Naill - 07

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Já tinha recuperado minha consciência, quando pude ouvir os passos apressados de Daniel vindo em nossa direção.
- Eu... Eu acho que consegui fugir... sem eles me notarem.
Falou Daniel, que estava extremamente ofegante.
- Fugir? fugir de quem?
Perguntei.
- Longa história! Mas eu consegui despistar...
Falou ele ao mostrar as Pedras de Persin.
- Essas pedras, não é possível.... Elas estavam perdidas no meio dessas ruínas....
Falei.
- Temos que sair logo daqui, eu também consegui as rochas douradas.
Falou Daniel, enquanto retirava as pedras da mochila para mostrar para mim.
- Mas um dia, e estaremos bem...
Falei, e logo depois comecei a espirrar.
- O que eu fui fazer? vocês não estão em condições de lutar, e nem de sair daqui.
Lamentou ele.
- Nós vamos focar bem, não se preocupe.
Falei, na esperança de acalmá-lo.
- Bom, agora vou fazer logo algo com essas ervas.
Passou-se alguns minutos, e já estava pronto, e logo, Daniel passou uma líquido pastoso por todo nosso corpo.
Alex ainda estava desmaiado. Daniel estava fazendo o máximo possível para nos ajudar, ele queria ser útil.
Quando finalmente eu poderia voltar a dormir, uma voz horrível ressoa por dentro de nossa cabana.
- Você!! Devolva as nossas pedras.
Falou um velho e que acabara de aparecer.
Daniel ficou pasmo, o que ele tinha aprontado?
- Eu... Primeiro preciso saber o que farão com essas pedras?
Perguntou ele ao velho, e agora a um outro homem que surgiu.
- Não é da sua conta garoto estúpido. Apenas me dê e viverá, se não te Matarei agora mesmo.
Gritou o velho.
- Nunca lhe darei essas pedras.
Falou, enquanto pegava as pedras e ameaçava-os de quebrá-las em pedaços.
- Cale-se Nubac. Não queremos ferir ninguém de verdade não é?
Falou o homem ao lado do velho. Ele parece ter uns trinta anos, seu cabelo é verde, levemente forte, e tinha uma corte em seu rosto, bem na bochecha direita.
- Não senhor Gigard... peço-lhe desculpas.
Falou o velho.
-Pois bem, nos dê a pedra garoto, lhe prometo que isso será para um bem maior.
Falou Gigard, enquanto esticava a mão na direção de Daniel.
- Vamos, eu sei que você não irá fazer isso, me dê e todos sairemos felizes.
Continuou.
- Eu... Eu acho que pode ser o melhor a fazer...
Falou Daniel.
- Sim, e será o melhor, vamos, me dê...
Pediu Gigard.
Daniel se sentiu em segurança de lhe entregar as pedras, e levemente foi levando as pedras nas mãos de Gigard.
Ao olhar atentamente, pude ver o exato momento em que Gigard puxou uma faca de seu bolso levemente.
- Daniel!! Fuja, ele está com uma faça!
Gritei desesperadamente.
Daniel rapidamente correu, e pulou para alguns metros de distância.
Gigard olhou com uma expressão diferente para o chão.
Era perceptível o sorriso em sua boca, mas porque?
Ele acabara de se distanciar das pedras.
- Fuja Daniel, agora!
Gritei para ele.
Ao tentar correr, Gigard levantou o rosto e gritou:
- Se não me der as pedras, eu mato seus amigos.
E logo pôs uma faça em meu pescoço.
Daniel ficou paralisado, não sabia o que fazer, se corresse, esse cara me matava, se desse, sabe-se lá que mal ele faria com essas pedras.
- Fuja Daniel! Eu ficarei bem!
Gritei.
O homem pressionou mais a faca em minha garganta, e falou em um tom baixo:
- Cale-se seu verme, se não eu te Mato agora.
- Eu... Eu... Eu não sei o que fazer...
Falou Daniel.
- Nós dê a pedra e tudo sairá bem.
Falou o velho.
- Tudo bem - Disse Daniel de cabeça baixa - Mas prometam que iram nos deixar vivos.
- Eu prometo, mas ande, me dê logo.
Falou o homem.
Daniel se aproximou aos poucos, e ao chegar perto do homem, lançou uma bomba de fumaça.
O local foi invadido por uma grande branco.
- Eu não vou entregar sem lutar!
Falou Daniel enquanto deu um soco no rosto do homem, o qual o levou para longe.
- Esses equipamentos me serviram de algo. Se eu não tenho poderes, mas posso usar algumas armas que me auxiliem!
Exclamou ele.
Eu tentei levantar, mas era algo inútil naquela situação. Meu corpo parecia não responder aos meus atos, eu estava cansado ao extremo, mesmo cheio de remédios, ainda não era o suficiente, eu ia precisar de mais tempo.
O que Daniel irá fazer? Ele não pode sequer lutar contra esses homens, que nem sabemos os poderes que eles possuem.
Alex estava desmaiado desde a luta anterior, se ele acordar agora também não iria adiantar, ele estaria no mesmo estado que eu.
A fumaça parecia estar se dissipando, e já podíamos ver os rostos nervosos dos dois homens.
- Como ousa tocar em um lorde filhote de demônio!
Gritou o homem.
- Eu sou Gigard, um dos mais importantes soldados de Mormoth, não o deixarei com vida! Seu desrespeito custará caro.
Falou o Homem.
Seu corpo começou a mudar, seu tamanho aumentou consideravelmente, seus músculos ficaram maior que um tronco de árvore. Ele virou um monstro. Sua expressão de raiva parecia tão assustadora quanto a de um leão.
- Sua peste, eu lhe matarei rapidamente!
Gritou o homem, que agora era um monstro.
Ele começou a pegar impulso, e veio em direção a Daniel, que estava caído no chão, sem sequer se mexer.
- AHHHHH!!
Gritou o monstro.
Cada passo, nossos corações batiam de tal forma que parecia poder sair por nossas bocas.
Drogo e Raphis, estavam abraçando cada um, um lado de meus braços.
Ele chegou tão perto de Daniel, segundos de acertá-lo.
Mas de repente, um brilho cegador surgiu no meu dos dois.
Não sei o que estava havendo. Ele acertou o ataque? o que aconteceu?

Os Poderes: A vingança de MormothOnde histórias criam vida. Descubra agora