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Klaus

Ela estava maravilhosa em cima daquele palco, soube que ela estava ali por um dos vampiros que botei para procurá-la. Mesmo maravilhosa, a minha vontade era de arranca-lá daquele palco. Eu sabia que ela ainda não era minha, mas eu odiava ver aqueles homens babando por ela.
Após cantar, ela agradeceu e veio em minha direção, parecendo animada demais, ela já estava um pouco bêbada, era óbvio.
- Hey Klaus. - ela me deu um beijo no meu rosto e eu fiquei surpreso pelo gesto não esperado, mas feliz. - Eai, gostou ?
- Você esteve maravilhosa amor, como sempre. - eu com certeza estava com cara de imbecil. - Eu me perguntava se você já foi apresentada a minha cidade. - ela riu. Como eu adoravam aquele sorriso.
- Eu vaguei pela cidade, acho que conheço boa parte dela, mas se você quiser me apresentá-la eu não vou me opor. - eu ofereci o braço a ela , e ela agarrou.

Caroline

Klaus me levou para conhecer segundo ele "Os lugares favoritos dele em NOLA", por onde andávamos víamos arte, músicos, bons restaurantes.
Paramos em uma praça para observar o que parecia uma "exposição" ao ar livre.
- Você parece feliz aqui. - digo encarando-o por alguns minutos, ele parecia calmo.
- Essa é a minha cidade, eu lutei muito para te-la de volta, eu estou...Satisfeito, é a palavra.
- Claro que está, tudo é questão de poder. De poder ter o que quer sempre! - arqueio uma sobrancelha e o encaro.
- Não tenho tudo o que quero! Ainda me falta uma rainha, amor. - ele se aproxima de mim, e faz um leve carinho em meu rosto. - Vamos, ainda tenho um lugar para lhe mostrar. - ele põe uma mão na base da minha coluna me guiando.

Ele me levou para conhecer o Quarter e me contou uma breve estória de como sua família construiu essa cidade.

- Essa é a minha casa, e quando você quiser está convidada a vir se juntar a mim.
- Me lembrarei disso, obrigada pelo passeio, agora eu preciso ir.
- Eu vou te levar até o seu hotel, já ordenei que trouxessem o carro.
- Não acho que seja necessário, é perto daqui, posso ir andando.
- Então eu te acompanharei.
Acabo me dando por vencida, e concordo.

Klaus

Após andar alguns minutos resolvo abordar um assunto que estava me incomodando.

- Caroline, eu entendo os seus motivos para não querer sentir.....- ela me interrompe.
-Você me entende ? Faça o favor, se algo sai errado para você a sua solução é matar quem te atrapalha. Me deixe fazer do meu jeito. Será que ninguém consegue ver que eu só quero superar e seguir em frente ? - ela diz alterada, me fuzilando com os olhos.
- Você está mascarando a realidade, não percebe ? É tudo fachada Caroline, pare de se enganar!
- O que te faz pensar que você tem direito de dar opinião sobre a minha vida ? Com licença! - ela me dá as costas e entra no hotel.

Caroline

- AAARRRG - entro no quarto quebrando a primeira coisa que vejo.
Eu sei que raiva é uma emoção e isso me assusta, eu fiz de tudo para me esconder dele, quando estou perto dele eu sinto a minha humanidade vindo, como se estivesse aqui dentro pronta pra sair e acabar com esse frágil castelo de areia que eu construí. Quando o vejo quero toca-lo, isso me assusta, me apavora, eu não quero sentir, mas está aqui.
As lágrimas jorram pelo meu rosto.
- Eu não quero sentir. Não posso. - repito várias vezes para mim, tentando em vão fazer minha cabeça e meu coração se convencerem.

Naquela noite eu sai, bebi mais do que devia e transei com um cara que nem me lembro o nome, mas o pior de tudo é que eu só pensava nele.

E na manhã seguinte eu só consegui me odiar. Na porta do meu quarto tinha um ramo de rosas brancas, com um cartão.

"Me desculpo por meu atrevimento.
Eu só queria ver a luz e a intensidade da garota que eu sonhava que um dia seria minha rainha.
Klaus M."

.....

Klaus

- Ela era verdadeira, iluminada, valente, eu sentia que ela poderia enfrentar um exército se ela quisesse. - olhei para Cami, observando-a sentada imersa em pensamentos.
- Você ainda está apaixonado por ela ? - ela pergunta.
- Eu não sei, eu amava aquela Caroline linda e valente. Essa que está aqui é só a casca, só uma garotinha assustada. Ela só quer esquecer, mas eu sei que ela não consegue, eu vejo em seus olhos, está tudo lá, tudo que ela luta pra esconder está lá.
- Mas você me contou sobre essa coisa de desligar, me disse que a pessoa não sente, como pode ser que ela esteja sofrendo ?
- É tudo uma farsa, não é tão fácil. - faço uma pausa me virando para a janela- Depois de um tempo a pessoa só finge que não sente, mas está tudo lá, para alguns é mais fácil que outros aceitar. Ela está se destruindo aos poucos, mas eu não deixarei, quando ela cair eu estarei aqui. - termino de derramar o restante do líquido que avia no copo enquanto admiro a minha cidade.
Quando me viro Cami não está mais lá, no fundo eu agradeço por isso, falar sobre Caroline exige muito de mim, mais do que eu gostaria.
-
Quando entrei no bar onde soube que Caroline havia organizado uma "festa" me arrependi de ter vindo.
Um barulho ensurdecedor, o local estava cheio demais, e eu teria que lembrar de perguntar da onde vinha aquela gente toda para Caroline, ela só tinha um pouco mais de duas semanas na cidade e já conseguia lotar uma festa?!
Olhei para todos os lados e não conseguia vê-la em parte alguma, fui até o bar afim de ficar um pouco bêbado para suportar aquele barulho.
- Cami ? O que faz aqui ? - perguntei achando estranho vê-la naquele bar servindo.
- Sua amiga loira me contratou para eu servir aqui essa noite, e eu vim. - ela dá de ombros e me serviu o de sempre e eu tomei duas doses seguidas, estava desconfiado que Caroline tinha compelido Cami para servir aqui.
- Sabe onde ela está?
- Ela estava agora a pouco perto da porta dos fundos.
Levantei-me e fui na direção que Cami me disse, chegando na porta que dava para a saída um rapaz me barrou.
- Desculpe, você não pode passar. - olhei para os lados, não tinha ninguém olhando então eu só bati com a cabeça dele contra a parede o fazendo ficar inconsciente.
Passando pela saída dos fundos encontro Caroline encostada na parede com uma garrafa de uísque quase vazia em mãos.
- O que faz aqui ? - ela não olhou para mim enquanto falava, ficou encarando fixamente um ponto a sua frente.
- Eu vim para uma festa. E você? Qual a graça de fazer um festa e se isolar do mundo ?
- Eu precisava de um pouco de ar. - ela olhou pela primeira vez em meus olhos e ela parecia ter chorado, e com certeza estava um pouco alterada pela bebida.
- Eu acho que já chega por hoje. - disse me aproximando e pegando a garrafa de sua mão. - Essa é a sua o que ? Terceira garrafa ?
- Isso realmente importa?
- Tudo sobre você importa.
- Acho que vou precisar de mais álcool para continuar uma conversa com você. - eu rio e lhe ofereço a mão.
- Vamos ?
- Desde quando você gosta de festas desse tipo ?
- Quem disse que eu vou te levar de volta para a festa ?
Ela arqueia a sobrancelha mas aceita minha mão, e saímos dali.

The Klaroline Diaries FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora