Perto de te ver novamente

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Laura

De malas prontas e estranhamente com vontade de partir, essa sou eu. Por que meus sentimentos tem que ser tão confusos? Mas eu tenho motivos suficientes para dar cambalhotas de alegria, estou a exatos 402 km de distância do amor da minha vida, será que ele realmente é o amor que sempre esperei? As vezes duvido de que isso seja real, mas logo me pego pensando que tudo é mais do que real, é perfeito, a não ser pelo fato dele estar me ignorando durante dias. Minha preocupação só aumenta, e temo que ele volte a ser o mesmo Lucas sozinho de antes, eu provei estar ao seu lado, e agora ciente de que seu abraço é a melhor coisa do mundo, e que seu beijo é tudo o que preciso, eu não quero jamais me afastar dele.

Me aproximei da minha mãe que já tentava conter sua lágrimas, a abracei o mais forte que pude, como um promessa de que voltaria em breve, mas não pareceu ser o suficiente, ela fungou e segurou meu rosto:

-Promete que vai voltar o quanto antes?

-Prometo. Não precisa chorar mãe, estaremos sempre conectadas.-falei não contendo algumas lágrimas.

-Claro. A e por favor, da próxima vez traga seu namorado para conhecermos.

-Mãe!- a repreendi- ele não é meu namorado.

-Nem tente me enganar com aquela história clichê de que são apenas amigos.

Eu não pude evitar rir da cara engraçada que ela fez, a abracei novamente desejando tê-la eternamente ao meu lado. Quando eu a soltei ,meu pai estava ao nosso lado de braços cruzados e com uma expressão zangada, se apressou em dizer:

-Que história é essa de namorado?

-É brincadeira dela pai, eu só estou conhecendo uma pessoa.-me justifique

-Ta na cara que essa pessoa é importante para você, seus olhos estão brilhando.

Suspirei e o abracei, meu pai sempre tinha essa cara de sério, mas no fundo ele tinha coração mole, e para ser sincera, ele me entende melhor que ninguém:

-O importante é que você esteja feliz.- ele falou

- Eu estou- sussurrei- acredite pai, eu jamais faria algo que estragada minha felicidade.

-É o que eu espero, na quero jamais que você deixe de sorrir.

-Como vou deixar de sorrir quando tenho os melhores pais do mundo? Eu amo tanto vocês.

Abracei minha mãe e meu pai de uma só vez, eu os amava mais do que tudo nesse mundo. Logo senti mais um par de braços nos rodear, e uma voz muito familiar dizer:

-Faz tanto tempo que não nos abraçamos assim- Alana falou-Isso é tão bom.

Nós permanecemos assim por alguns minutos , como se o tempo de repente parasse. Seria inevitável sentirmos saudades, e quando já dentro do carro, com a chuva fraca batendo na janela, meus pais acenaram sorrindo de uma forma contagiante e meu coração apertou, mais uma vez senti como se estivesse os abandonando , mas eu sabia que meu destino era seguir em frente .

Aqui jamais deixaria de ser minha casa, o lugar onde conseguiria sempre a proteção da minha família, eu nasci nesse lugar e jamais deixaria de me sentir parte dele. Fechei meus olhos me recusando a olhar para meus pais, e após um breve aceno, o motorista saiu com o carro. Alana permanecia no silencio, eu sabia o quanto ela odiava despedidas, assim como eu.

O voo pareceu passar mais depressa que o normal, e a sensação de nostalgia por estar voando não me atingiu, grata por isso eu dormi durante toda a viagem. Quando saímos finalmente voltamos a conversar, minha irmã pediu desculpas por não estar falando muito, e disse que isso aconteceu apenas por causa das lembranças que ela tinha de quando foi embora, eu posso imaginar o quanto foi difícil pra ela seguir seu sonho, mas não a julgo por isso, até porque estou trilhando o mesmo caminho.

Tentando enxergar o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora