[5] Dangerous eyes

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Pov Harry


        O solavanco do carro me fez acordar bruscamente. Minha vista estava embaçada, minha cabeça doía forte. Olhei para as minhas mãos vendo a garrafa de whisky pela metade, franzi o cenho e logo dei de ombros não me importando. Meu olhos seguiram fracos para frente e dei de cara com a garota a se debater no banco.
          Seus olhos nos meus (olhos quase perigosos), ela se mantia desesperada, eu podia ve-la segurar suas lágrimas, para não demonstrar medo, ser forte parecia ser seu lema.
               - O que acha de abusarmos da inocência dela, Amor? - a voz de Niall soou me fazendo revirar os olhos.
               - Vamos pedir delicadamente para ela.- Gemma disse sugando para seus pulmões a fumaça de seu baseado.- mas isso não quer dizer que eu não goste de um sexo selvagem.- ela disse eles riram.
                - Calem a boca.- gritei sentindo uma forte dor na cabeça.- idiotas.- disse jogando minha cabeça para trás e fechando os olhos novamente.
               

                - Harry.- acordei com pequenos tapinhas na cara me irritando profundamente.
                 Quando minha visão se tornou nítida e as sensações sensíveis novamente, pude ver que o carro havia parado, e que apenas Calum estava na van, a me olhar sério. Este cara havia sido minha babá durante a minha vida inteira.
                 - Porque paramos porra? - disse me ajeitando no banco sentindo a forte dor na cabeça.
                 - Chegamos, Harry.- a voz de Zayn soou como um grito me fazendo gemer em desaprovação.
                  - Que se foda.- disse tentando sair da van, mas por algum motivo minha cabeça não funcionava bem.
                Após finalmente conseguir sair daquela merda, olhei para frente vendo Gemma a provocar a garota, e Niall a colocar medo, cambaleei até a grande porta da mansão Styles, pegando o pequeno pano banhado em clorofórmio levantei a mão quase sem forças devido ao álcool, e olhei para ela. Seus olhos denunciavam o quanto ela estava nervosa, pois as lágrimas finalmente caíram escorrendo sobre suas bochechas que estavam vermelhas pelo aperto do pano contra tua boca. Pensei duas vezes antes de colocar o pano, estava em dúvida, seria mesmo preciso? Me lembrei do motivo de estarmos aqui e continuei com os meus planos.
                Nos meus braços ela estava adormecida, levei-a escada a cima, indo a um dos seis quartos de visitas, o que fora arrumado especialmente para ela. Joguei seu corpo inconsciente, minha vista não estava uma das melhores, e minha cabeça parecia explodir a qualquer momento, realmente eu era quase um fraco pra bebidas. Me sentei na cama e comecei a desamarrar as cordas de seus pulsos, e tirando o pano grosso da sua boca, joguei para qualquer lado do quarto resmungando algo que nem mesmo entendi. Agarrei a garrafa de whisky tomando mais um gole, tirando do bolso um maço de cigarros. Após ter um a minha boca fui a varanda, observando a noite, pois amanhã, sua vida de tornaria o inferno. 

Pov Juliet

     
           Acordei com uma forte dor na cabeça. Minha visão se tornou nítida me fazendo estranhar o lugar, me movimentei lentamente na cama, a dor pareceu voltar bruscamente levando minha visão, deixando pelo menos por um segundo tudo negro. Fiz o menos de barulho possível, e olhei em volta do ambiente desconhecido. A memória me bateu fortemente; não fora apenas um pesadelo.
               Me assustei com o ranger de madeira e olhei para trás de mim o lado esquerdo, e ao me virar pude ver um garoto sentado em uma cadeira de balanço feita de madeira; havia uma garrafa de whisky vazia ao chão, e ao lado um maço de cigarros vazio, analisei seu rosto, e logo o reconheci, era Henry o fotógrafo. Fiquei com medo com pensamentos sujos do porque ele esta neste quarto junto comigo.
               Me sentei delicadamente na cama, e a dor voltou quase como se estivesse a me estapear-me, olhei para o chão onde o piso imitava madeira, e por alguns momentos até tudo voltar a ser nítido fiquei a observar. Me levantei e dirigi-me a porta abrindo-a vagarosamente.
                 - Melhor não fazer isso.- uma voz rouca de quem acabara de acordar soou serenamente, meu corpo congelou me fazendo soltar a maçaneta.- Juliet.- ele acrescentou me fazendo arrepiar da cabeça aos pés.
               Me virei lentamente e quando finalmente nos olhamos, novamente senti aquele arrepio na nuca, odiava ter esta sensação quando estava perto dele.
                - Como você...- vacilei perdendo completamente as falas, me esquecendo como se andava, como se respirava, droga.
                - Talvez seu pai tenha feito algo errado, querida Juliet.- ele se levantou e caminhou até mim.- e nossos caminhos tiveram que se cruzar.- ele sussurrou ao meu ouvido.- que sorte a tua.- ele gargalhou sem tirar seu pescoço do meu ombro.- porque eu adoro brincar.

Dangerous boy - [h.s]Onde histórias criam vida. Descubra agora