Acordei às 10:00h era um domingo, me arrumei e desci até a praia para correr. Chegando lá fiquei na esperança de encontrar a patricinha, porém nem sinal dela, fui pra casa e fiquei de frente no morro, PV não estava se sentindo bem de tanto que bebeu. A noite chegou, fiquei rondando de moto com os soldados pra ver como a favela estava e estava tudo tranquilo. Vidigal nunca foi de ter guerra. Deixei a boca na responsabilidade do magrin, um amigo nosso de infância, que perdeu seu pai na mesma época que eu e PV e por destino ou não acabamos, caindo nessa vida... Fui para casa, passei no quarto de Pv e ele estava melhorando, pedi para tia Tereza (empregada), preparar um lanche natural pra mim, ela fez no maior capricho, era praticamente uma mãe pra mim e não uma empregada. Deitei na cama, e não conseguia dormir, estava sem sono, então fui dar uma volta na praia, sentei na areia e logo deitei, observando as estrelas. Quando menos esperava, escutei aquela voz... aquela mesmo...
_Ué? A dona do morro por aqui? _ela disse em um tom de deboche
Me virei e vi que era a patricinha, olhei pra ela e disse...
_Não enche só vim tomar um ar! _ Como assim dona do Morro, então ela me conhece Já? Preferi fingir que não escutei essa parte e continuei deitada
_Essa hora é perigoso sabia! _ diz ela me imitando no dia que a encontrei saindo do baile
_Não sou indefesa igual a você..._ ela riu, e desfez aquela guerrinha
_Então meu nome e Amanda e o seu? _disse sentando ao meu lado
_Meu nome é Joyce, porém todos me chamam de Joy. Você mora aqui a muito tempo? Nunca te vi.
_Não, eu sou nova aqui. Morava no Sul!
_Entendi! Estou indo Amanda _falei me levantando e batendo a areia que estava em minha roupa
_Posso ir com você?
Oi??? Me surpreendi, nem nos conheciamos direito e ela já se oferece assim.
_Ué, mas por quê?_ pergunto espantanda
_Eu dei um fora em escroto lá do condomínio e estou com medo de ir para casa, e ele fazer algo. Meus pais estão viajando a trabalho.
_Ele não vai fazer nada, vamos eu te levo em casa!
Atravessamos a rua e já era o apartamento dela, deixei minha moto na garagem e a levei até o andar de sua casa. Mas parecia que Amanda ainda não estava satisfeita e chegando lá, eu tentei tranquiliza-la dizendo que era pra ela trancar tudo e dormir. Ela concordou e então eu fui ao chegar perto do elevador, dobrando o corredor escuto ela gritando: sai Arthur!!!! Corri até lá e ele tinha conseguido entrar. Assim que vi ele abraçando ela, fui pra cima dele, empurrando-o e colocando um soco em sua cara, assim que ele se recuperou veio pra cima de mim, golpiei ele o deixando desacordado. Eram anos de Muay Thai, não iria bobear, jogamos ele no corredor, fechamos tudo. E fiquei com ela, enquanto ela tremia no sofá eu tentava a tranquilizar e já havia passado um rádio para magrin passarem esse tal de Arthur.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A dona do Vidigal.
RomanceAqui se passa a história de Joyce, conhecida como Joy. A irmã do dono do morro, que se apaixona por Amanda, a patricinha do Leblon. As duas vivem um história intensa, cheia de loucuras apesar de viver em mundos completamente diferentes! Venha confer...