Capítulo 10- Estava bom, mas nem tudo é perfeito

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Os olhos de Megan se moviam rapidamente por todo o jardim, enquanto Ares andava de um lado para o outro, e Luiza e Vy se sentavam a seu lado, a consolando.

-Eu não posso me casar agora! Isso...isso...é cruel!-gemia Megan.

Vy e Luiza apenas colocavam o rosto da amiga em seu colo, fazendo-lhe carinho.

-Se acalme, Megan...se acalme...-murmurava Luiza.

Megan ia responder, mas o som de passos apressados a interrompeu, e quando viu um homem alto, forte e bonito correndo em sua direção.

Forçou os olhos para enxergar em meio a lágrimas, e quando percebeu, o homem estava ofegante a sua frente.

-Princesa...você...você...-ele falava enquanto se acalmava.

-Respire e fale com calma.-disse Megan se levantando.

O homem a encarou, surpreso e então respirou fundo e disse:

-Você corre perigo. Tem que ir embora agora!

Megan arregalou os olhos e franziu o cenho confusa, e logo Luiza e Vy foram para seu lado.

-Como assim?-questionou Vy.

-A rainha, ela me confiou o trabalho de matar a Princesa, e levar seu corpo para ela. Acredito que seja pelo trono, já que se você se casar com o Príncipe, ele será seu.

E suspirou, cansado.

Megan permaneceu em choque. Mil e uma coisas passavam pela sua cabeça, entre elas que uma noite pudera mudar sua vida. Pensou sobre como ia sair sem avisar Ares e a ninguém. Como iria sair sozinha.

-E para onde eu vou?-perguntou confusa.

-Para a floresta. Você tem que correr. Agora Megan! Agora!

Megan ia questionar sobre o título, já que ela não lhe deu tamanha intimidade, porém, viu outra silhueta masculina se aproximando, e logo reconheceu Ares.

Ele não a deixaria ir, e ela sabia disso.

Então, ela segurou as lágrimas e o vestido, e fugiu para a floresta.


°°°°


Pareciam horas, talvez dias, ela não conseguia mais contar. O vento batia contra seu rosto, e o vestido agora rasgado antes dos joelhos, a incomodava.

O calor a fazia suar, mas ela ainda não havia parado.

E então, ouviu um barulho.

Seu primeiro instinto foi olhar ao redor, mas o som dos passos e de vozes vinha de longe. Tempo suficiente para ela se esconder.

Ela olhou para a árvore ao seu lado, bufou, e começou a subir.

As mãos doiam e as unhas antes perfeitas, quebravam como cacos de vidro jogados no chão.

E quando ela atingiu o galho, deu um impulso e jogou a perna para o outro lado, quase caindo. Se equilibrou e suspirou, antes de colar seu corpo e ficar em um silêncio intenso.

Snow Black  [·Completo·]Onde histórias criam vida. Descubra agora