Capítulo 15

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Minha visão estava embaçada, eu estava de cabeça para baixo e o canto superior direito da minha cabeça sangrava (eu sabia disso porque senti o sangue escorrer), não conseguia me mover, estava escuro, tudo que pensei naquela hora foi: eu iria morrer! Estava convencida daquilo até que escutei alguém abrir a porta do carro, senti essa pessoa me tirar do carro e me carregar, não consegui reconhecer a pessoa por causa da minha visão embaçada, mas notei que provavelmente era um homem por causa dos músculos, pude sentir que era alguém muito musculoso, apesar de estar bem fraca e não conseguir enxergar direito. Pude notar olhos castanhos, ou seja, não era nem o Jack (olhos verdes), nem o John (olhos azuis). Aquele homem me carregou por mais uns 5 minutos, até que eu apaguei. Estava fraca demais para continuar de olhos abertos.

***

Quando acordei estava em uma casa que não consegui reconhecer, eu estava deitada em um sofá, perfeitamente acomodada, era uma casinha de madeira. Levantei do sofá e olhei pela janela e tudo o que consegui ver foram árvores, mato e mais árvores, ou seja, eu estava no meio do nada! Ouvi passos, comecei a me desesperar, o que aquele homem misterioso que eu provavelmente não conhecia faria comigo, e se ele me matasse? Ou me estrupasse?  Ou coisa pior. Eu não podia arriscar. Imediatamente eu corri e deitei no sofá novamente, fingi que ainda estava desmaiada. Ele se aproximou de mim, chegou sua boca bem perto da minha (dai eu pensei: não acredito que ele vai me beijar), por um momento senti medo, mas depois lembrei que eu era uma bruxa, eu tinha magia e poderia fazer qualquer coisa que eu quisesse com ele, mas queria esperar para ver o que ele iria fazer. Quando seu rosto estava bem perto do meu (tão perto ao ponto de eu sentir sua respiração ofegante em minha bochecha), ele se afastou novamente e disse:

- Pode abrir os olhos, já sei que você está acordada! E não se preocupe, não vou lhe machucar.

Aquilo era a primeira coisa que um assassino diria quando fosse matar a vítima, mas permaneci sem medo (típico, era extremamente raro eu sentir medo de alguma coisa, acho que estar apaixonada me amoleceu).

- Anda abra os olhos e levante-se! - Ele disse se afastando de mim

- Quem é você? - Disse me levantando

- Ainda é muito cedo para você saber

- Olha a minha cara de quem vai ficar aqui parada me fazendo de princesa em apuros!- Disse com tom de sarcasmo e ironia

- Sabe, você me lembra muito a sua mãe!

- Como conhece a minha mãe?

- Também não posso te contar isso ainda!

- Aff, e o que é que você pode me contar então?

- Por enquanto não posso contar nada, mas te peço uma coisa: confie em mim!

- Ata, claro, até porque é superfácil confiar em alguém que eu nunca vi na vida!

- Quem disse que você nunca me viu?

- Então me conta, conta quem você é, conta por que me trouxe até aqui e por que salvou a minha vida!

- Já disse que não posso - Ele gritou

- Opa, opa, opa! Quem você acha que é para falar assim comigo?

- Acredite, eu mando mais em você do que você imagina.

- Aham, sei. Querido, para a sua informação, nem a minha mãe consegue mandar em mim, e não vai ser você quem vai mandar!

- Você é teimosa igualzinha à sua mãe!

- Para de me comparar com a minha mãe, você nem a conhece!

- Não diga isso, você não sabe nem da metade do que eu e a sua mãe tivemos!

DescendentesOnde histórias criam vida. Descubra agora