Capítulo VII

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Alguns dias se passaram e a saudade que estava de Amanda era fora do normal, não esbarra com ela em lugar nenhum. Depois das mensagens se desculpando e nenhuma delas eu respondi, ela nem insistiu mais. 

Um belo dia estava indo em direção a faculdade, chegando lá a coordenadora nos apresentou uma nova professora de Contabilidade Geral, e adivinha quem era? Isso mesmo, dona Clara, a mãe de Amanda, meu coração acelerou e acredito que quando ela me viu o dela também acelerou, ficou com uma cara de espanto. Tivemos 3 tempos só da matéria dela, e ela passou um simulado, onde fui uma das únicas que gabaritei. Saindo da faculdade, fui direto pro estacionamento pegar a moto e vi ela fofocando com um dos alunos, como uma menina da favela, estudava na melhor faculdade da zona sul, sem bolsa e tinha uma CB1000, com certeza ele falou quem eu era. E logo sai dali. Fui em casa, troquei a roupa e fui andar na orla, depois de um bom tempo andando, me sentei na areia tomando, comendo açaí, e quando olhei pro lado vi Amanda, sentada sozinha, um pouco distante. Fiquei com uma vontade absurda de ir até ela, e uma falta de coragem sem tamanho. Até que nossos olhares se cruzaram, e ela riu de canto sem amostrar os dentes, eu sorri de volta. Me levantei e fui até ela...

_Posso sentar?_ digo manso

_Claro!_ diz gentil

_Quanto tempo!

_Urrum, 2 semanas e 1 dia! _ela diz e fica triste

_Não aguento mais de saudade!_ falo envolvendo ela nos meus braços, ela me retribui e a gente cai deitada na areia, rindo.

_Pensei que nunca mais iriamos se ver. Desculpa se me precipitei e confundi a amizade, é que eu nunca senti isso por garota nenh...

Nem deixei ela terminar de falar e a beijei, um beijo lento com uma pega de leve na cintura e um puxão de cabelo. Só parou quando faltou o ar, nos levantamos, e ao parar, eu disse, assim como você eu também não quero só amizade. Namora comigo? Disse me ajoelhando na frente dela. Ela disse sim, deixando cair uma lágrima e logo depois caiu 300. Nos abraçamos, ficamos por horas andando e conversando, até que deixei ela na porta de casa, e subi a favela. Estava explodindo de felicidade, queria gritar para a favela toda escutar que aquela dama era minha.

No dia seguinte acordo com uma sms linda de bom dia dela, e mando outra. Marcamos de que assim que os pais dela saíssem eu iria buscar ela e iriamos ficar na minha casa. E ao passar dos dias foram assim só podíamos se ver as escondidas...

A dona do Vidigal.Onde histórias criam vida. Descubra agora