Daniel -07

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- Eu fui fraco, não pude ajudá-los!
Gritei em pensamento, enquanto coletava algumas ervas.
Eu tinha que fazer o máximo possível para ajudá-los.
Meu treinamento em medicina finalmente poderia ser útil, coletei algumas ervas, e então preparei alguns remédios e chás.
Eles ainda estavam dormindo quando retornei a cabana.
- Ora, vocês ainda estão aí?
Falei para os dois animais, que estavam sentados olhando cada um, para seu respectivo dono.
Quando percebi, eles começaram a me observar.
- Como será o nome desses dois?
Perguntei para ninguem em exato.
- Drogo!
Falou o Dragão.
- Raphis!
Falou a Raposa.
E em um pequeno momento, eu consegui abrir a boca, gritar de susto, e cair no chão.
Quando acordei, os dois estavam sobre mim.
- Ufa! Só foi um sonho...
Falei Aliviado.
-Oi.
Falou o Dragão.
Nessa hora, tive força de olhar, e desmaiei de novo.
Logo que acordei de novo, já tinha noção de que aqueles monstrinhos sabiam falar.
Eles ficaram me olhando, mas sempre ao lado dos dois que estavam dormindo.
- Ele está com febre.
Falou Drogo.
- Não se preocupe, eu vou dar alguns remédios para eles se sentirem melhor.
Respondi.
- E a perna do Naill? Você esqueceu de trazer as ervas para ele.
Falou Raphis com um tom irônico.
- Não me apresse raposa enjoada! Eu vou ir pegar agora.
Falei.
- Então vá rápido!
Falou Raphis com acidez.
Sai da cabana, e fui em direção a floresta.
Ao chegar em uma determinada parte, vi algumas ervas entre alguns arbustos.
Só faltava mais uma para coletar, mas a última ficava um pouco fora de meu alcance. Ao me esticar para tentar pegá-la, escorreguei, e cai entre os arbustos. Quando me levantei, me dei de frente com as grandes ruínas de Permes.
Um lugar tão extenso quanto o reino de meu pai, coberto de ruínas de antigos prédios. Não é à toa que era considerada a maior capital que já existiu.
Em algum lugar de lá, haviam as rochas douradas, e logo me veio a idéia de buscar algumas, já que meus companheiros não poderiam se mexer.
Desci até lá, e fui procurando com um localizador de perdidos, que sempre trago junto às minhas coisas que guardo na mochila.
Procurei por alguns minutos, até encontrar algumas próximas ao que restou de um prédio.
Sempre quis saber como tinha ocorrido tudo isso. Minhas empregadas contavam histórias desse lugar, a antiga capital do império, tudo era um reino único, dominado pelo grande rei Tinitius, o homem mais forte que existiu.
Mas nem o poder mais forte poderia evitar a morte. Ao chegar em uma idade avançada, escolheu então, as sete pessoas mais poderosas depois dele, os Kaymores, seres humanos com poder o suficiente para destruir nações.
Mas o destino é escrito por linhas tortas, nem todos os Kaymores tinham boas intenções.
Mormoth, o Kaymore mais poderoso dos sete, teve sua mente invadida pelo desejo de poder, ele se auto declarou sucessor de Tinitius. Se envolveu com magia negra, e fez a cabeça de muitos que passaram a seguir e temer o suposto rei novo.
Tinitius no leito de morte, conseguiu impedir que a coroação de Mormoth fosse realizada.
Mormoth com raiva, destruiu a cidade, mas foi impedido por outros Kaymores de continuar.
Por sua traição, Tinitius aprisionou Mormoth na Dimensão Absoluta, uma outra dimensão além da nossa, onde habitam apenas demônios que usam Magia proibida, e onde que na maioria dos locais são cobertos por lavas vinda de diversos vulcões.
Dizem por aí, que ainda existe um grupo que tenta trazê-lo de volta, mas é uma história antiga, talvez até uma lenda, nada irá acontecer tão cedo.
- Pronto, está tudo aqui.
Falei, enquanto terminei de colocar a última rocha dourada na mochila.
- Deve estar por aqui em algum lugar Gigard.
Falou uma voz vindo por detrás de algumas ruínas.
- Não temos tempo a perder, o lorde quer as três pedras de persin, Mestre Nubac.
Falou uma voz diferente.
Me sentei para não fazer barulho algum.
- Para que ele vai querer essas pedras, Gigard?
Perguntou uma das vozes, que aparentemente, pertencia ao tal "Mestre Nubac".
- Serão precisas para a formação do Anuc núcleo.
Falou a voz, que pertencia ao Gigard.
- Pedras de Persin? Anuc Núcleo? Já ouvi meu pai falar disso.
Pensei comigo mesmo.
- Então, elas ficam aqui nessas ruínas?
Perguntou Mestre Nubac.
- Sim, elas ficavam no antigo banco da cidade, devemos procurar mais.
Falou Gigard.
- Esse é o antigo banco seus idiotas. Então essas pedras estão aqui em algum lugar...
Pensei.
Me levantei vagarosamente.
Olhei, mas eles já não estavam mais por perto.
em meio a algumas paredes suspensas do antigo prédio, havia uma que lembrava uma antiga sala.
- Eu aposto que essas pedras estão aqui!
Falei baixo.
Corri até lá, e parecia ter coisas intactas, até mesmo um cofre.
- Então vocês estão aqui.
Falei.
Peguei a espada de Alex da minha cintura, a qual eu estava guardando.
E por um momento, senti minha mão queimar, enquanto a espada penetrava levemente no ferro do cofre.
O brilho forte das pedras ficou reluzente.
coloquei então dentro da bolsa.
- Aposto que ganharemos uma boa recompensa por isso.
Pensei comigo mesmo.
Quando corri para fora, dei de cara com os dois homens me encarando, provavelmente eram os homens das vozes que ouvi.
- Isso não é coisa para brincar menino.
Falou um velho, que então ficou claro que era o Mestre Nubac.
- Me devolva, antes que eu lhe mate.
Falou o outro, que então, era o homem chamado Gigard.
- Isso não vai pertencer a vocês. Não sei quais são suas intenções, mas isso ficará melhor nas mãos do governo.
Falei.
- Eu lhe avisei que iria te matar.
Falou Gigard, que vem em minha direção.
Então corri loucamente para despistar os mal feitores.
Mas eles vieram correndo atrás de mim, jogando raios roxos que explodiam ao meu lado.
Eu tinha que sair logo dali.

Os Poderes: A vingança de MormothOnde histórias criam vida. Descubra agora