Alex - 08

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Era aconchegante!
O modo em que fomos tratados, e o quarto em que fiquei, era deslumbrante e tive a sensação de como se eu tivesse em minha casa.
Conversamos até a noite, comemos e rimos. Quando ela nos apontou os quartos, fiquei intrigado, nunca pensei que o quarto em que eu ficaria, teria o mesmo luxo dos quartos de minha casa.
- Mas afinal, qual o nome dela Alex?
Perguntou Drogo ao sair da minha mochila.
- Você fala?
perguntei espantado.
- De novo a mesma pergunta? Sim eu falo, e se conforme com isso.
Falou o Drogo irritado.
- Não queria te ofender, mas pensava que nunca ia falar, todos os animais que eu vi falavam desde quando saiam pelo portal.
- Eu sou diferente! E aliás, você não respondeu minha pergunta.
Falou ele com um olhar de tédio.
- Eu ouvi ela dizer que se chamava Griffa Luphis.
- Que nome suspeito...
Drogo falou.
- Suspeito?
Perguntei.
- Claro seu babaca, esse nome não existe. No mínimo deve ser mais antigo do que o do seu bisavô!
Gritou Drogo.
- Eu... não sabia...
Falei, sem nem mesmo ter noção do que ia responder.
- Fique de olhos atentos nela, ela me parece perigosa!
Avisou Drogo.
- Ela para mim é só uma senhora... Mas sim, tudo bem, eu ficarei.
Disse ao apagar as luzes.
A noite se passou, e as luzes do dia passaram pela janela e tocaram em meu rosto.
- Acorde!
Chamou Drogo.
Meus olhos se abriram na mesma hora, e nesse mesmo momento um pensamento momentâneo passou por minha cabeça, o sonho que eu tive quando desmaiei.
- Parecia até uma brincadeira, um dragão em minha mente, mas não, tudo não passava da mais pura verdade.
- Você está pensativo demais garoto, vamos, temos que treinar!
Disse Drogo.
- Não me diga o que fazer, e mas, ainda não tomei café, e ainda temos que ajudar aquela senhora na horta.
Respondi.
- Tudo Bem, mas não diga que não avisei. Aquela velha é do demônio!
Disse ele.
Olhei para o nada durante cinco minutos, depois, tomei banho, me arrumei, e finalmente desci. Drogo não quis me acompanhar, preferiu fazer suas próprias investigações.
Quando desci até o andar de baixo, todos estavam tomando o café da manhã, a mesa estava coberta de guloseimas variadas, e todas aparentavam estar suculentas.
Meus olhos ficaram maiores que uma maçã.
Desci e quase enlouqueci com tanta comida. Eu definitivamente estava comendo com os "olhos".
Enpurrei o máximo de comida que consegui. Tinha me esquecido até de dar bom dia.
- Me desculpem, faz tempo que não via uma mesa farta assim!
Falei.
Todos me olhavam como se tivessem visto um fantasma. Acho que estavam espantados com alguma coisa...Ah! talvez seria pelo tanto de comida que ainda tinha sobrado, não sei.
- Agora que estão cheios, podem esperar por meu marido, ele não demorará muito.
Falou a velha Griffa.
- Acho que devemos uma a senhora, podemos lhe ajudar em algo.
Falou Naill.
- Ora, não precisa!
Respondeu ela.
- Nós insistimos.
Falei para ela.
- Bom... podem colher as verduras na horta, é só isso que me vem a mente...
Disse Griffa.
- Então, vamos logo, antes que seu marido chegue!
Exclamou Niall.
Fomos então para a horta.
Lá existia todos os tipos de legumes que eu já havia visto.
- Tenho que avisar uma coisa - Gritou a idosa ao sair da horta - Tomem cuidado, essas verduras são...
PUFFFF
- O que está havendo?
De repente uma grande fumaça laranja surgiu no ar.
- São verduras promenicas!
Continuou ela depois da fumaça se emancipar.
Naill tinha tirado uma cenoura, o que causou essa explosão de fumaça laranja.
- Mas que diabos é isso?
Perguntei.
- Verduras promenicas, são mais suculentas e saborosas que verduras normais, mas quando são colhidas, elas podem soltar variados tipos de cores.
Disse Daniel.
- Acho que vou deixar isso com vocês rapazes! - Disse Daniel - Seu jardim está precisando de uma limpeza dona Griffa, deixa que eu cuido disso!
- Ora, tudo bem, toda a ajuda será necessária!
Falou a velha.
E logo os dois se retiraram de lá. Ficamos eu e Niall.
Me separei dele, e começamos a cultivar.
No começo, cultivavamos de modo tradicional, o que fez bastante estrago em nossas roupas, nos deixando coloridos.
- Temos que fazer de outro jeito Naill. Eu comecei a perceber que elas demoram dois segundos para soltar a bomba de cores, então temos que ser mais rápidos que isso.
Falei.
- Rapidez é comigo mesmo!
Exclamou Naill.
Então continuamos.
Tiramos praticamente todas sem nos manchar mais, e no final, sobrou apenas uma.
- Você esqueceu de tirar essa Alex!
Gritou Naill.
- Nada disso, essa era sua!
Respondi.
- Ora, tenha mais responsabilidade, essa é sua!
Ele gritou de novo.
- Vá logo porco espinho, não é você que é rápido? Mostre para mim!
Desafiei ele.
- Não preciso mostrar para ninguem, você que deveria cumprir melhor com seus trabalhos, não é à toa que eu sou melhor que você!
Gritou ele.
Essa foi a desculpa, começamos a brigar.
Soco vai e soco vem, nos embolamos em meio a horta.
Foi quando nós dois em meio a raiva disputamos para tirar a última verdura juntos, esquecendo totalmente do efeito dela.
- POW!
E logo saiu o grande estrondo.
Estávamos coberto de cores, até mais do que antes.
- Trégua?
Falei.
- Trégua.
Respondeu Naill.
- O que está acontecendo aqui?
Falou Daniel.
- Ora, o que aconteceu?
Perguntei.
Daniel estava totalmente coberto de lama.
- Também existiam Flores Promenicas no jardim...
Falou ele traumatizada.
- Acho que nossa experiência com a natureza não foi aquilo tudo...
Disse Naill.
- Tenho que concordar!
Falei.
- Garotos, meu marido chegou!
Vamos, dêem um trato em suas roupas, está na hora de partir!
Gritou a velha Griffa.







Os Poderes: A vingança de MormothOnde histórias criam vida. Descubra agora