Alex - 06

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De repente, o alarme ressoou por todo o quarto.
Niall, pulou da cama como um sapo, e correu em direção ao banheiro, Daniel, se ajoelhou e começou a orar, enquanto eu, ainda estava em uma intensa luta contra o sono.
- Hoje! É o hoje o grande dia.
Falou Naill, tão animando quanto um cachorro manhoso.
- Sim, hoje vamos até Permes, não é tão longe daqui.
Falou Daniel, se levantando.
- Então vamos terminar de nos arrumar, pois a partir de agora, temos muito caminho pela frente.
Falei.
Nos arrumamos, pegamos o papel, e saímos. Quando passamos pelo grande salão, era como ser uma agulha em um palheiro, aquilo se tornou um grande vai e volta.
Depois de tanto nos sufocarmos pelas pessoas que nos apertavam, conseguimos sair, e foi aliviador.
Saímos da escola, e nos encontramos de cara com a grande vista dos prédios de Captol.
- Temos que conseguir algum transporte, Permes fica a trinta e cinco quilômetros daqui.
Falou Daniel.
- Olhem ali, aquele senhor na carruagem, talvez ele possa nos ajudar.
Falou Naill.
- Você moço, pode nos ajudar?
Perguntei gritando ao senhor da carruagem.
- Olá meus pequenos, vocês são da Escola de Magia?
- Sim, e precisamos fazer uma pequena viagem até Permes, poderia nos levar?
Perguntou Daniel.
- Hoje é o dia de sorte de vocês meus garotos, agora mesmo estava me preparando para ir para um vilarejo perto de lá e terei de passar por essas ruínas.
- Nós pagamos o necessário, só nos leve até lá!
Exclamei.
- Então subam, a viajem vai levar algumas horas.
Subimos e esperamos por um certo tempo,e assim, passou-se algumas horas, almoçamos, conversamos, até que chegamos lá ao anoitecer.
- Esse é o destino de vocês garotos.
Falou o dono da carruagem.
- Obrigado, quanto você quer?
Perguntei.
- O quanto vocês tiverem!
Falou o manobrista abrindo um sorriso venenoso em seu rosto.
- Isso é demais, não podemos dar tudo!
Gritou Naill
- Se acalmem, tenho certeza que podemos negociar.
Falou Daniel, tentando manter uma conversa.
- Acho que não estão entendendo garotos. Eu irei matar todos vocês agora, irei usar seus órgãos e seus pertences para um fim melhor.
Gritou o manobrista.
- Você é mais quem? Nunca conseguirá nos derrotar.
Exclamou Naill.
Então, o manobrista soltou um assobio, e da mata saiu um imenso tigre.
- Mas....Mas ele....
Sussurrou Naill.
- Daniel, pegue meu dragão e a raposa do Naill, e se esconda na floresta.
Ordenei.
- Sim! Mas me prometem que terão cuidado...
Falou Daniel.
- Prometemos.
Gritamos eu e Naill em uma única voz.
O manobrista pulou da carruagem, e tirou de seus bolsos duas facas.
- Faca não vai te ajudar aqui!
Gritou Naill.
- Não são facas comuns seus tolos. Essas facas podem se tornar do material que eu quiser, vocês não tem chance alguma. Esse é o poder de uma jóia Sagrada!
Meu corpo se rodeou de fogo, minha magia agora estava muito mais poderosa, poderia usar mais de um ataque. Niall estava preparado, já conseguia usar seus raios com perfeição.
Comecei a lançar fogo ao redor do inimigo. Enquanto Naill tratava do tigre.
Estava surtindo efeito, nossos poderes pareciam atingir eles. Metal, Aço, diamante, todas os matérias dos quais a faca se tornava, nada conseguia me atingir, minha esquiva se tornava melhor a cada dia, e agora ele não tinha chances.
Daniel olhava junto com os animais nos arredores.
Já estávamos cansados de tanto lutar. Mas precisávamos ganhar
- Droga, isso era para ter sido mais fácil!
Falou Niall.
- Não acredito que já está desistindo garoto espinho.
Falei.
- Nem pensar, cabeça de fogão, ainda nem me aqueci!
Falou ele, tão alto que parecia estar falando com um surdo.
Minha mão já estava cortada o bastante, mas minha vontade era maior.
Morrer não era algo que eu vinha em minha cabeça. Milenna, Daniel, Niall, e todos os outros que me conheciam na escola, meus pais, meu reino, nenhum deles permitiam me deixar pensar nisso.
- Consegui!
Gritou Naill.
E quando olhei, pude ver o tigre caído. Naill realmente conseguiu, agora será mais fácil derrotar esse cara.
Mas logo ouvi uma imensa gargalhada.
- Não é possível, ele tá rindo da morte do próprio animal?
Pensei comigo mesmo.
- Vocês conseguiram abrir o selo! Agora eu posso matar vocês a vontade.
Falou ele.
As facas mudaram sua forma e se tornaram dois grandes machados.
- Agora não sou mais obrigado a me manter em um corpo humano, agora posso me tornar o meu verdadeiro eu!
Continuou.
Sua pele começou a se rasgar, seus olhos se tornaram vermelhos, e sua aparência a cada segundo se tornava mais monstruosa, ele é na verdade, um demônio.
- E agora?
Perguntei aflito.
- Vamos lutar até o final, não importa o quão doloroso seja, não seremos nós que vamos morrer aqui.
Gritou Naill.
E por um instante, pensei que seria esmagado pelo grande machado.
Mesmo com uma arma tão pesada, ele era hábil e veloz.
Não conseguíamos escapar, esse era um combate de vida ou morte.
Meu fogo já não era eficiente contra as armas dele. Os raios de Naill sumiam em meio a imensidão dos machados.
Ele olhou para os lados, enquanto nós desviavamos sem cessar.
- Vocês irão morrer agora, então finalmente terei seu ouro, e poderei me alimentar de seus restos.
Falou rindo, como se estivesse brincando conosco.
Ele rodou os dois machados rapidamente, e lançou em direção ao Daniel e aos animais.
- Saiam daí agora!
Gritei, preocupado com eles.
Instantaneamente, eles conseguiram fugir.
Eu só pude ver as gotas de sangue pularem em meu rosto, enquanto um ardor vinha de minha barriga.
Eu tinha sido perfurado pelas garras do demônio. E isso doía pra caralho.








Os Poderes: A vingança de MormothOnde histórias criam vida. Descubra agora