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Caroline

Vejo dois homens que suponho serem vampiros campanhas do Klaus saírem da biblioteca e entro sem bater já que eles deixaram a porta meio aberta.
- Já cheguei. Se for me matar, faça rápido e indolor por favor! - digo sorrindo para um Klaus sentado atrás de uma mesa, e noto o quanto ele está sexy fazendo o estilo BOSS.
Ele dá a volta na mesa e para á minha frente, segura meu queixo e me dá um beijo.
- Eu não quero mais que fique naquele hotel sozinha. Venha morar aqui. - ele me encara apreensivo. Envolvo meus braços em seu pescoço e ele põe suas mãos em minha cintura parecendo relaxar um pouco com meu toque.
-Isso é um pedido de namoro disfarçado ? - pergunto arqueando minha sobrancelha e ele ri pondo seu rosto na curva do meu pescoço e cheirando-me.
- Se você for aceitar, sim. - ele diz com aquele sotaque me arrepiando dos pés á cabeça.
- Apesar de você estar jogando sujo, eu aceito. - ele sorri e pega minha mão.
- Preciso te apresentar á alguém.
- Espero que não sejam seus pais. - rio fazendo graça e ele ri também me puxando pela mão para fora da biblioteca.
Paramos em frente a uma porta e ele parece tenso novamente, ele segura a maçaneta por alguns segundos avaliando meu rosto, então ele abre.
O quarto é todo em tons de bege e rosa bebe, e no meio dele há  um berço de madeira. Olho para ele com os olhos esbugalhado de surpresa, engulo em seco e me aproximo do berço.
- É um bebê. - digo como uma idiota.
- O nome dela é Hope, e ela é minha filha Caroline. - minha boca deve formar um "O" perfeito. Olho de Hope para Klaus sem entender.
- Mas... - não consigo formular uma frase, minha garganta está seca.
- É inacreditável, eu sei! - ele diz brincando com a menina. - Eu também não sabia que isso era possível, até a Hayley aparecer grávida.
- Você transou com a Hayley? - eu queria ter gritado essas palavras, mas não queria assustar o bebê, então eu as sussurrei.
- É assim que se faz bebês amor. - ele ri da minha cara.
- Você tem muito o que me explicar, mas deixa pra depois. - eu sorrio olhando para Hope, ela me olha e sorri. - Oi Hope, prazer, me chamo Caroline. - sussurro pra ela e ela ri brincando com seu mordedor. Passo minha mão bem leve por seu rosto. - Ela é maravilhosa.

Klaus

Observo Caroline brincar admirada com Hope.
É a cena mais linda que já vi. A mulher que eu amo e minha filha juntas.
Sinto meus olhos encherem de lágrimas, me viro caminhando até a porta para que Caroline não me veja assim.
- Eu vou ter que sair agora, quando eu voltar nós acabamos essa conversa. - ouço Caroline sibilar um "Ok" sem tirar os olhos de Hope e sorrio saindo dali.

Caroline

Fico um bom tempo ao lado do berço de Hope admirando-a. Nunca fui muito ligada á crianças, mas agora aqui, olhando para aquele serzinho  tão pequeno e indefeso, me pergunto como seria a minha vida se eu não tivesse me transformado. Será que eu teria filhos? Provavelmente eu terminaria a faculdade, arranjaria um bom homem, nós moraríamos em uma casa branca com um lindo jardim na frente e teríamos dois ou três  bebês tão lindos como Hope. Mas isso nunca aconteceria comigo, eu nunca ia ver meu corpo mudar para habitar outra pessoa dentro, nunca saberia qual seria o sentimento que é ser mãe, sinto lágrimas banharem meu rosto.
- O que está fazendo aqui ? - pergunta uma Rebekah raivosa, segurando uma mamadeira, parada na porta.
Seco rapidamente as lágrimas em meu rosto.
- Desculpe. Eu já estava de saída. - ela me olha de cima a baixo e eu passo por ela saindo do quarto.
Vou para o quarto de Klaus e fico na sacada pensando em como minha vida mudou tanto.
Um dia eu tive total controle de tudo, mas agora a minha vida parecia escorrer entre meus dedos. Como tudo chegou a ficar tão louco assim, como tudo que eu sentia e pensava ser o certo se modificou ?
Eu já havia aceitado ser uma vampira, eu gostava de quem eu era. Mas como pode eu ter uma eternidade pela frente e não saber nem o que eu vou fazer quando chegar amanhã ?
- Eu sei o que você está sentindo. - me viro e Rebekah está no quarto. - Eu me pergunto isso quase todos os dias, eu me pergunto o por que eu não pude ter a sorte de ser só uma garota normal, sem toda essa loucura á minha volta. Eu já me perguntei milhões de vezes o por quê de eu não poder ter sido só uma boa esposa, uma mãe amorosa, e um dia ver meus netos correndo a minha volta.
Mas quer saber Caroline, um dia você se conforma, eu ainda me faço essas perguntas todo o dia, mas hoje eu entendo, tudo tem um propósito, aquela linda menina aqui ao lado é o meu propósito, ela vai ter todas as oportunidades que eu não tive, eu vou estar aqui para garantir que essa família disfuncional não á destrua como foi feito comigo. Então Caroline, você pode fugir agora e não ser destruída como eu fui, ou aceitar ficar e lutar com todas as suas forças para tornar o Nik um pai decente para aquela menina, por que ela merece, e se você quer ser uma Mikaelson, você vai concordar com isso e nós vamos ensinar a ela tudo o que ela não deve fazer, para ela ser a mulher que nós sempre quisermos ser. - as lágrimas jorram de seus olhos como jorram dos meus.
- Conte comigo para tudo. - ela balança a cabeça concordando e seca suas lágrimas, vejo-a virar as costas, mas antes de sair ela diz:
- Daqui á quatro meses é aniversário dela, precisamos começar á organizar para que saia perfeito. - então ela sai, e eu rio entre as lágrimas, por que essa é a sua maneira de dizer que temos uma trégua.

The Klaroline Diaries FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora