovanna foi tão intenso que em Fevereiro ela tinha planos de ir pró Rio viver com ele. Chegando no aeroporto foi aquele clichê na hora da despedida, choradeira dali e daqui. Entrando no avião, Amanda ficou questionando sobre não querer passar o Ano Novo ma favela e isso estava me irritando, fomos daqui ao Rio discutindo. Porém eu e meu irmão estávamos decididos a passar no morro com tia Terezinha e todo o resto...
Ao chegar em casa eu arrumei toda a minha bagunça, e Amanda a dela, brigamos por uma coisa tão boba, mas ainda estávamos sem nos falar, eu ficava super bolada quando ela falava do morro com um certo desprezo. Minha origem é de lá, e eu jamais posso negar isso... Tomei banho, comi um sanduíche e fui deitar. Peguei no sono rápido. Acordei cedo no outro dia pra recomeçar minhas atividades. Amanda ainda dormia, eu sai e nem falei com ela, não deixei bilhetes nem nada. Fui pra luta, saindo de lá passei na praia surfei um pouco com os amigos e amigas...E quando estava me preparando pra ir embora vi 3 ligações de Amanda e 2 sms, que diziam...
"Bom dia p vc tb." "isso aí n mesmo responde mesmo n"
Assim que vi respondi:
_Desculpas, deixei o celular na mochila!
_ Jaé.
Amanda foi seca, ela nunca falava assim. De repente a gente estava tendo muito desentendimentos, e por mais que a gente se dava muito bem, nas horas dos desentendimentos parecia que não tinha outra solução a não ser acabar tudo. O orgulho nos dominava, principalmente a mim. Chegando em casa, não trocamos uma palavra, e na hora que fui pro banho, Amanda fuxicou meu celular e leu todas as conversas. Não tinha nada demais. Mas ela viu que eu ainda falava com uma amiga do morro na qual eu ficava, porém hoje em dia não falamos nada demais. Mesmo assim ela deu um show. E começou a jogar na minha cada quando trai ela, e tudo mais. Por instantes eu pensei que iríamos acabar ali, mas fui deitar e ela demorou muito pra entrar no quarto. Quando entrou e deitou do meu lado, abraçei seu corpo e cheguei bem perto. Ela não se moveu.
_Amor, não precisa ficar com ciúmes!_sussurrei no seu ouvido.
_ Não é ciúmes não. Só acho que você tinha que me respeitar, não tem por que você falar com uma pessoa que já teve um caso. Ta sentindo falta? Volta pra ela.
_Não é nada disso!!_virei ela pra mim e ficamos nos encarando até nos beijar carinhosamente e pegarmos no sono. Quando acordamos, já estava tudo bem.
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A dona do Vidigal.
RomanceAqui se passa a história de Joyce, conhecida como Joy. A irmã do dono do morro, que se apaixona por Amanda, a patricinha do Leblon. As duas vivem um história intensa, cheia de loucuras apesar de viver em mundos completamente diferentes! Venha confer...