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POV Draco Malfoy

Monitor, sério mesmo? Essa velha só pode estar maluca, eu estava ao lado de Voldemort na guerra, certo que eu fui informante de Dumbledore, mas será que Minerva ainda não percebeu que todos estão me evitando, talvez ela ainda não tenha escutado nenhuma piadinha sobre o "Malfoy filhinho do comensal", ela acha mesmo que vai dar certo me ter como monitor da sonserina. As pessoas acham que eu posso de alguma forma feri-las e ainda tem aqueles alunos que perderam parentes na guerra, que foram mortos e torturados por comensais como meus pais e até mesmo como eu.

Espero que todos saiam da sala para poder falar a sós com Minerva.

-Professora, podemos conversar?

-Claro Malfoy, não ficou contente com seu novo cargo de monitor?

-Minerva, todos sabem que eu fui um comensal durante a guerra, eles estão com medo e raiva de mim, não acredito que será uma boa ideia.

-Draco, não o escolhi apenas pelo favor que nos fez durante a guerra. Eu queria alunos que representassem o espirito de suas casas, veja por exemplo a senhorita Granger, ela tem a coragem grifinoria, é bondosa e inteligente, mas acima de tudo ela se esforçou na guerra, ela ama este lugar. Você Draco tem todos atributos sonserino e durante a guerra demonstrou que mesmo sendo um autentico sonserino se preocupava por um bem maior, você teve a consciência de que tudo aquilo que seus pais seguiam não estava certo e quis fazer algo para mudar. Sei que no começo sera bem dificil ter a aceitação dos alunos, mas eles verão em você o mesmo que Dumbledore viu.

Dumbledore? Como assim? Fiz uma cara de interrogação e a velha pareceu perceber meu desentendimento pois prosseguiu.

-Dumbledore já sabia o que estava prestes a acontecer antes que os comensais atacassem hogwarts então ele me deixou uma carta de recomendação para como proceder no inicio do ano letivo, ele me instruiu, e no final colocou que todo esforco durante a guerra deveria ser reconhecido. Ele sabia que no fundo você não concordava com Voldemort e que iria se aliar a nos. Dumbledore era muito sábio menino Draco, e eu confio nele e em suas escolhas, sei que sera um monitor exemplar.

Preferi não contestar mais nada, me retirei rapidamente do seu vagão e fui de encontro a minha cabine, precisa me trocar.

Assim que o trem parou me apressei pra pegar uma carruagem vazia. Tinha muito alunos se aglomerando perto das carruagens, vi de longe uma um pouco afastada e entrei nela.

Estava apenas esperando que ela saísse, contudo antes disso Granger e suas amigas entram, elas não queriam ir comigo, mas todas carruagens já tinham saido, logo seguiram viagem comigo, Lovegood e Wesley estavam sentadas a minha frente,não paravam de falar coisas fúteis, já estava ficando enjoado. Hermione havia se sentado ao meu lado, pude ver pelo canto dos olhos que ela parecia cansada, em menos de dez minutos ela foi encostando em mim aos poucos, até que alojou sua cabeça na curva do meu pescoço. Merlin, todos os pelos do meu corpo se arrepiaram, aquela respiração tranquila e quente no meu pescoço estava me fazendo ter calafrios, mas dos bons. Suas amigas pareciam alheias a situação que acontecia ali na frente delas. Se pudesse me ver naquela situação aposto que eu estaria com os olhos semi cerrados e um ar de leveza, sei que parece estranho, mas te-la ali daquele jeito me fez repensar todos os anos de piadinhas sem graça que eu a fiz passar.

Senti que a carruagem estava parando, as meninas se levantaram e saíram sem nem olhar pra trás.

-Belas amigas hein Hermione.

Não sabia o que fazer, ela dormia tão serena que tive dó de acorda-la. Comecei tocando seu ombro de leve e lhe chamando.

-Granger, a gente já chegou, Granger.

Pude sentir que ela despertara, mas ainda não tinha aberto os olhos. Assim que o fez parecia estar envergonhada, suas buchechas ganharam uma coloração e eu achei graça daquilo. Ela começou a soltar palavras aleatoriamente quando que pela primeira vez me chamou pelo primeiro nome, soava tao bem no seu timbre que também a chamei pelo primeiro nome, pela primeira vez me senti espontâneo ao seu lado, como se as outras vezes que conversavamos, vulgo brigavamos, não fosse eu quem estava ali, como uma cena teatral previamente ensaiada. Ela se atrapalhou toda com seus livros e quando estava descendo tropeçou, sem nem ao menos raciocinar a peguei pela cintura e céus, ela parecia ter se encaixado ali, ficamos bem próximos e sem querer meu nariz raspou no dela. A soltei assim que percebi o que ali ocorria, não sei quanto tempo nos encaramos, mas assim que ela conseguiu se equilibrar nas próprias pernas pegou seus livros no chão e saiu quase correndo sem nem olhar pra trás. Pude ouvi-la resmugar.

-Meu Merlin o que foi que eu te fiz?

Ri de todo seu desespero e jeito desastrado, fiquei um tempo sentado antes de sair da carruagem. Assim que levantei pra sair vi um envelope branco no chão, era da Granger, tinha seu nome na frente, o guardei nas minhas vestes, assim que tivesse oportunidade a entregaria. Desci da carruagem e rumei para o grande salão, estava com um sorriso bobo no rosto.

-Merlin, o que esta acontecendo?

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