The Klaroline Diaries FINALIZADA

10

Caroline

Uma semana avia passado desde a conversa com Klaus e o meu encontro com Antony, desde então eu não falei ou vi Nicklaus, e estava me decidindo ainda se isso era uma coisa boa, ele não apareceu no bar nos dois dias que eu fui lá essa semana, eu estava evitando os lugares que pudesse encontrá-lo e conhecidentemente ou não , ele parecia estar fazendo o mesmo. Em compensação com Antony eu falava todos os dias, pude conhecê-lo melhor nesses dias, elegante e cavalheiro eu já sabia que ele era, mas descobri outras coisas muito interessantes a seu respeito.
01) Ele é um vampiro de 700 anos inventor - pausa para rir - o quanto isso parece louco ? Demais da conta para mim que sou uma vampira e já vi muitas coisas extraordinárias acontecerem.
02) Ele foi transformado pelo próprio Klaus, o que é estranho pensar que estou saindo com ele mesmo sabendo que eles são tão "próximos" ou eram, por que tirando aquele dia no bar eu nunca tinha os visto juntos.
04) Antony nasceu na Itália, e fala todas as línguas vivas e mortas.
05) Está na cidade á negócios e pretende ir embora daqui a um mês. Esses foram os detalhes que consegui armazenar, e enumerando desse jeito acho que continuo não sabendo muito a seu respeito. E agora parando para analisar, eu também não sei muitas coisas sobre Klaus, sei basicamente o que todos sabem, e isso me incomoda.
Eu dormi com um cara que eu mal conheço, tudo bem que hoje em dia isso é a coisa mais normal do mundo, mas a gente transa geralmente com um carinha que conhecemos na balada, aí rola uma química e pá. Não saímos por aí transando com híbridos de mil anos que tem sérios problemas com assumir sentimentos, isso sim é viver louca e perigosamente. Se eu morresse hoje já estaria satisfeita com os "feitos" de minha vida.
- Senhora, desculpe mas nós já estamos fechando. - a garçonete baixinha e magricela me avisa, olho em volta da lanchonete e já não há ninguém, suspiro e me levanto, olho em meu relógio de pulso e vejo que já passa da meia noite e aquela é uma das poucas lanchonetes de NOLA que não é 24 horas. Pego minha bolsa e deixo dinheiro suficiente para pagar minha conta. Sinto o ar frio de outono me acertar como uma chicotada, estremeço e me encolho em baixo do meu sobretudo, caminho devagar querendo atrasar a minha chegada ao hotel pois sei que nessa noite fria vou ter que me encolher de frio sozinha naquela cama que a cada dia que passa parece maior. Meu coração se aperta, minha estádia em New Orleans está chegando ao fim, não tenho o por que ficar numa cidade de desconhecidos, apesar de toda a diversão que essa cidade me proporcionou, eu não tenho o "porque" ficar ou melhor, o "por quem" ficar, eu sinto falta da minha casa, dos meu amigos, e de tudo que deixei pra trás por pura covardia. Não posso dizer que me arrependo, pois valeu a pena cada instante naquela cidade maravilhosa.

Sorrio e imagino o quanto minha mãe iria amar tudo aquilo, a música, a comida a arte, tudo era mais colorido, mais intenso.

Intensidade.

Incrível como meus pensamentos deram um giro de 360 graus, os beijos eram intensos, os olhares arrebatadores, os toques brutos.
As lágrimas molham minha face, eu deixo que elas caiam, era como lavar os meus sentimentos de mim, eu queria poder esfregar aquele amor como se fosse uma sujeira que estava impregnada em mim, por que era isso que ele era, sujo, um amor imundo, um amor egoísta, chega a ser ridículo por palavras tão distintas em uma mesma frase, mas era assim que eu me sentia. Quebrada. Mas o que eu queria quando me apaixonei por um híbrido sanguinário? A mesma pessoa que já matou tanta gente importante pra mim, a mesma pessoa que fez as pessoas que eu amo sofrerem, a mesma pessoa que me fez sofrer e questionar tudo que eu fui e sou hoje em dia.
Eu nunca poderia ter apostado tanto em alguém como Klaus, e agora eu estava colhendo os frutos das minhas idiotices.
Suspiro exausta, meu corpo doía, minha cabeça pesava, e o nó em minha garganta se apertava mais e mais, era como ser enforcada. Tirei os sapatos, joguei-os pelo quarto, tirei o casaco e deitei na cama, não estava disposta para mais nada, me encolhi como uma bola e chorei até dormi como todos os dias anteriores.