Desculpas não me valem de nada.

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•× H E R M I O N E ו

"Tem certas coisas que nossos olhos não enxergam... Simplesmente porque o nosso coração não quer ver."

- Vamos sentar primeiro - ele diz suavemente. Nos sentamos e então ele abre a boca para falar e fecha em seguida.

- Fala logo, Harry. - digo irritada.

- Fui eu... Fui eu quem machucou o Draco. - confessa. Levo uns segundos para assimilar o que ele diz e então o olho com descrença.

- Você? Não... Você não seria capaz - rio incrédula.

- Eu estou falando sério e eu vim te pedir desculpa. Quando eu lancei aquele feitiço eu não fazia ideia do que ele podia causar.

- Eu te avisei, Harry! Mas você fica louco com aquele livro. E então lança um feitiço desconhecido na pessoa que eu mais amo nesse mundo todo. - desabafo, sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto.

- Eu estou realmente arrependido, Mione. Eu quero pedir desculpas.

- Desculpas não me valem de nada, Potter.

E então eu fui embora da biblioteca depressa. Eu não conseguia acreditar no que acabei de ouvir. Eu não conseguia acreditar em mim mesma. Eu havia acabado de chamar o Harry pelo sobrenome. A Hermione nunca faria isso, a Hermione nunca faltaria aulas, a Hermione nunca amaria Draco Malfoy, a Hermione... A Hermione, aquela Hermione, não existe mais.

Agora percebo que nós crescemos, porque eu cresci. Cresci, mudei, me reinventei, e posso ver coisas que eu não via antes. E todos os meus pensamentos agora, só me levam a uma pessoa, Draco Malfoy. E essa pessoa está na enfermaria, todo debilitado, graças ao meu melhor amigo. A vida é uma montanha russa de emoções.

- Hermione - ouço alguém me chamar no corredor. Quando me viro, encontro uma Lucy ofegante e descabelada.

- Oi... Tá tudo bem? Não é nenhuma outra notícia ruim, não é?

- Pelas barbas de Merlin, não! Eu queria saber notícias de Draco, e suas...

- Ah, Draco está melhor, falei com ele por uns minutos, mas logo ele adormeceu novamente. - contei, enquanto seguíamos para o meu salão comunal.

- Já descobriu o que aconteceu?

- Não... - menti.

- E você? Tá tudo bem? - perguntou com um tom de preocupação.

- Furúnculos... - respondi a senha do meu salão comunal e entramos pela passagem. - Na verdade, não. Eu estou sem dormir e comer direito, é desgastante. - suspiro exausta.

- Vai ficar tudo bem, você só precisa ser paciente. - Lucy senta comigo no sofá e eu deito no seu colo.

- Estou cansada de esperar. - desabafo.

Lucy faz carinho no meu cabelo e ficamos assim a tarde toda. É bom saber que tenho alguém aqui comigo. Quando o sol se põe, ela vai embora.

- Fica bem, viu? - pede, me dando um beijo na testa. - Se precisar de qualquer coisa, manda uma coruja.

Me despeço dela e subo para tomar um banho. O dia foi longo, e cheio de surpresas. Depois do banho, vesti um pijama e deitei na minha cama.

Eram 9 da noite, a lua estava brilhando e me sentia sozinha.

Ojesed - Dramione (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora