POV. Hermione Granger
Draco Malfoy me pedindo desculpas foi bem estranho, mas houve mais estranheza nesse nosso esbarrão. Nos olhamos de uma forma diferente, não sei explicar, mas vi um certo arrependimento em seu olhar, espero que ele tenha mudado, não quero criar esperanças a respeito do Malfoy, mas esse ano será difícil pra ele, espero que aprenda ao menos respeitar o próximo.
Eu e Gina estávamos em uma cabine com Luna, era muito diferente estar rodeada de outras meninas.
Conversávamos sobre as férias e o retorno a Hogwarts, nada de muito empolgante, tirando claro o fato de Gina estar um pouco assanhada de mais.-Meu Merlin abençoe os novatos, espero que o chapéu seletor coloque apenas os mais feios na sonserina, não tenho nada contra as demais casas, mas bem que ....
Batidas na porta interromperam o monólogo da Gina Wesley e eu agradeci a Merlin, já estava me enchendo desse assunto que pra mim não era tão relevante.
-Granger, a diretora Minerva te espera no vagão dela.
Um menino bem novo entrou pela porta rapidamente e saiu da mesma maneira, nem esperou qualquer palavra minha.
Já sabia do que se tratava, afinal sou a nova monitora da Grifinoria. Me levantei e acenei meramente para minhas companheiras de cabine. Fui andando tranquilamente e ao chegar ao vagão da direção me deparo com Padma Patil da corvinal, Ernest Macmillan da lufa-lufa e Draco Malfoy da sonserina. Presumi que eramos todos monitores. Me sentei ao lado da Patil, trocamos sorrisos e comprimentos até que Minerva entrou e se sentou de frente pra todos.
-Creio que todos aqui, com excessão do Malfoy sabem o motivo de suas convocações - dito isso minerva se virou pro fuinha e continuou - Como prova do nosso agradecimento pelo seu apoio durante a guerra decidimos te nomear monitor de sua casa junto com os demais aqui presente. - A diretora deu um tempo pro Malfoy pensar e fazer qualquer constatação, mas o mesmo se manteve em silêncio, então ela prosseguiu - Após tudo pelo qual passamos eu precisarei de ajuda para que a escola mantenha seu padrão de qualidade e pra isso conto com a ajuda de vocês. Vocês, como monitores terão suas regalias, começando por dormitórios individuais, cada um terá um quarto, seus quartos são próximos de suas casas pra que possam continuar a usufruir do salão comunal, não é permitido a entrada de alunos nos quartos dos monitores, só poderá visitar o quarto dos monitores quem também exercer este cargo, mas ainda assim não será permitido a permanência de outra pessoa no quarto após as nove horas da noite. Após a ceia cada um levara os novatos de suas casas até os seus quartos e ai então estarão liberados.
-Minerva, e nossas obrigações como monitores?
Patil prontamente perguntou exatamente o que eu pensava.
- Vocês como monitores vão tomar conta dos novatos, orientá-los, devem fazer as rondas antes de cada aula, terão 10 minutos de tolerância em cada aula, vocês são responsáveis por todos alunos das suas casas, qualquer coisa que aconteça vocês devem falar com o professor responsável por cada casa e a mim, todo mês preciso de relatórios de todos acontecimentos, além de tudo preciso que sejam exemplo querida Padma, vocês terão de ser exemplo. Mais alguma duvida? - ninguém se manifestou - ótimo, estão liberados.
Sai correndo pois já estávamos quase chegando em hogsmead e eu precisava me trocar.
Cheguei na cabine e as duas já estavam trocadas, como já estava quase chegando me troquei ali mesmo, mesmo que só estivesse Gina e luna na cabine eu não me senti muito confortável em me trocar na frente delas, mas era o que tinha disponível. Contei a eles sobre a conversa com Minerva até o fim da viagem no expresso. Ao chegar em hogsmeade nos apressamos pra pegar uma carruagem vazia, mas já havia alguém ali, sozinho.
-Desculpa, a gente espera a próxima.
Luna disse como se pensasse por todas, e de fato acredito que nos três preferiamos esperar a próxima carruagem.
-Façam o que achar melhor, mas acho que esta carruagem é a última e esta praticamente vazia. Não vou incomodar vocês ou machuca-las se é isso que estão pensando.
Houve aquele minuto constrangedor em que eu e as meninas nos olhamos, Draco por sua vez parecia ter encontrado algo bem interessante no lado oposto ao nosso. Sem que eu pudesse reagir Gina subiu seguida de Luna, as duas se sentaram uma ao lado da outra o que fez com que o único lugar disponível na carruagem fosse ao lado daquele oxigenado.
Respirei fundo e antes de me sentar fiz questão de encara-las e dar um sorriso cínico. Vi Ginevra dizer entre os dentes um "desculpa" o qual ignorei, já teria de aguentar Malfoy até Hogwarts, não tava afim de piadinhas.
Sinto algo me tocando o ombro e só então percebo que estava de olhos fechados, devo ter cochilado, antes de abrir os olhos sinto um cheiro amadeirado com um resquício de hortelã ou menta, NÃO PODIA SER!
Fiz umas preces silenciosas antes de abrir olhos, mas assim que o fiz constatei que de fato não era imaginação da minha cabeça. Eu estava com o rosto encaixado na curva do pescoço do Malfoy, o mesmo me dava leves toques no ombro.-Granger, a gente já chegou, Granger.
Estava muito sem graça, me recompus rapidamente, abaixei a cabeça e comecei a falar coisas desconexas.
-Atrasados...Durmi...Ginevra...Monitor
...Ai meu Merlim... Desculpa Draco.Ao perceber que o chamou pelo primeiro nome coro violentamente.
-Tudo bem Hermione, mas agora precisamos ir.
-Ah é ... OK
Eu estava tao desajeitada, peguei meus livros correndo e quando ia descer acabei tropeçando, tava esperando aquela queda espetacular, mas o que senti foram bracos fortes em minha cintura, Malfoy havia me segurado, por um lado fico feliz por não ter caído, mas a nossa distancia era minima, juro ter sentido seu nariz roçar no meu. Aquilo era muito constrangedor.
Ele me soltou e assim que recuperei meu equilíbrio peguei meus livros correndo e sai em direção a escola sem nem ao menos dizer nada. Queria sumir, como posso ter tantos momentos embaraçosos em apenas um dia, o que tava acontecendo com o meu equilíbrio?
-Meu Merlin, o que foi que eu te fiz?

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Cave Inimicum
FanfictionCave Inimicum: Cria uma barreira em um determinado lugar que impedi qualquer pessoa de penetrar. Era exatamente o que ambos estavam tentando fazer, impedir que o outro penetrasse a barreira criada ao longo dos anos, por uma criação preconceituosa e...