Cave Inimicum

8

POV Draco Malfoy

Assim que entrei no grande salão vi que todos começaram a cochichar e me olhar de rabo de olho. Enfim, o ano em Hogwarts começou, e seria assim ate o final.

Vi Blasio e Goyle de longe, eles me acenaram e eu passei por eles como se não os tivesse visto.

Me sentei no único lugar disponível na mesa da sonserina que me fez ter a vista completa da mesa da grifinoria. A sabe tudo já estava lá, estava de costas pra mim, pude ve-la encostar a cabeca no ombro de Neivelle, não queria ficar encarando aquela cena, mas não consegui desviar os olhos, estava encarando descaradamente ela, estava com um rosto passível, o que não durou muito tempo, em seguida Neivelle passou os braços pela cintura de Granger e ela se aninhou em seu peito. Cadê o cabeca de cenoura que permite que sua namorada tenha assim tanta intimidade com esse sujeitinho, que cara babaca abandonar a namorada desse jeito.

Estava tao distraido observando a cena que só percebi que ainda olhava quando Hermione virou o rosto corado em minha direção e abaixou os olhos. Vi a Wesley e a lunática rindo, elas devem ter me visto encarar Hermione e a avisaram. Dei um meio sorriso o que a deixou mais corada, ouvi a risada histérica da Wesley e desviei minha atenção para Minerva que estava começando o discurso.

Tinham muitos primeiranistas o que fez com que a seleção de casa fosse demorada.

Assim que o banquete começou a ser servido Pansy Parksson veio ate mim e me abraçou, foi sem meu consentimento, que isso fique claro.

-Ai draquinho que saudade.

Eu tentei afasta-la com delicadeza, assim que ela se descolou de mim a carta de Hermione caiu no chão, Pansy foi mais rápida que eu, pegou a carta nas maos e começou a falar com um tom de voz mais elevado.

-Nossa dranquinho, esse ano suas fãs não perderam tempo, já no primeiro dia recebendo cartinhas.

Vi que todos no salão viraram suas atenções para onde estávamos, inclusive a mesa da grifinoria.

-Me devolva isso Pansy.

-Que isso draquinho, quero que todas aqui saibam a quem você pertence.

-Não seja louca, não te pertenço.

Assim que falei isso ela olhou a carta e começou a rir.

- Que isso em draquinho, recebendo cartas da sabe tudo Granger.

Vi Hermione se virar com os olhos arregalados.

-Anda Parkisson, me devolva isso.

-Calma draquinho, veremos as declarações apaixonadas dela - Pansy abriu a carta e passou os olhos por ela, se virou pra mim e continuou - Ai que lindo, que pena que não é uma declaração de amor - então ela se virou para mesa da grifinoria e dirigiu a palavra a Granger - Vejo que conseguiu reverter o feitiço e devolver a memoria a seus pais, uma verdadeira perda de tempo querida, mesmo devolvendo as lembranças daqueles trouxas você continua não sendo importante pra ninguém, sujeitinha de sangue ruim.

Hermione estava com os olhos molhados, olhou pra mim com raiva e magoa, caramba não fiz nada. Ela se levantou e foi ate a Pansy, tirou a carta de sua mão com tanta forca e Parkissom ria com sarcasmo, Hermione estava com as costas para ela, mas antes de sair voltou para Pansy e lhe acertou um belo tapa na cara, Pansy a empurrou no chão e nesse momento me levantei e entrei na frente de Parkisson.

-Já conseguiu o que queria.

Disse ríspido e me virei pra Granger. Estendia minha mao para ajuda-la, ela não aceitou dessa vez, vi Neiville a pega-la por trás ajudando-a a se levantar, ela me encarou por um tempo e pude ver a primeira lagrima rolar, ela estava magoada comigo, não sei porque me importava com isso.

-Não quero nada que venha de um comensal, muito menos ajuda, não preciso de você. Já fez muito por hoje, não acha? Ou não foi o suficiente me humilhar no primeiro dia de aula e ainda colocar meus pais no meio.

-Granger eu não fiz nada, eu ia te entregar a carta, nem li o que tinha nela, mas a Pansy pegou e ...

Ela me interrompeu com um soco na cara, outro soco, já havia feito isso antes, mas a dor maior não foi física, não consegui entender muito o porque, estava sentindo algo estranho.

-Não Malfoy, não quero te ouvir, vejo que não mudou nada, continua o mesmo arrogante idiota, mas sinto lhe irformar, você pode não ter mudado, mas eu mudei, e muito.

Ela saiu a passos largos do salão, todo mundo ainda me olhava.

-O que estão olhando ainda? Não tem mais o que fazer.

Voltei pra minha mesa, Pansy se sentou ao meu lado.

-Aquela sujeitinha, ela vai ver só.

Continuei quieto, melhor assim, toda essa baboseira de ser alguém melhor não vai dar certo mesmo. Assim pelo menos tudo continua como estava e todo aquele clima estranho não volta a se repetir.