Daniel - 06

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- Já está na hora, quero que cada um de vocês se organizem de acordo com o trio que foi escolhido inicialmente.
Falou o senhor Labota.
Todos nós nos organizamos, e logo em seguida, ele continou:
- Está na hora de vocês experimentarem o gosto de uma missão de rank P1! Selecionei diversas missões que vocês podem realizar, cada uma vale além de pontos, bastante dinheiro.
Todos estavam ansiosos, menos eu, mesmo que eu tenha aprendido algumas técnicas de batalha e de cura, eu não tinha poderes, ou muito menos um animal no qual eu poderia ser útil.
- Eu acho que não vou participar...
Falei baixo para Alex e Naill.
- Você irá participar, nos três vamos, aliás somos um time! E qualquer coisa, nos estamos aqui para você.
Falou Alex.
Sorri, mas mesmo depois dessas palavras, ainda estava confuso, não queria ser um problema para os dois.
- Sem você, eu ia matar aquele garoto...
Falou Naill, sorrindo.
- Talvez você sobreviva, se for tão rápido quanto dizem por aí.
Alex provocou logo em seguida.
Os dois bateram as testas diante de mim, logo sobre minha carteira.
- AI!!!
Gritou os dois ao mesmo tempo, quando puxei o cabelo deles, os forçando a voltar a suas cadeiras.
- Silêncio! - Exclamou o velho Labota - Já está na hora de escolherem suas missões. Coloquei todos os papéis de missões no quadro, logo aqui no corredor, vão até lá, escolham, e voltem aqui.
Nós saímos, e fomos até o quadro. Lá, havia diversas missões.
- Poderíamos fazer essa!
Fala Naill apontando para um papel.
- Isso é para disputar uma corrida, mas nisso só você é bom! - Falou Alex com raiva - Poderíamos fazer essa aqui.
Alex apontou para outro papel próximo.
- Você fala de mim, mas escolhe uma em que devemos ajudar a acender uma fornalha, e só você possui fogo aqui!
Falou Naill com raiva.
E os dois começaram a brigar, de novo.
- Eu acho que essa é melhor...
Falei, quase sussurrando.
- Essa? Você tem certeza?
Perguntou Naill.
- Nós devemos pegar rochas douradas em Permes? - Perguntou Alex - Mas isso é chato demais...
- Mas, é a única coisa que não iríamos poder utilizar poderes, e eu posso participar...
Falei, um pouco confuso.
- Então, já que é pelo seu bem, vamos fazer essa, não é garoto porco espinho?
Falou Alex sorrindo.
- Eu.... Tudo bem... Como o foguinho de nada falou, se for para todos participarem, eu aceito.
Fiquei sorrindo por bastante tempo, até irmos em direção a sala.
- Essa vai ser nossa missão senhor Labota.
Falei, colocando o papel sobre sua mesa.
- Bom, é provável que tenha missões mais difíceis que essa, mas como vocês escolheram essa, não posso fazer nada.
Falou o sr. Labota.
- Sim, será essa...
Falou Alex, meio distraído.
- Então, amanhã começará a viagem de vocês, a partir de já, desejo uma boa sorte! Já que escolheram, podem tomar o resto do dia livre para treinar.
Falou Sr. Labota.
Saímos de lá, e nos separamos. Fui em direção a meu quarto, como era de habitual.
Não era comum me comunicar com alguém, então, me isolava.
Quando fiquei de frente com minha porta, ouvi vozes vindo na direção de meu quarto.
Minhas mãos ficaram frias, meu corpo se gelou. Quem poderia estar lá?
Respirei fundo, e abri.
- Você demorou muito!
Falou Anne.
- São vocês...
Falei, tentando puxar mais ar para meu pulmão.
- Espero que não estejamos te atrapalhando.
Falou Belle.
- Não se preocupem - Falei rindo - Eu não tinha nada o que fazer mesmo.
- Então... Viemos te chamar para dar uma volta pelo Jardim dos caminhos.
Falou Belle.
- Ah... Sim... Vamos.
Falei, tentando digerir a situação.
Andamos durante alguns minutos, e chegamos até onde queríamos.
- Em qual caminho vocês desejam ir?
Falou Anne.
- Eu queria muito ver aquele com pétalas.
Falei, impressionado.
- Então vamos seguir por ele.
Andamos, andamos, e finalmente chegamos.
É tudo tão lindo, as pétalas voam junto com as folhas de cerejeiras, é brilhante e encantador.
Nós ficamos olhando para cima, ninguém conseguia falar nada, apenas admirar.
- Eu... Eu estou apertado, tenho que ir ali, vocês sabem...
Falei, e sai correndo logo em seguida.
Me aliviei, e sai para encontra das gêmeas, mas algo me fez parar, uma voz familiar, mas também tinha outra voz, uma voz feminina.
- Mas de quem é essa voz?
Pensei comigo mesmo.
Me escondi entre as árvores, e comecei a olhar.
- Não é possível, o que eles estão fazendo!?
Pensei angustiado.
- Alex e... Quem é aquela garota?
Continuei, angustiado.
Os cabelos vermelhos dela, seu rosto suave, sua voz, além do modo em que se falavam, se tocavam, interagiam entre si... Aquilo me deixava extremamente aflito.
Não suportava a idéia de eles estarem juntos.
Meus ossos doíam, meus dentes tremiam, minha respiração estava ofegante.
- Isso é sentir ciúmes?
Pensei.
- Você está aí Alex?
Gritou Anne.
- Eu... Sim, estou aqui.
Falou ele sem graça.
- Soube que amanhã vocês irão para as ruínas de Permes em uma missão.
Perguntou Belle.
- Sim, nós vamos...
Falou Alex.
- Eu acho que já tenho que ir, me esqueci de fazer um trabalho...
Falou Milenna.
- Ah, tudo bem, então, nos falamos quando eu voltar das ruínas de Permes.
Falou Alex sorrindo.
- Tudo bem, tchau Alex, boa sorte.
Falou Milenna, se despedindo.
Alex fez uma saudação.
- Nós também já vamos.
Falou Belle.
- Temos muito trabalho há fazer, boa missão Alex!
Falou Anne, se despedindo.
- Obrigado.
Falou Alex, que voltou a se sentar.
Fiquei espiando por mais algum tempo, até ele ir.
- Bom, acho que já está na hora de irmos!
Falou Anne, me surpreendendo ao aparecer atrás de mim.
- Vocês fizeram isso por mim?
Perguntei.
- Tudo pelo meu senhor!
Falou Belle.
Caímos no chão, e rimos descontroladamente até anoitecer.





Os Poderes: A vingança de MormothOnde histórias criam vida. Descubra agora